quarta-feira, março 05, 2008

Filosofia de esteira (via sms)

- Defendi alguém com tanta veemência hj q concluí que sou superprotetora. Lembrei de um q tempo era capaz de esfaquear alguém q t fizesse qlqr mal.
- Precisei ser defendido?
- Sei lá. Talvez não ou sim. Mas protegia vc mesmo assim.
- Obrigado
- Mas só tô falando isso pq acabei de descobrir esse meu lado... e também pq tenho mts sms grátis e tô entediada na esteira.
- Entendo você!

(karen cunha e G., ontem a noite)

E foi assim que ontem descobri que apesar de parecer insensível e sem emoção, sou psicopatamente protetora.
Quando coloco as pessoas debaixo da minha aba eu sou capaz de "giletar" quem encostar nelas.
Tinha uma cachorra que deu cria perto do portão 2 da USP e ela não deixava ninguém passar nem perto dos filhotes. Ela avançou na minha perna umas 2x só porque estava passando há 3 metros dos bichos. Era um inferno, porque o segurança tinha que segurar a desvairada toda a vez que alguém entrava, senão ela fechava a USP.
As vezes sou meio assim, mexa com as pessoas que estão sob minha proteção e verá como eu passo de pessoa mais blaseé do mundo à barraqueira do programa da Márcia em fração de segundos.
Certa vez um boy cu idiota bateu na frente do carro enquanto entrávamos no posto. O imbecil deu ré, bateu e quando o Sérgio (que era meu namorado na época) desceu, o sem noção ainda teve a cara de pau de debochar com o frentista "Olha o vizualzinho do garoto".
Eu saí do carro furiosa e enfrentei o marombado. Ele estava obviamente noiado e bêbado e me quebraria num assopro, mas mesmo assim eu parti pra cima como se tivesse chances:
- Porque você não faz um cheque logo e nos poupa de seus comentários idiotas?
- Você tá louca, menina?
- Se não sabe usar drogas e sair na rua, toma um suco e fica em casa vendo malhação.
Ele quase me bateu, partiu pra cima de mim e eu não parava de provocar. Sem a mínima noção, teria partido pra cima dele numa boa.
Os frentistas ficaram horrorizados com a minha coragem (estavam do nosso lado) e seguravam o valentão que dizia coisas do tipo "Depois que a gente dá uns tapas numa louca dessa as pessoas dizem que bater em mulher é covardia".
O banana do Sergio não fazia nada, mas até hoje quando lembro do cara zombando dele na minha frente tenho vontade de encontrar o filho-da-puta no inferno e encher a cara dele de porrada.

Quem me vê fazendo esse tipo de cena acha que tô possuída por algum espírito, vai ver eles baixam em mim mesmo...