segunda-feira, setembro 29, 2008

Contagiando

- Mike, meu filho não para de ouvir o cd novo da Madonna que você gravou pra mim,

- Cuidado hein, Dete !

domingo, setembro 28, 2008

Gente de Blog



Apesar de falar demais (como algumas pessoas já fizeram questão de mencionar nos comentários) eu sou uma pessoa um pouco estranha (por assim dizer): não gosto muito de conhecer gente, não curto esse lance "amo abraçar gente estranha", "eu senti uma conexão entre nós" ou essa coisa de "eu amo o cerumano". Logo, é no minimo esquisito todo esse meu empenho em conhecer pessoalmente os seres que comentam nesse blog.

Eu ia explicar o medo que tenho de amizades virtuais (deixo esse tema para o Lucas), mas fiquei com preguiça, então vou direto ao assunto:

Nunca considerei a Daniela Prado uma pessoa de blog, afinal, Pryhscyyllaahh (a rainha do centro) sempre me falava dela e dizia que a gente precisava se conhecer. Quando li o blog entendi o porquê e fiquei viciada na leitura.
Ontem conheci a bunita e ela é "tipo assim" linda de morrer. Sem contar que fala exatamente como eu imaginei que falasse e age do jeito que imaginei que agisse. Bizarro isso!
Virei fetichista, e agora?

Nessa mesma linha, na semana passada finalmente vi a cara da PAULA DAVIES (em maiuscula sempre), cerumana que sempre ia embora das festas segundos antes de eu chegar ou aparecia 2 minutos depois que eu já tinha ido (para o desespero do Lucas Lui).
Eu duvidei da existência dela, e a obriguei a tomar uma cerveja comigo. Ela nunca aparecia. Fazia carão.
Quando finalmente vi a cara da figura não conseguia superar a sensação de que eu tinha visto ela ontem.

Daí eu entendi o meu comportamento bizarro: continuo tendo medo de amizades virtuais, por isso preciso trazer logo pra minha vida pessoas que interessam, de modo que elas passem para a categoria de amigos que comentam no meu blog.

Ps: Ontem as pessoas ficaram bastante incomodadas com o meu novo comportamento dócil, gentil e aberto. Foi cansativo demais, de modo que venho por meio deste dizer que desisti de tentar. Tenho pena de quem não ganhou abraço ontem, Perdeu!

PS2: Adoro jogar uma palavra do google images e pegar qualquer coisa que aparecer

segunda-feira, setembro 22, 2008

Como Ser Legal ou "O Homem Mais Irritado de Holloway"



Muito álcool, alguns sms, muita conversa e alguns capítulos de "How to Be Good" (Nick Hornby) depois e Karen Cunha, 27, descobre que se tornou a pessoa mais chata que conhece.
Mais chata do que as pessoas mais chatas que precisa encontrar de vez em quando por questões sociais ou políticas, mais tediosa que reunião de condomínio (se bem que no prédio da Pryyhscyllah, a Rainha do Centro, deve ser bem divertido) e mais intragável que festa de poetas e atores.
Puta que pariu, eu não paro de reclamar um segundo. Não é possível que exista tanta amargura em uma pessoa só.
Eu não fui sempre assim, era uma criança feliz e alegre, na escola organizava as festas do grêmio, no cursinho apresentava as pessoas umas para as outras, sabia "tudo o que tava rolando na cidade" e agora eu mal consigo ter uma conversa completa sem preferir estar morta.
Semana passada gastei os meus 50 minutos de terapia tentando lembrar quando foi exatamente que me tornei essa pessoa tão descrente e melancólica. Quando diabos foi que deixei pra trás qualquer esperança de uma vida melhor?
40 minutos depois e bingo, estava lá minha resposta: o fim do meu primeiro e único namoro sério.

Por algum motivo eu sempre tive a ligeira impressão de que esse lance de amor não era pra mim, até que um dia, numa dessas festas que eu me divertia (antes), conheci um menino muito diferente, mas ao mesmo tempo muito parecido comigo. Pouco tempo depois e da forma mais saudável possível, digna de qualquer filme de adolescente, começamos a namorar.
Descobrimos juntos o que era estar apaixonado, combinamos exatamente como seria nosso relacionamento: o que era ou não aceitável, como agiríamos em milhares de situações hipotéticas... Ele era meu sócio naquele projeto e não eramos do tipo de gente que entra num negócio pra perder.
De repente eu estava aprendendo a lidar muito bem com aquelas coisas de conhecer família, ver filme no fim-de-semana, comer pizza com os meus pais, deixar espaço para que nos divertissemos separadamente e por alguns instantes cheguei acreditar que aquilo tudo era possível para mim.
Eu estava muito apaixonada, mas não estava enlouquecida. Tudo era calmo, bonito...
Nosso relacionamento era aberto, o que não quer dizer que saíamos com todo mundo, mas aquele combinado nos livrava de DRs intermináveis no caso de algum dos dois encher a cara e catar um DESCONHECIDO QUALQUER.
Tudo estava certo, até que de alguma forma violei o acordo e passei a conviver demais com o "desconhecido qualquer". Em pouco tempo o que era namoro virou uma competição.
O relacionamento terminou da pior forma possível, sofri desesperadamente e não me dei tempo suficiente para lidar com esta perda, me enfiei em outro projeto: passar no vestibular.
Eu me sentia imunda, como podia ser tão maldita e escrota a ponto de estragar a minha única chance? Precisava me redimir com o universo, ser uma pessoa boa, ajudar o próximo, salvar o mundo e então (contrariando a lógica e o bom-senso) resolvi prestar PEDAGOGIA!
Passei no vestibular e a falta de objetivo aliada a certeza de que eu havia feito mais uma burrada me fizeram entrar em depressão profunda.
Chorava o tempo todo, não sabia de onde vinha tanta tristeza e tenho certeza absoluta que antes deste período jamais havia questionado a minha existência ou a lógica do mundo.
Comecei a fazer terapia, ainda que eu não soubesse bem o porquê.
Aos poucos parei de querer chorar, de achar que as pessoas iam atirar em mim na rua, voltei a conversar, tive alguns relacionamentos superficiais ou bizarros, mas nunca mais fui a mesma pessoa.
Eu me acostumei a não acreditar em mais nada, a guardar bem lá no fundo todas as coisas boas que eu poderia dividir com alguém. Sim, essas coisas boas existem lá nas profundezas de Karen Cunha. Descobri alguns meses atrás, quando me surpreendi dando e recebendo essas coisas de alguém que também guardava tudo muito bem escondidinho.

Cansei de ser o "Homem Mais Irritado de Holloway", cansei de guardar coisas, de me proteger e de ser tão chata, seca, maleta, mal-humorada e antipática. E se algum dia eu te der bom-dia, ou dizer simplemente que você é uma pessoa importante, por favor, aceite que deve ser de coração.
Ah e a propósito, eu tenho um coração!

terça-feira, setembro 16, 2008

Filhos da Esperança

Como se não pudesse piorar agora tem uma grávida aqui no escritório.

Fulana 1 - Parabéns !

Fulana 2 - Olha eu bem que já sabia, você estava comendo muito! (risada graçota)

Eu - Conheço uma clínica bem limpinha em Perdizes, posso te dar o contato tá ?

Desde quando uma grávida deixou os filmes a pagar comigo no balcão da locadora, disse que ia buscar o dinheiro no carro e nunca mais voltou eu não confio mais em grávidas.
Fora que essa etapa da vida é um saco, a mulher fica toda sensível, pedindo coisas, fazendo cu doce, falando toda fofa, roupinhas, fraldinhas, nomes, exames, fotos do ultrassom, etc... A única grávida que tem minha simpatia eterna é Marge Gunderson, personagem de Frances McDormand em Fargo.

O pior de tudo é a glamourização da gravidez, que vai desde os especiais do Dr. Draúzio Varela no Fantástica, onde o doutor anti-gordinhos faz a Madre Teresa e visita grávidas índias-bolivianas miseráveis na fronteira da Amazônia; e as grávidas
celebridades: sabemos que o casamento não vai durar, mas um ano de fama da criança já está garantido. Além das celebridades-E, que engravidam de marginais e são tópicos de programas sensasionalistas onde aparecem quinzenalmente mostrando aquela barriga branca com os nervos verdes toda remelenta de glitter.



Sou mais as mulheres como Madonna e Angelina Jolie que a cada Tsunami adotam uma criança miserável.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Falta de assunto

Cheguei num ponto de confusão que realmente não sei mais dizer quem sou e nem do que gosto.
Não aguento mais comer uma comida preparada pela mesma pessoa por mais de 2 meses, odeio os mesmos lugares, detesto a falsa simpatia que a natureza do meu trabalho exige de mim, não gosto de pimentão, tenho pavor do cheiro que o cigarro deixa na minha roupa quando saio da balada, acho um porre acordar cedo, um saco ter que explicar certas coisas pras pessoas, um nojo ver esponja de lavar louça com mais de 1 mês de uso, não uso blusa sem manga, não curto cozinhar pra mim mesma, odeio a tim e a telefônica, detesto estar mal-humorada, tenho medo de ficar sozinha, abomino não saber o que fazer, não gosto de alface americana, nem dos filmes do Julio Bressane, nem das politicas de fomento ao audiovisual no Brasil, nem de me sentir sozinha e carente, acho que o Murillo Salles nunca sabe do que está falando, que açaí tem gosto de banana amassada com terra vermelha (eu já comi terra vermelha), acho que não gosto de baladas de nenhum tipo, odeio não ter o que escrever nesse blog...

mas do que eu gosto afinal?

quinta-feira, setembro 11, 2008

A matemática da vida

- Adicione uma Coca-cola de 2 litros ao seu pedido de pizza de mussarela e pague 7 reais a mais.

- Estudante não tem direito a 3 horas no bilhete-único. E eu demorei 3 meses para descobrir.

Fofoca

"Cantor Netinho revela sua bissexualidade e admite que já usou drogas"
(IG)

"De volta com um novo CD após três anos de sumiço, o cantor baiano diz que se considera bissexual, conta as experiências que teve com drogas e admite que usa botox"
(Quem)

"Sou bissexual": Netinho ressurge pós-depressão
Após 3 anos de sumiço, cantor diz que gosta de meninos e meninas. Fala de suas experiências com drogas e que usa botox."
(O Dia)

"Thammy Gretchen diz que nunca transou com um homem"
(Terra)

O que deu nessa gente hoje?
Chego no trabalho e uma bicha do adm (só tem bicha no adm então dizer "uma bicha do adm" é uma forma de preservar a identidade da pessoa. hahaha) está explicando conceitos do dicionário bichês para os pseudo-héteros da minha sala.
"E tem gente assim como a Karen que não sabe o que quer"

Com licença, meu querido:

"Karen Cunha diz que sabe MUITO BEM o que quer, o que é diferente de querer a mesma coisa o tempo todo. Assume que constantemente esquece o nome das pessoas e que faz escova progressiva"

Bocejo....

quarta-feira, setembro 10, 2008

Coisas Ruins que Fiz Para os Outros - A alma gêmea



Com a cara cheia de bolinha, energético e muito mais, Karen Cunha foi à Fun House. As coisas estavam bem divertidas e ela achava que estava perfeitamente sóbria.
Em determinado momento ela senta ao lado de um sujeito incrível que completava as frases dela, tinha o mesmo gosto musical, morava no sul (morar longe pra mim é sempre uma coisa boa) e ERA ABSURDAMENTE LINDO.
Eles falaram sobre tudo e em poucos minutos já estavam se catando naqueles banquinhos altos perto do bar como se não houvesse amanhã.

Bonita a história, não?

Poderia ter sido, se o namorado de Karen Cunha, que tinha ido ao bar junto com ela, não tivesse descido e visto a cena toda.
Ela havia realmente esquecido à essas alturas que tinha um namorado, mas quando olhou pra cara dele sentiu um remorso absurdo.

E todas as vezes que minha companhia estiver se pegando com alguém, vai ser por causa desse dia.

PS: Esse namorado depois arranjou outro namorado, logo, eu acho que tive o que merecia.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Humilhação




Eu me sinto humilhada várias vezes na vida, mas nada me insulta mais do que fazer musculação....
Você senta no aparelho e o trequinho de peso está lá embaixo no 323546747 toneladas, mas você se lembra que só aguenta 10 kg, NO MÁXIMO.
Do seu lado um marombado não só está na capacidade máxima do aparelho como está usando pesinhos nas pernas, do outro uma gostosa está malhando os glúteos com 100 kg e conversando com a amiga.
E a Karen Cunha lá, com vontade de chorar erguendo um pesinho de 5 kg e morrendo...

sexta-feira, setembro 05, 2008

não gosto

Eu não gosto dessa modernidade do politicamente correto de usar "@" nos textos para se redimir gramaticalmente com as mulheres.
Eu fico feliz quando o meu gênero é contemplado nas frases, mas por outro lado fico deprimida com a poluição visual.
Eu não gosto de olhar pra frases como "faça-você-mesm@", "tod@s junt@s" e afins.
Ontem depois de LIMPAR este recurso de um release ENORME que eu recebi, fiquei me sentindo mal. O que faria Simone de Beauvoir?
Não sei o que ela faria, mas todas as vezes que olho pra tal da arroba eu me sinto agredida não só visualmente, mas moralmente. Fico com a impressão de que quem inventou essa idéia em nenhum momento sequer cogitou a possibilidade de reformular a frase ou pensou em como esse lance é realmente injusto
A arroba é uma gambiarra, minha gente, uma gambiarra!

Eu me sinto mais agredida. E tenho vontade de apagar tudo com Lysoform.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Hedluv no Brasil!



Não marquem nada para o dia 26 de outubro.

REPITO:
NÃO MARQUEM NADA PARA O DIA 26 DE OUTUBRO.

terça-feira, setembro 02, 2008

O Mundo Fluoxetinado de Karen Cunha



Não importa quanto tempo algo demora para ser construído, a destruição acontece em poucos segundos.
É só querer.
O mundo está desabando bem na minha frente. Tudo está em ruínas!

Eu vejo que está tudo errado, percebo o quanto tudo isso me afeta, mas eu realmente não me importo.
Não acho que encher a cara de remédio seja a solução, mas todas as vezes que penso no estado em que eu poderia estar neste exato momento caso não estivesse nos braços da minha amada Fluoxetina (e da minha amante Valeriana) tenho certeza de que tomei a decisão certa.
Me sinto bem.
Me sinto forte.
O suficiente para tentar vasculhar alguns escombros, reconhecer corpos, acionar a seguradora e até para chamar uma ambulância caso eu venha a ter um troço uma hora dessas.
Odeio quem faz apologia a ao Vegetal life style, acho o ápice da covardia e da presunção se dopar porque a vida não presta.

Mas no momento ser um vegetal é reagir. E estou feliz por isso...