sábado, dezembro 24, 2005

Por que tenho que me arrumar no natal?

Não posso ficar de pijama mesmo se for na minha própria casa? Não posso ir ao jantar de família de allstar e camiseta? Tenho mesmo que pentear o cabelo? Por que? Por que?

Diz a tradição que no Natal todos nós devemos ser mais compreensivos, bondosos, fraternais...Deste modo privar o outro de ver uma coisa medonha é uma forma de ser caridoso.
Me explico: quando a gente é feio ou se veste mal quem mais sofre com isso é quem tem que olhar pra nós, afinal, se você não se olhar no espelho não vai precisar dar de cara com aquela desgraça nunca, já as pessoas que convivem com você são obrigadas a ver aquela coisa grotresca todas as vezes que lhe dirigirem a palavra.

Tem gente que diz que cuidar da aparência é uma coisa fútil. Que nada! Altruísmo puro, o maior simbolo do amor e respeito pela humanidade.
Por isso que ninguém acredita nesse papo de "me arrumo pra mim mesmo", ninguém passa o dia todo olhando no espelho (pode até tentar, mas não dá).

Por isso amigos, neste natal penteiem o cabelo, passem um pancake ou então fiquem em casa.

A Humanidade agradece!

terça-feira, dezembro 13, 2005

O importante mesmo é ter saúde...

- Oi
- Oiiiiiii e aí, menina, como cê tá?
- Bem. E você?
- Ah vai indo, né? Sempre pra frente que atrás vem gente....
- É.
- Esse tempo louco, né? Uma hora faz frio uma hora faz calor...
- Pois é a gente sai de blusa, daí faz calor a gente tira, daí faz frio...
- O pior é carregar o guarda-chuva pra cima e pra baixo, né?
- Pois é. Olha lá, acho que vai chover de novo..
- Será?
- Ai esse inferno desse trânsito!! Por que o brasileiro deixa tudo pra última hora?
- Ai não sei, viu? Complexo de terceiro mundo.
- Hey, você viu aquele sutiã que aumenta os peitos e nem parece que você tá com nada?
- Vi, menina! Será que aquilo resolve mesmo?
- Ai deve ser bem mais ou menos, né? Mas melhor do que se entuchar de silicone...
- Tá uma moda agora essa coisa de fazer plástica, né?
- Se viu aquele moço daquela banda famosa que foi fazer uma lipo e quase foi pro saco?
- Eu vi.... e aquela modelo que quase morreu?
- Nossa, era tão bonita... tá tão acabada ela, né?
- É... pra você vê!
- Como vai o trabalho?
- mal
- E a familia?
- indo.
- E os gaviões, hein? Deve estar tudo rondando... Uma moça bonita dessa...
- Gavião tá dificil, tudo bicha, sabe? Mas o importante é ter saúde e paz, o resto a gente corre atrás.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Quem Mexeu No Meu Queijo Brie?

Esse sambinha eu dedico a todos aqueles que estão há tempos esperando "A-Q-U-E-L-A" promoção que nunca vem...



Em Festa de Rato Não Sobra Queijo
(Velha Guarda da Portela)


Não aceito essas conversa, ô cara, quem espera tempo bom é sertanejo. Nao leve a mal me dê o meu agora, em festa de rato nao sobra queijo. Não leve a mal me dê o meu agora, em festa de rato nao sobra queijo (2x)

Não adianta conversar bonito porque ainda não chegamos a uma conclusão. Palavra é coisa que o vento leva, eu chamo de conversa e quero o meu pra mão. Diz:

Não aceito essas conversa, ô cara, quem espera tempo bom é sertanejo. Não leve a mal me dê o meu agora, em festa de rato nao sobra queijo (2x)

Finda aqui nossas conversas, disfarçadamente me leva num canto e dê o meu pra mão que eu já vou me embora, hoje quem vive de promessa é santo.

Não aceito essas conversa, ô cara, quem espera tempo bom é sertanejo. Não leve a mal me dê o meu agora, em festa de rato nao sobra queijo (2x)

Diz um dito popular, que sucuri por esperar morreu de fome, que cobra que nao anda nao engole sapo, urubu sem olfato nao come, o meu agora é o que mais desejo, mais tarde eu nao lhe vejo porque você some.

Não aceito essas conversa, ô cara, quem espera tempo bom é sertanejo. Nao leve a mal me dê o meu agora, em festa de rato nao sobra queijo. Nao leve a mal me dê o meu agora, em festa de rato nao sobra queijo (2x)

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Cartas a ninguém...

“Eu escondo de mim o meu fracasso. Desisto. E tristemente coleciono frases de amor. Em português é "eu te amo”. Em francês-“Je t’ame”. Em inglês-”I love you”. Em italiano-“io t’amo”. Em espanhol-”yo te quiero”. Em alemão-” Ich liebe disch”, está certo? Logo eu, a mal amada. A grande decepcionada, a que cada noite experimenta a doçura da morte.”.

Clarice Lispector


Ninguém:

Não sei porque escrevo a ti. Talvez por querer me salvar. Já faz algum tempo em quem me perdi de mim. Simplesmente não encontrei palavras. Essas existem por si. São instantâneas e brotam conforme as transformo em letras. Em cada palavra aqui, pulsa um coração. Cada palavra é viva. Esse coração simplesmente é!
Sim. Quero que você me leia. Só não procure me entender. Complexidade sempre foi o meu melhor ato. Sou uma atriz! Faço minha entrada, digo minha fala e me vou. Às vezes me improviso! Não gosto de repetir espetáculos e por isso fujo do cotidiano. Meu maior medo... Não sei viver sem ser o que for sendo! E então me jogo ao acaso. Realidade? E se a realidade for que nada existiu? Quem sabe nada me aconteceu? O instante é feito por mim , ou se faz sozinho? Nunca te disse nem te direi quem sou! Sou implícita! Talvez um personagem de mim. Meu segredo intocável, perigoso e inviolável!
SEMPRE TRÊS QUALIDADES...
Sei que “ninguém” foge quando tudo começa a ficar bom... ”Ninguém” desconfia!
FALANDO SÉRIO... O QUE É QUE EU SOU?
Eu sou a forma que “ninguém” me deu. O real que “ninguém” quis. Um reflexo deformado do que “ninguém” deseja. Sou seu espelho e o reflexo de sua rosa! Sou sua perfeição desejada em alguém inesperado e indesejado! Sou seu medo do acaso, seu medo de felicidade, sou mil personagens em apenas um ser... Isso te assusta?
“Ninguém”sentiu em ti uma vibração perigosa de prazer e de simplicidade... Fugiu de sensações e prendeu-se num sentimento morto e doentio! Forjou o amor e seu fogo do inferno... “Ninguém” te deu o direito maior de errar...
“Ninguém” percebeu que só seria feliz forjando sua felicidade dentro de sua infelicidade...
O que escrevo a “ninguém” são puras inequações matemáticas irresolvíveis...
“Ninguém” não consegue ser livre. Fica com uma tal nostalgia que se persegue. Prende-se ao organizado. Tem medo de recriar!
Eu sou a “ninguém” sua loucura de perfeição! Aquilo que “ninguém” esculpiu, deu vida e... Quebrou! Não estava pronto para ter sua mais bela obra completada. Desistiu de voltar a moldar...
E , assim, abandonou a alma!
“Ninguém” vive sua vida imaginaria , que é viver do passado ou para o futuro. Vive a esperança . O presente te traz dores!
“Ninguém”não tem dom para a felicidade!
DETESTO-ME! Simplesmente! Sei de tudo antes de acontecer e isso me cansa... Gosto do imprevisível. Sou subjetiva. Talvez precise me purificar de mim. Deixar os roteiros, saber o release e improvisar!
“Ninguém” não mais me é. Porém ele nunca some! Dei-te a liberdade e “ninguém” me rodeia...Sombras?
Acabo sem despedidas...



Cristina Matsuoka

segunda-feira, novembro 14, 2005

Intelectuais que dançam funk

- Preciso de um amorzinho, sabe? Um milhão de anos para dar o primeiro beijo, um milhão e meio pra pegar na mão...
Uma coisa assim arrebatadora...
- Sabe Karen, os gays não têm toda essa paciência, só pegam na sua mão se for pra colocar em outras partes.

terça-feira, outubro 25, 2005

A Insustentável leveza do ser...



- Não tenho aquela coisa feminina que até transborda, sabe?
(risos)
- Verdade, essa sensibilidade que une todas as mulheres... esse sentimento que sai do coração feminino pro mundo... Essa coisa que abraça, que flutua e explode numa emoção dessa canção no coração, entende?
- Mas você não acha que pode surgir uma nova mulher dentro de você?
- Nossa, que nada a ver (risos). Parece música da Joana, Simone, sabe?
- Cantoras lésbicas, Karen?
- Não força ...

segunda-feira, outubro 24, 2005

Será que eu posso?

E A Viúva Rica Regina me manda uma mensagem com a seguinte notícia:

"A Baby do Brasil montou uma igreja! Ministério do espírito Santo de Deus em nome do Senhor Jesus Cristo!"

Ah!, Se ela pode...

Vou montar uma Igreja dos:

"Aponta pra Augusta e rema dos Ateus Adoradores de Rockn´roll!!!"

As seis quando os sinos tocarem, vocês já sabem...
Está na hora dos curtas!

HA!

quinta-feira, outubro 20, 2005

Alguém Tem Que Ceder?? Pois então que seja você, oras bolas...

Diane Keaton faz o papel da mulher independente na casa dos 60 que conseguiu tudo o que as pessoas sempre quiseram: dinheiro pra cacete, uma casa maravilhosa, prestígio, respeito... Logo, não arranjava namorado. Mulher assim não arranja namorado não, viu? Vi no programa do Ronnie Von uma vez: divorciadas com filho ou feias podem até conseguir, intelectuais NÃO.

Voltando... ela então se acostumou a ficar sozinha, achava confortável, ficava lá na defensiva. Daí um dia aparece um médico de 30 anos lindo tipo o Keanu Reeves superafim, mas ela não acredita no amor dele, não se lembra muito bem como é abandonar a segurança do seu mundo por amor*.

Você abandonaria sua segurança pelo Keanu Reeves?



Olha, vendo o filme eu decidi que abandonaria, viu? Quando o Keanu Reeves chega é Deus pedindo pra você abandonar a acídia (que era um pecado capital no lugar da preguiça até o séc. XIX. Um dia explico melhor) e cair matando...

Deus nunca falou assim comigo, logo, não tenho porque me preocupar com a minha segurança.

Antes a beleza me ofendia, agora me agrada. Bom pra mim que posso me contentar vendo revista (menos de plástica, porque me lembra que agora eu sou muito maior do que eu era antes - dificil administrar tanta coisa) e tv..


Blargh!

Meninas, quando deus falar com vocês sorria e seja gentil. Nada de sair por aí em busca de um Jack Nicholson versão gay perturabada, hein? Senão vai virar estatística do programa do Ronnie Von.


Bom, vou ali ler umas revistas.

Até mais

Ps: Jack Nicholson me enoja.

*Olha, lá. Até o Renato Russo falava disso...hahahha

segunda-feira, outubro 17, 2005

guardando o imaginário...

Guardando o imaginário

Vou lhes confessar uma coisa:
Guardo em mim uma tal inocência perdida que não deixo ir!
Aquela inocência infantil, secreta, que vem ao nascer e some aos 8 anos...
A guardei! A guardei em mim e a procuro as vezes...
Tenho uma alma infantil... Gosto de saber o gosto das coisas como se fossem uma primeira vez...
Talvez tenha algo haver com a magia... A magia da descoberta do desconhecido, sabe?
Então, guardo em mim minha tal inocência... E finjo as vezes! Talvez, na realidade, seja uma grande fingidora!
Quando era pequena, sempre quis ser atriz! Atriz de cinema, como a tal de Marlyn, aquela com a pinta na cara... E sonhava com um espelho de camarim, com luzes ao redor, em meu quartinho cor- de- rosa bebê, com cortinas no mesmo tom e um lustre de palhaço no teto.
Sonhava com uma penteadeira de gente famosa, com muita maquiagem, pentes e escovas! Sim, eu era menina. Menina pequena, como tantas outras... E gostava, de fingir ser adulta, mulher crescida, com maquiagem na cara e a tal pinta! Lembro-me de pegar lenços e colares de mamãe, calçar seus sapatos de salto, fazer um cigarro de papel e pegar minha bolsinha prata e andar interpretando no meu quarto... Eu me sentia a Marlyn, mesmo sem saber direito quem ela era.
O espelho de astro de cinema, nunca tive, mas coloquei na porta de meu quarto, certa vez, uma grande estrela amarela... Dessas estrelas que as crianças desenham, pois nunca tive Dom pra fazer estrelas... Elas são muito simétricas e isto me assusta! Sempre fui assimétrica e, mesmo quando passava pó de arroz no rosto para ficar pálida como uma gueixa e batom vermelho nos meus lábios carnudos para ressaltá-los, sempre colocava a tal pinta no lado esquerdo... Era para um lado ficar diferente do outro!
Minha mãe era boazinha comigo e me deixou escolher minha penteadeira na loja, junto com minha cama e minha mesinha de cabeceira... queria tudo rosa, cor de menina, mas acabei por gostar mais do branco! Quando a tal penteadeira chegou, senti uma nostalgia de felicidade! Estourei todas as bolhas do plástico que veio junto com ela e fiquei horas sentada em sua frente, em meu trono de pequena princesa... Penteando meus longos cabelos negros de japonesa, fazendo caras e me pintando... Era como interpretar Marlyn, mesmo sem querer...Fingia... apenas, fingia!
E guardo comigo até hoje essa coisa gostosa da nostalgia da felicidade, sentida com o descobrimento do imaginário! Não quero nunca perdê-la...
Serei para sempre uma fingidora!
Assim, posso ser quem quiser...
Sem me cansar de mim...

quinta-feira, outubro 13, 2005

Comercial

-Não custava nada um menino bonito passar por aqui e se apaixonar por mim.
-...
-Ele podia passar e dizer "ela é fofinha... e daí, me apaixonei"
-(risos)
-Ou então "a pele dela é ruim, mas e dái, me apaixonei"
-Seu celular é Vivo?
-Não...

segunda-feira, outubro 10, 2005

ninguem dira que é tarde demais...

Ninguém dirá que é tarde demais...


_Não se faz um amor, o amor nasce!- disse ela sem jeito, com medo de Ter sim, de terminar essa coisa que seria seu último romance...
_Mas se esquece? E quando ele não sai? A gente pode amar outra pessoa?- perguntou ele, a ela, olhando com olhos entristecidos de quem um dia quis, sim, se apaixonar de novo...
_ Não sei... Acho que depende do amor... Se o amor for muito grande, acho que não. Daí não sobra espaço para nascer outro amor... Sabe, coisa de jardim e semente? Se o jardim não tem espaço para outra árvore, não adianta a gente plantar a semente ali... ela não germina. Acho até que ela fica tristonha... então, depois de lutar para nascer, ela morre...- a menina estava com os olhos cheios d’água. Não queria dizer isso , mas teve de dizer...
_É, eu sei bem como é...
_É, eu também sei...
_Você sabe amar?- perguntou o menino a ela com um pouco de alegria nos olhos, mas com dor no coração...
_Não...Sei? Ah!, bem... acho que sei... Talvez tenha amado uma vez...
_É? E como foi?- Fez a pergunta sem pensar, depois, ficou com medo da resposta. Já estava envolvido! E, como muitos meninos, talvez não agüentasse a resposta...
_ Comigo foi mágico!- (os olhos dela brilhavam estranho)- Era como estar num circo! Havia muita alegria, cores, palhaços, brincadeiras... Um monte de gargalhadas! Era uma felicidade estranha... dessas que a gente não agüenta ! Um friozinho gostoso na barriga... Toda vez que o via, meu coração pulava! E fazia tum-tum-tum, sim! Realmente me sentia viva... simplesmente, sentia!
_ E... então, você quer dizer que gostou?- estava meio tonto com a resposta dela. Não sabia o que esperar da menina... não podia prever nada.
_No começo sim... Todo mundo que me via, sabia! Brotava uns coraçõeszinhos de mim, sabe?-( a menina deu um sorriso lindo, desses, meio sem graça e sincero)- Eu não conseguia esconder, e também não queria! Queria mais que todo o universo soubesse! Eu amo grande... amo intenso... amo com todos os meus sentidos, ultrapasso todas as barreiras do entendimento, porque não existiria uma sequer palavra no mundo para descrever meu modo de amar alguém!
_Nossa!-( ele estava assustado com ela e encantado...)- Como você ama bonito!- ( o coração dele sentiu um pouco de insegurança)- Mas, acabou? Hoje você não ama, né?- essa resposta ele realmente queria saber...
_ Vamos dizer que minha sementinha, chamada amor, está dormindo! Ela teve seu papel e o fez muito bem... daí ela se aposentou e decidiu descansar para, um dia, quem sabe?, germinar de novo...
_ Amar dói?
_ Depende...
_ Como assim?- agora ele não entendia mesmo, mais nada!
_ Assim, oras! Felicidade dói? Sofrer é bom? Querer é preciso? Solidão é necessária? –( fez cara de ironia pra ele e continuou...)- A resposta é bem clara: De-pen-de! Eu já sofri de tanta felicidade... era uma dor estranha, dessas que você quer sentir! Então, felicidade dói e sofrer é bom! Eu também sei de uma coisa horrível : Que é preciso precisar , precisar e sem piedade, precisar de alguém... mas daí, percebi que precisava mesmo de mim... pra mim, querer é preciso e solidão, necessária! Amar dói também, mas é bom! A gente tem vontade de amar, amar e amar até o fim... e sempre espera o fim... começa o amor, pensando no fim!- (silêncio! Pausa dramática!)- Infelizmente! Ninguém tem Dom pra felicidade eterna! Então, por melhor que esteja, por mais explosões que você tenha, a gente sabe. Sabe apenas por saber...Sabe e sofre! E dói muito... e passa e volta...
_Ah! Acho que te entendi agora...
_É difícil amar...
_Mas deve ser bom...
_Tem que ser eterno enquanto dure! - ela rio, sendo clichê citando Vinícius de Moraes...
_ Eu só me apaixonei... acho que nunca amei... será que eu sei amar? – envergonhado. Seu rosto corou rápido e seu coração pulou mais forte...
_ Sabe! Todo mundo sabe...
e continuou...
É só uma questão de aprendizagem!
_ No fundo é isso mesmo! E eu ainda estou aprendendo a viver...-(tomou de todas as suas forças)- Você me ajuda?- procurou a mão fria da menina...
_ Agora eu seguro a sua mão! Não quero te deixar a beira do nada do tamanho daquilo que te mostrei... Mas, quando você conseguir andar sozinho, quando você não mais se prender ao organizado e a essa mão que te guia, você irá sozinho... sem medo!- caiu uma lágrima de seu olho esquerdo...
_ Você... vai embora?- apertou firme a mão dela, com medo dela soltar e deixá-lo só...
_ Quando você estiver pronto! Quando não mais precisar de mim...
_ Eu não quero! Nunca se vá... Fique, sempre!- falou com um desespero no fundo da alma, deixando cair uma lágrima de seu olho direito...
Ela olhou para ele com seus olhos vagos e sonsos, olhos de quem sabe e não diz...
Apertou forte sua mão com a dele...
Beijou seu rosto de menino e, sentiu em seus lábios o gosto salgado dessa sua lágrima...
Era como beber sua alma...
Foi soltando devagar sua mão... e, enfim, disse:
_ Acho que me vou... Você já está pronto para amar alguém...

_______________( DESESPERO!)_____________________




Cristina Matsuoka



“Vem cá, que está me dando uma vontade de chorar,
Não faz assim,
Não vá prá lá...
Meu coração vai se entregar a tempestade...
(...)
Meu coração já se cansou de falsidade!”
Marcelo Camelo

sexta-feira, outubro 07, 2005

Fluoxetina, por favor!



3 meses e 10 kilos depois ela resolveu ir ao médico de gordos...

- O que acontece com a senhorita?
- Eu fiquei com alergia e engordei 10kg.
- Xiii, foi a corticóide. Então agora você atingiu seu peso ideal, antes tava magra.
- Não, o senhor não entende, minhas roupas não me servem não dá pra viver assim.
- Entenda, é uma fase terrivel. Corticóide é matadora, sabe? Logo você volta ao normal.
- Mas é triste não poder usar suas próprias roupas porque elas não servem, não acha?
- Cadê seus exames? O que pode ter acontecido é você ter desenvolvido diabetes medicamentosa, isso é muito perigoso, viu? Deixa eu examinar sua tireóide...
- Ainda não fui buscar...
- Não fique assim, é uma fase, daqui um tempo a corticóide saí do corpo e tudo acaba.
- Mas quando, Dr? Quando?
- Isso é relativo. O que você pode fazer agora para ficar mais aliviada é cortar calorias? Nada de carne de porco, refrigerante...
- Não como nenhum nem outro.
- Melhor. Então vamos cortar o açúcar!
- AÇUCAR????????
- Sim, só adoçante... sei que é dificil, mas vou te dar algo que vai ajudar. Você vai tomar um comprimido de Fluoxetina todas as manhã por 30 dias, ok?
- Ok, tem alguma restrição este remédio?
- Restrição como?
- Posso beber, por exemplo?
- Ora, poder até pode, mas pensa bem, que adianta você cortar o açúcar e tomar 3 cervejas por dia?
- (risos)
- Mas volte aqui daqui 30 dias com os seus exames, ok? Diga pra sua médica não ser egoísta e me emprestar, ok?
- ok
- Olha, eu prometo que de uma hora pra outra isso vai passar. Prometo. Tome a Fluoxetina todos os dias e fique calma.



- MUITO OBRIGADA!

quarta-feira, outubro 05, 2005

minutos de auto- conhecimento

MINUTOS DE AUTO-CONHECIMENTO

Talvez não tenha tido chance de viver
ou talvez, vivera rápido demais
Talvez tenha vivido muitos fatos
Para que me sobrasse tempo...
Tempo? Tempo pra quê?
Tempo para viver...
Viver de forma a dividir com alguém o que vivi...
Talvez esteja apenas procurando
Alguém para dividir
a intelectualidade que acumulei
durante alguns anos de minha existência...
Tal é essa existência,
Que me esqueci
De tentar realmente existir
Apenas mantinha-me viva!
mas esse erro incalculável
deve ser modificado
mesmo que isso implique
em mudar o meu destino!
DESTINO...
Talvez seja a intragável tragédia da vida
talvez seja tão incerto,
que pareça certo!
Mas o que é a certeza?
Certeza de verdades soltas de um lábio sedutor?
Talvez sejam mentiras soltas por eles...
Não minto para não formar verdades falsas,
ou talvez, para não
acreditar em minhas próprias mentiras...
Dizer a verdade???
Talvez...
Porém, por te falar , eu te assustarei
e te perderei???
Porém, se eu não te falar, eu me perderia
e por me perder,
eu também te perderia...
AS VEZES PENSO QUE NADA FAZ SENTIDO!
E então, sou incoerente com minhas
próprias palavras!
PALAVRAS...
Bastam que sejam poucas para
destruir um coração partido
Porém, são necessárias várias para
curar o mesmo coração,
e fazer com que ele se torne
aceitável e viva novamente...
Viver é ser inconstante! É ser incerto, é ter temores,
É ser feroz...
Feroz? de forma a encontrar um caminho para continuar
Continuar uma história...
A história de minha vida!
Que, depois de anos se tornaram
Mórbidas para mim...
Talvez por não me conhecer por completo...
Ou, talvez por ter medo de me conhecer,
Pois, se me conhecer, estarei criando um vínculo de ódio
ou de afeto de mim mesma...
Talvez essa seja a grande tragédia da vida!
Ou será amar???
Admitir que se ama?
E se ama, vive?
Arriscar perder e sofrer??
Esse talvez seja o pior de todos os sentimentos:
I N C O N S T Â N C I A !
AMAR- é um ato de auto-sepulcro!
É se entregar a alguém que não se conhece
Arriscando a ter o pior de todos os
sofrimentos,
ou será alguns minutos de alegria?
SEJAMOS SENSATOS: A pior dor, é a dor da perda!
Se você se envolve, arrisca a perder,
arrisca ter o pior de todos os sofrimentos...
Talvez por isso tenha medo de amar
Ou talvez ame e não admita!
Talvez tenha tentado trancar o meu coração
e por isso tenha enlouquecido!
enlouquecido por não saber usar o meu coração...



CRISTINA MATSUOKA- para concurso COC de poesias, 2000.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Eu já roubei

"Eu sou o real que ninguem quis, o reflexo deformado do que ninguem deseja, sou sua rosa e seu fogo do inferno, sou sua perfeição desejada, em algum indesejado, sou seu medo do acaso, seu medo de felicidade, seu medo de perfeição (ou imperfeição?) ... sou mil personagens em apenas um ser... isso te assusta? "

Uma das grandes verdades da vida é que ao mesmo tempo em que não somos o que certas pessoas desejam, nós somos muito mais do que elas merecem. É uma pena que demore tanto tempo para se aprender isto. E apesar de parecer uma frase consoladora, ouvi-la não traz consolação alguma. O que me leva a crer que a verdade por vezes é tão cruel que é preferível acreditar numa mentira bem contada.

P.S. O poema anterior eu ganhei, já o trecho acima eu roubei das anotações da menina adorável vulga Cris Matsuoka.

sexta-feira, setembro 30, 2005

Support your local poet

"Quando busquei o amor
Ele fugiu de mim
Quando o capturei
Soltei, como um pássaro
em busca da liberdade,
como se eu...não quisesse...mais"



Este poema foi escrito por um garoto querido chamado Bruno. Também muito conhecido atualmente como a Nico fofa da funhouse. Por alguma razão este poema define quase todo mundo que conheço. Tão, tão bonito. Agora se isso é estranho ou irônico, eu não sei.

terça-feira, setembro 27, 2005

One ...



One is the loneliest number
That you'll ever do
Two can be as bad as one
It's the loneliest number since the number one

No is the saddest experience
You'll ever know
Yes, it's the saddest experience
You'll ever know
Because one is the loneliest number
That'll you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know

It's just no good anymore
Since you went away
Now I spend my time
Just making rhymes
Of Yesterday

Because one is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
That you'll ever know

One is the loneliest number
One is the loneliest number
One is the loneliest number
That you'll ever do
One is the loneliest number
Much much worse than two
One is a number divided by two

(Aimee Mann)

segunda-feira, setembro 19, 2005

Bom dia...

Olha as flores que eu trouxe pra vc amor...
São para comemorar aquele dia que passei a viver do teu lado...
Eu me lembro, entre nós, não havia quase nada...

E agora é só vc que me faz cantar
E é só vc que me faz cantar!

Havia mil motivos para eu não estar naquele show...
Mas nosso destino foi escrito sob o som de uma banda qualquer...
Eu me lembro, em Setembro...
Conheci minha Mulher...

E agora é só vc que me faz cantar
E é só vc que me faz cantar!


E agora é só vc que me faz cantar
E é só vc que me faz cantar!
(...)
para que todos aqui gostem. não voh dizer de quem ‘e a musica..

learn to say the same thing. what defeats people is a double confession

"Cuidado meu amigo...
Não se iluda com uma frase...
Não vá se perder por aí..."

quinta-feira, setembro 08, 2005

C'est L'amour - por Petit Prince (Pedro Kalil)

- Tá aqui seu uísque, cowboy - falou Miguel pra Gustavo estendendo a ele o copo de uísque sem gelo.

- Ah! Muito obrigado - agora pegando o copo Gustavo - não gosto com gelo, a coisa diluída e tudo mais.

- Eu tampouco gosto de uísque - respondeu pegando o copo de água.

- E pensar que é logo você o que menos bebe aqui hoje - analisou Rafael.

- Pois é, quem diria! - continuou Gustavo.

- Eu já bebi hoje, duas latinhas ali de cerveja, ambas já estão vazias - riu Miguel.

- Olha, venham ver isso - disse Patrícia abrindo a porta da cozinha em que os rapazes com exceção de Pablo estavam.

- Me fala uma coisa bonita - foi o que escutaram Raquel falar ao telefone assim que entraram na sala - vai, me fala uma coisa bonita.

- Que coisa baranga - sussurrou Gustavo pra Miguel que riu - nem eu pra fazer uma coisa dessas.

- Com quem ela tá falando hein? - perguntou Rafael.

- Ih, tá com ciúmes, é? - debochou Gustavo.

- Com o CVV, ela ligou pro CVV cara - disse Patrícia.

- Meu Deus - riu quase alto Pablo - isso é bem engraçado.

- Me fala algo bonito oras, não é pra isso que te pagam? Pra falar algo bonito? Pra fazer as pessoas acreditarem ou qualquer merda do tipo? - disse Raquel.

- Não é bem assim - respondeu do outro lado o operador da CVV.

- Cara, eu to aqui, querendo me matar, sozinha numa noite de sábado e a única coisa que eu quero é ouvir algo bonito e você não consegue me dizer - disse calmamente e bastante seria Raquel, ao lado dela todos riam, Pablo ria sentado mais afastado no sofá, mais sozinho - sabe, eu sei tocar piano, mas ninguém nunca quer escutar mesmo.

- Mas você já tentou mostrar isso pra alguém?

- É claro que sim! Mas ninguém tá nem ai pra ninguém não. Esse é o problema do mundo de hoje.

- Eu não acho que seja assim.

- Você se importa comigo? - disse Raquel e fez sinal pros outros fazerem silêncio.

- Claro, pra isso que o CVV existe - repondeu o atendente.

- Você me ama?

- Eu te amo.

- Então faz sexo comigo pelo telefone - disse Raquel, todos seguraram muito o riso, Rafael deixou escapar.

- Tem alguém ai? Você tá sozinha?

- Estou sim.

- Mas e esse barulho?

- É a tevê.

- Ah...

- E então, você não me ama? Então, vamos trepar pelo telefone?

- Eu não posso, porque fiz um acordo com o CVV e esse acordo não pode ser quebrado - disse sem graça o atendente.

- Eu não acredito que ela está fazendo isso - comentou Miguel pra Patrícia baixinho.

- E dai pras regras?! NO AMOR NÃO EXISTEM REGRAS! Não é o que vivem dizendo por ai? Então, você não poderia quebrá-las? Você disse que me amava...

- Não é bem assim, veja bem... - tentando desconversar o atendente.

- Claro que é, não vem me dizer que não se sente sozinho e que é feliz - disse como se quisesse agredir o atendente.

- Eu sou feliz sim.

- Se fosse feliz não estaria trabalhando no CVV as três da manhã dum sábado.

- Não, não... - meio sem voz, e totalmente sem defesa.

- Olha, eu posso ir agora ai? Dai a gente se conhece, senta e toma um café, uma cerveja, uma água se você não quiser nada disso, um refrigerante, uma coca-cola, qualquer coisa?

- Eu não posso conhecer as pessoas que eu atendo, é um acordo que...

- Eu não to interessada em nenhum acordo oras! Vamos fazer um acordo entre eu e você cara, vamos nós dois nos amar pra sempre e não vamos deixar nada acontecer pra nos separar, é esse tipo de confiança que a gente devia precisar.

- Não, é que...

- Raquel tá destruindo o sujeito - riu baixinho pra Miguel e depois Gustavo continuou - coitado, e tudo isso pra gente dar umas risadas a mais.

- Deve-se valer a pena - disse o que mais se divertia, Rafael. Depois Patrícia fez sinal de silêncio.

- Essa minha ligação só tá me fazendo mais sozinha... Você gostaria de me ouvir tocar piano?

- Claro.

- Escuta então - Raquel foi andando com o telefone até o piano, sentou-se e começou a tocar Eric Satie - Não é bonito? Eu não toco bem? Nunca sei porque ninguém que me ouvir tocar - falou a última frase com um pouco de soluço.

- Você toca muito bem sim.

- E então porque a gente não se conhece e eu toco pra você?

- Você pode vir aqui durante o dia.

- Mas eu vou te encontrar?

- Não, eu só trabalho aqui à noite.

- E não posso te encontrar em outro lugar?

- É que eu fiz um acordo com o CVV...

- OLHA! EU TÔ POUCO ME FUDENDO PRA QUALQUER ACORDO QUE VOCÊ FEZ COM QUALQUER MERDA DESSAS! É ENTRE EU E VOCÊ CARA, é entre eu e você - disse soluçando mais uma vez Raquel.

- Mas é que não dá.

- É uma merda essa vida mesmo, ninguém nunca está disposto a abrir mão de nada mesmo, pra ninguém, por isso tá todo mundo tão sozinho, todo mundo fingindo que tá se divertindo sozinhos por ai, dança sem par, é tudo tão triste, se você soubesse, não sei porque você trabalha nisso cara, como se fosse capaz de salvar alguém.

- Eu venho aqui pra ajudar as pessoas - disse como que parecendo querer desligar o telefone.

- Acho que isso não vai acabar bem - disse baixinho Miguel no ouvido de Patrícia. Os outros ainda riam, Pablo olhava pro teto e ouvia tudo com boa atenção.

- É a televisão deixando a gente sozinha, porque ela não é companhia direito cara - disse Raquel - é essa pós-modernidade que só mata a gente, que só se disfarça muito bem dizendo que encurtam distâncias nas telecomunicações, mas cara, ta todo mundo muito fodido nesse mundo, muito, porque ninguém liga pra ninguém na verdade, cada qual com sua história, cada qual com sua legalização do eu eu eu, me irrita cara, todo mundo só ri, ninguém está disposto a chorar por ninguém e é por isso - disse soluçando muito - que eu tenho que ficar aqui chorando por todo mundo - e desabou a chorar.

- Calma, fique calma.

- Nossa, ela finge bem mesmo, não sabia disso - disse Rafael para Pablo se aproximando dele no sofá.

- Mesmo - respondeu Pablo.

- E sabe, eu não sei porque a gente deve continuar isso se nem eu e nem você, principalmente você, se você não está disposto a poder nos elevar dessa nossa posição tão mesquinha da vida que eu finjo que sofro e você finge que se importa, porque você não se importa, porque quando eu desligar esse telefonema você vai atender outro falando "Boa Noite, CVV" - disse Raquel molhando todo o rosto.

- Mas eu me importo - disse o atendente - é que...

- É que o que?

- É que temos que seguir certas normas...

- NORMAS?! NORMAS?! QUE DIABOS NORMAS?! AS NORMAS NOS LEVARAM ATÉ AQUI! VOCÊ POR ALGUM ACASO ACHA QUE ESTAMOS INDO BEM?

- Bom, não estamos tão mal assim.

- Como não?

- Meu deus, acho que ela ta chorando de verdade - disse Miguel pra Patrícia que também começava a perceber isso.

- Para de rir Gustavo, acho que isso já não está tendo mais graça alguma - disse Patrícia.

- Como não? É engraçadíssimo, não sabia que Raquel tinha esses dons?

- Que diabos de dons o caralho, não vê que ela ta chorando porra? - disse raivoso Miguel.

- É de brincadeira... - disse Rafael meio sem graça e percebendo a bobagem tentou dizer algo - mas, mas, mas...

- Mas então eu acho que vou desligar e devo me matar já que acho que ninguém é mais capaz de salvar uma mosca - disse pra concluir Raquel.

- Não, calma ai, você devia mostrar as coisas...

- Não devia mostrar mais nada - e assim desligou o telefone. Ficou um tempo olhando pro piano até que Miguel e Patricia se aproximaram.

- Vocês são mesmos uns idiotas - disse Patrícia censurado todos.

- Obrigado hein - disse Pablo.

- Principalmente você.

- Ahn? - assustou-se Pablo.

- Raquel, você tá bem - disse Miguel - que uma água? Quer ir ali dentro pra conversarmos?

- Não, tudo bem, era só uma brincadeira... vocês riram e...

- Não precisa se esconder de mim mais Raquel - disse delicadamente Miguel sendo cutucado por Rafael.

- Meu bem, o que você tem? - perguntou.

- Não quero falar com você - frisou Raquel.

- Meu deus! Por que não?

- Não agora - disse firmemente.

- Que confusão de merda... - disse pensando alto Gustavo.

- Pablo - disse Patricia - eu, alias, eu a Miguel temos que te falar uma coisa. Já que tá tudo uma merda mesmo, então vamos aproveitar, eu e Miguel, a gente está namorando.

- Mas como assim? Eu e você estávamos namorando? - disse Pablo não conseguindo entender nada mais.

- Meu deus, que babado! - disse mais uma vez pensando alto Gustavo. Todos olharam pra ele e depois olharam pro então recém ex-casal.

- É isso - disse também firmemente Patrícia.

- Eu... ahmm eu, eu vou embora. Não sei mais o que fazer aqui - disse Pablo, que se levantou rapidamente abriu a porta e foi embora enquanto todos olhavam atônitos pros últimos dez minutos tentando ter o mínimo de estabilidade.

- Eu acho que é bom eu ir embora também, vou só arrumar umas coisas aqui e já vou, acho melhor - disse Gustavo.

- É, eu e Miguel também vamos, vamos deixá-los a sós, devem ter o que conversar, vamos só arrumar umas coisas - disse Patrícia.

- Ok, ok... – disse Raquel com o restinho de choro.

- Tudo bem, eu arrumo depois - disse Rafael tentando ser delicado.

- Tudo bem então, Gustavo dá pra você ligar pra Pablo daqui a pouco pra ver como ele tá? - disse Miguel.

- Sim, claro. E Raquel, me desculpe por estar rindo... é que...

- Tudo bem - respondeu.

- Não foi intenção... - ainda tentando consertar.

- Já disse que tudo bem - olhou pra ele Raquel e riu um sorrisinho muito brando.

- Vamos, acho melhor então a gente ir - disse Patrícia pra Miguel e Gustavo - vamos?

- Tchau - disse junto Raquel e Rafael.

- Tchau - respondeu os outros três.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Episódio de hoje: i don’t wanna wait for this life to be overrrrrrrrrrrr

Naquele momento era como se houvesse uma reunião de pessoas conversando em sua cabeça...

Stephanie diz: Queria saber porque doei metade da minha vida pra pessoas que hoje em dia eu odeio? Só porque sou a porta não posso ser o quarto?

Tobey Maguire diz: Está mais frio lá dentro...

Avril Lavigne: Ele não era o cara certo. Ele nem abria a porta pra mim...

Truffaut: Porque pessoas como você e eu só são felizes nos sets de cinema...

Você: Eu achava que quando alcançasse as pessoas não teria mais que correr atrás delas.

Psiquiatra, um ser humano frustrado: Esses personagens que vocês criaram só ficam bem em livros e filmes. Na vida você está fadado a ser incompleto, a sentir falta. A vida real se constrói a partir da falta. Pare de se sentir mal por se sentir vazio. Sem falta não há necessidade de se dormir e acordar e dormir...

Cícero: Bocejo. Vocês são ridículos!

Tati diz: Quem é ridículo? A Stephanie? O Ronaldo? O amor?


Cansado de ouvir vozes, ele põe seu sapato novo e vai passear, sozinho.

segunda-feira, agosto 29, 2005

C'est L'amour

Hoje era o dia do Pedro Kalil postar, mas ele me disse que o micro dele quebrou, deste modo ele não ia conseguir escrever no dia certo.
Assim sendo, decidi postar um email que ele me escreveu um tempo atrás. Espero que ele não fique bravo, mas é que num mundo feio como esse a gente tem que dividir as coisas lindas....

"Se eu morasse na Augusta, em Agosto, eu pensaria que estaria vendo aputa que tomava uam cerveja e chorava que o Caio Fernando disse tão lindamente, sobre nossas dores e sobre ajudando das dores dos outros esquecemoa um pouco das nossas. Pensaria nas suas sugestoes para atravessar agosto e que talvez o inverno estivesse matando o jardim, mas que talvez ele voltasse a nascer. Eu observaria os portoes preto e pensaria que talvez fosse melhor pinta-lo de verde ou branco ou cor-de-rosa. Pensaria no dia que sai do unibanco ali e subi a rua chorando pq a menina tinha me abandonado em sao paulo, completamente e tinha subido a rua fumando um cigarro atras de outro, bebendo uma cerveja em temperatura ambiente, quente, ruim, kaiser, ou skol, nao me lembro e pensaria que as coisas talvez tivessem mudado um pouco já que a kaiser não é mais tão ruim assim. E pensaria no minino Denis que resgatei na rua, na noite gelada, chorando e ele tinha 12 anos e pneumonia e o levei pra comer no Bobs pq ele me pediu pra me levar no Bobs e parecia mto constrangido e eu fiquei perguntando dos pais, da mae e do pai que o tinha bandonado, abandonado a familia e mudado pro interior, enquanto ele mal conseguia acreditar no seu sanduiche, no sanduiche que tinha comprado pros seus amigos, no milkshake gigante e no sunday que estava derretendo. E ele me contava que nao conseguia remedios pra penumonia pq nao tinha cpf e que disse que o comprava, mas ele delicadamente disse preu nao comprar, pq deveriam ser mto caros e ele nao queria mais do meu dinehiro, aquele adulto chorao, abandonado, com o on the road na mão pensando em letras do Neil Young. Subiria a Augusta todos os dias olhando pro chao as maos nos bolsos pensando que poderia encontrar algo legal perdido no chão, um braço de boneca ou cartoes perdidos desejando amor-pra-sempre-pra-voce-me-desculpe- pelo-que-fiz, acordaria todos os dias nos meses apropriados esperando estar muito quente, mas que tivesse um sol bonito, desses que voce que vai acontecer algo bonito nesse dia, entao te chamaria pra tomar um café com biscoitos que aprendi a fazer com minah voh e te contaria dessas esperanças dos dias frios e com sol ou como eh tao bonito quando chove e faz sol ao mesmo tempo, aquela chuva fininha, dos dias que sempre acontecenem algumas coisas, talvez te falaria dos sonhos estranho-bonitos que andava tendo e voce sorriria e talvez me contasse alguns dos seus e eu responderia com uma ou duas piadas ruins. Te diria das pequenas epifanias, e voce me diria que se idenftifica com aquela-atriz-de-tal-filme sem me dizer porque eu efalaria que era o Kerouac do subterraneos um pouco menos bebado, o arturo bandini do pergunte ao poh um pouco menos machista ou o Horacio do Jogo da Amarelinha, sem fugir pra argentina e pra sempreprocurando a Maga, sabendo que procurar era mais importante até do que achar, e falaria do bebe Rocamandour, falaria que era o filho da Maga que morreu, talvez colocasse uns discos pra gente ouvir, jazz antigo ou aquela do leadbelly "i just someone just to see him die" e temeria todos os dias que a cidade muito maior que a minha estivesse me endurecendo e dai pediria pra voce contar algo bem bonito, dessas coisas tao bonitas que acontecem bem de vez em quando, quando mal percebemos e nossos olhos se enchem de lagrimas sem sabermos porque. Talvez depois do café te pegaria pela mao meio sem jeito e te deixaria com seus amigos modernos e sorriria pra eles, talvez tivesse um pouco de vergonha e soh seria sarcastico se começarem a querer brincar de decadentes, decadentes milionarios, daqueles que brincam de andar
pelas ruas bebados, com garrafas de uisque doze anos. Dai poderia as vezes ir visitar a Anne e cnontrar a Clarah e avisar sobre literatura, e conversariamos e pensarimaos anas coisas, eu e a Anne planejando nossas viagens de carro sem nem ao menos termos carteira, ela colocaria uam musica feliz antes de sairmos tipo Shake Some Action e viria nela, aquela criança tao bonita que se recussou a crescer, brigaria por ela me mostrar os denhos bonitos dela que ela nunca mostra pra ninguem, e roubaria um e colaria numa parede da sala de casa e ela chegaria lá em casa e brigaria comigo, talvez ficasse emburrada umas duas horas e eu faria piadas depois dessas duas horas
apenas para deixa-la mais emburrada. Talvez as vezes brincaria de ser saudavel e iria passear no ibirapuera, andando sempre mais devagar que todo mundo fumando mts cigarros pensando na vida, pensando nos pic nic perdidos naqueles parques, comendo biscoitos de danoninho que nem eram bons, pensaria que talvez devesse ter um cachorro para leva-lo pra passear, talvez um desses pequenos mesmo, que nao me incomodaria
muito dentro de casa e que sentaria do meu lado quando tivesse vendo o jornal a noite e tomasse uam xicara de capuccino com canela, talvez devesse ter um grande pra pensar que ele eocupa espaço demais dentro de casa e as vezes sentir que mesmo ocupando muito espaço falta alguma coisa entao ligaria para algumas pessoas convidando para tomar café da manhã bem cedo, entao forjaria uam mesa bonita, compraria aquelas
bisnasgas grandes, uam bao manteiga, geleia de amora, roubaria algumas flores de algum canteiro enquanto tivesse voltando pra casa para fingir que fiz um arranjo bonito na mesa, compraria broas, mesmo nao gostando delas, alguns biscoitos de manteiga com goiabada, as vezes alguns tipos de queijo e esperaria as pessoas chegarem e talvez elas nunca viessem e pensaria que nesses domingos de manhã me faria muito bem era ter um gato e nao cachorros, e entao arrumaria dois gatos, daria nomes pra eles, nao sei bem quais, precisaria olha-los antes de descobrir, quem sabe lucifer, quem sabe gabriel, pelo anjo, quem sabe algo mais bonito, tipo azul, ou quem sabe algo engraçadinho ou bem cliche como fofinho ou bolinha e talvez um desses gatos fugisse uam noite e passaria dois dias sentado a sua espera e te ligaria e falava
do gato que fugiu, que a casa entoa estava mais fazia e te convidaria prum tipo de jantar com essas coisas que nao sei cozinhar, mas que faria um bom brownie com nozes ou chocolate branco, o que vc preferisse, compraria sorvete de creme para comermos juntos, e colocaria uam rosa dentro de um copo de agua, para, quem sabe, voce
reparar na tristeza dessas coisas, entao eu sorriria, voce me mostraria suas risadas iguais, eu acenderia um cigarro e de repente iria me sentir bem, sorria de volta, te contava alguma historia engraçada tipo eu espirrando na rua e um velho falando "que deus te ajude.... a te levar pro infeno" e que eu olhei e ele sorriu e disse
"pra pegar todas as diabinhas" e eu nao saberia o que responder pra esse velho e voce riria um pouco e te msotraria talvez algusn filmes que aluguei, perguntaria se voce jah tinha visto, e perguntaria o que voce achava deles, se voce nunca tinah visto nenhum deles eu pegaria um de proposito que sabia que voce tinha visto e perguntaria mesmo assim, soh pra fingir o que falar, andaria pelos sebos tentando encontrar livros infantits, talvez esses com contos e lendas e fabulas de todo o mundo e um dia que estivesse um pouco triste, acharia uma da russia ou uma historia do egito antigo e te contaria, uma que fosse bem fofa e bem bonitinha que a gente nao poderia de achar de modo algum bonito, eu gaguejaria em algumas partes e no final delas talvez
eu achasse que estava com muita sede, beberia agua mineral com gás, te ofereciria algo pra beber, quem sabe tivessemos longas conversas sem percebermos que o tempo tinah passado tao depressa e quando percebessemos o dia tinah amanhecido e sem ver tinahmos deixado amigos esperando a noite inteira, nao ligariamos, ofereceriamos um almoço quem sabe, pouca coisa pq minah casa nao teria muitas panelas nem muitos pratos nem muitos copos, princiapalmente limpos. Olharia de novo pro portao preto e pensaria que deveria pinta-lo, mas nunca o faria, pq se nao, quando estivesse olahndo para ele ele teria uam visao de coisa realizada e um portao nao deve nunca se realizar, porque chegaria a conclusao que nao deveria ter um portao ali, que deveria
ter um jardim de margaridas e que as pessoas deveriam roubar suas margaridas, ou para dar pra alguem ou pra começar a marcas os livros eternos, e sabeia que pintar um portao de nada adiantaria, mesmo que fosse de arco-iris e pensaria em deixa-lo transformado nos meus sonhso que te contaria em porpurina ou aquelas estrelas que brilham no quarto escuro e depois que te contasse isso talvez te desse umas estrelas
dessas, e te ajudaria a colocar no teto do seu quarto que nunca vai ser toa bangunçado como o meu, talvez desse uams duas pro seu irmao tambem se voce nao ligasse, falaria com sua mae sobre coisas que inventaria e te diria pra nao ficar muito chateada quando as coisas estivessem um pouco ruins, quando voce estivesse tao cansada que nao poderia sair de casa compraria ua caixa de caquis e levaria pra voce,
talvez deixasse na portaria ou uam caixa de figos, que nem gosto, mas que sao muito bonitos, se voce nao gostasse poderiamso apenas deixar a caixa num canto e quem sabe abrir um e ver como mesmo nao sendo gosto eh muito bonito. talvez te encontrasse depois da terapia, tomariamos um café com uisque, depois iriamos ver algum desses filmes ruins, quem sabe uma comedia romantica e comprariamos aqueles baldes enormes
de pipoca e depois quando saissemos, sabendo que o filme tinha sido muito ruim falaria "quero ir nuam festa electro", no outro dia te falaria os dias que apostei na sena e que voce torcesse pq dai iriamos pra frança ou italia e pediria que ao menso passassemos um dia me praga, pq essa cidade tem uam magica pra mim que nao sei qual é. Talvez encontrasse a menina que me abandonou no metro novamente, isso acontece,e duas vezes no mesmo dia, meses depois, e diria pra ela que estou morando em sp, na augusta e que ela no poderia conhecer meu unico gato que sobrou, que depois de muito tempo ela eh soh uma lembrança amarga e desceria em qualquer estação e talvez chorasse um pouco pensando em como a vida as vezes eh tao triste e como as vezes
brincamso tanto de eu-sou-mais-eu-eu-sou-forte-e-melhor-que-voce-e-nao-vou-sofrer -de-amores-nao-por-voce-que-me-merece-tao-pouco,iria comer comida japoensa todas as sexta no liberdade, comeria no restaurante vegetariano que sempre que vou encontro o pessoal do butchers orquestra, talvez andasse na galeria do rock procurando algum vinil antigo pra te dar de presente, algum do dylan ou do bruce springsteen que sei que soh eu gosto querendo te convencer e que se voce nao gostasse ao menos valeria como piada e ficaria muito feliz em encontrar, quem sabe, alguns do leonard cohen pra se ouvir no inferno frio de sp, tomando ou vinho ou gim, esperando aqueles telefonemas que salvam a vida de todas as pessoas na sexta a noite. Trabalharia em qq
coisa, moraria na augusta, sofreria um pouco, mas ficaria bem, desse jeito, essas coisas, simples, sempre elas."


Ah, e eu achei o gato perdido na rua e devolvi pra ele! :-)

quinta-feira, agosto 25, 2005

Ódio x Bolo de Laranja ou Por favor, resista!

Vâmo lá, todo mundo junto!

pam pam-pamp-pam-pam-pam-pam-pampampam
pam-pam-pam-pam-pam pampampampam

Cuando pierda todas las partidas
cuando duerma con la soledad
cuando se me cierren las salidas
y la noche no me deje en paz

Cuando sienta miedo del silencio
cuando cueste mentenerse en pie
cuando se rebelen los recuerdos
y me pongan contra la pared

R-E-S-I-S-T-I-R-É, erguido frente a todos
me volveré de hierro para endurecer la piel
aunque los vientos de la vida soplen fuerte

soy como el junco que se dobla,
pero siempre sigue en pie
resistiré, para seguir viviendo
soportaré los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos

resistiré, resistiré.

Cuando el mundo pierda toda magia
cuando mi enemigo sea yo
cuando me apuñale la nostalgia
y no reconozca ni mi voz

Cuando me amenace la locura
cuando en mi moneda salga cruz
cuando el diablo pase la factura
o si alguna vez me faltas tú.

R-E-S-I-S-T-I-R-É, erguido frente a todos
me volveré de hierro para endurecer la piel
aunque los vientos de la vida soplen fuerte

soy como el junco que se dobla,
pero siempre sigue en pie
resistiré, para seguir viviendo
soportaré los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos

resistiré, resistiré.


(Resistiré - Duo Dinâmico)
Trilha do filme Ata-me(Almodovar) e também de Separações de Domingos de Oliveira.
Ambos imperdíveis.

Tô assistindo à novela "América" e o menino gay está dando uma desculpa para não trepar com a menina cega...hahaha! Ele já bebeu, já ficou doente já fez de tudo... me lembra o passado...hahahaha! R-E-S-I-S-T-I-R-É...

Sexta eu vou ter que acordar cedo para produzir um show do Thaíde lá no Campo Limpo. R-E-S-I-S-T-I-R-É...
E domingo no centro, além de ter que escutar "os mano pow, as minas pá" ainda vou trabalhar ao som "hey, senhorITA, não sei se você axcredITA/em amor a primeira vISTA/quando te vi dançar na pISTA/você foi a mais bonITA...". R-E-S-I-S-T-I-R-É

Assumo, sou briguenta e intransigente!

R-E-S-I-S-T-I-R-É, R-E-S-I-S-T-I-R-É

segunda-feira, agosto 22, 2005

C’est l’amour?! ou Merde l’amour ou Deixe de ser idiota. Nunca vai acontecer


Assim como qualquer coisa não corpórea, algo não-físico, não há modo de se verificar a existência do amor. Conseqüentemente, não há modos de se verificar sua inexistência. Portanto, acreditar ou não resume-se a uma tomada de posição.

E daí você se pergunta: "mas e quanto a todos os casais felizes que conheço? E quanto ao casal de velhinhos felizes que vi de mãos dadas no metrô? E o Tarcísio e a Glória? E o William e a Fátima?" Hum, alguém cético responderia: “eles se acostumaram”. Outro diria “eles se acomodaram”. E a verdade? Pode até ser. O ser humano tem uma capacidade incrível de adaptação.

E outro fascinado por psicologia diria sobre o amor “é pura vaidade! Os relacionamentos são baseados em transferência de prestígio e/ou qualidades”. Sim, pode ser. Aqueles conhecedores de literatura, diriam “é amor pela idéia do amor, pela sensação de estar apaixonado. Você nunca leu Shakespeare, oras?!”. Também faz sentido. Alguém que acredite na magia do cinema diria ainda “Mas e se for simplesmente amor? Como nos filmes da Disney. Um sentimento que vence qualquer obstáculo”. Bom, acho que não.

Enfim, amor para mim é (e sempre foi) esperar. Esperar que algo bom aconteça. Esperar que tudo se resolva como num filme da Molly Ringwald. Venho fazendo isso já há algum tempo. Mas esperar até quando? Quando a espera termina? Afinal, Godot nunca apareceu.

Bom, façamos o teste do tempo. Segue abaixo meu desejo de amor e daqui a alguns anos quando ler os arquivos deste blog, talvez fique feliz por te-lo realizado ou talvez o ache tão idiota quanto qualquer outra coisa que já escrevi. E ao terminar de ler, caso não o tenha alcançado ainda, certamente ficarei com aquela sensação melancólica de quem está se desperdiçando e precisa parar o relógio a qualquer custo porque não é certo envelhecer sem aproveitar suficientemente cada dia.


Desejo de amor

Nos meus sonhos, você perdoa minha fra(n)queza e abre os abraços para me guardar. Sei que o amor pode nunca acontecer. Apenas prefiro não saber.

quinta-feira, agosto 18, 2005

everybody loves somebody

Dizem que no princípio era o verbo, que o verbo se fez carne. Mas o verbo teima em virar verso. Deve ser coisa de Deus, Satanás, Godard, Goethe ou qualquer coisa na qual você acredite ou duvide, já que duvidar é bom; acreditar também. Mas o Dean Martin parece ter concretizado alguma coisa (Everybody loves somebody sometime/Everybody falls in love somehow/Something in your kiss just told me/That sometime is now//Everybody finds somebody someplace/There's no telling where love may appear/Something in my heart keeps saying/My someplace is here//If I had it in my power/I'd arrange for every girl to have you charms/Then every minute, every hour/Everybody would find what I found in your arms//Everybody loves somebody sometime/And though my dreams were overdue/Your love made it all worth waiting/For someone like you). Podem dizer que os versos são melodramáticos, cínicos quase; mas o verbo parece se fazer carne nos versos (mais ou menos como certas substâncias da natureza que tendem a se relacionar para criar novas substâncias). Pode dizer que não é natural. Mas que é sobre-humano eu tenho certeza.

quarta-feira, agosto 17, 2005

C'est l'amour

Toda segunda-feira algum colaborador deste blog está incumbido a escrever uma história de amor! "DE AMOR? Como assim isso não existe..." Ora bolas, então escreva um post sobre o amor que não existe, ou aquela história terrível sobre sua amiga que pegou o namorado fazendo suruba com o melhor amigo às vesperas do casamento, ou aqueles seus amigos que se odiavam e um dia começaram a namorar, um texto, uma crônica, qualquer coisa que fale de amor, que é um assunto inesgotável e o tema preferido de tudo mundo em pelo menos alguma fase da vida.

A escala:

22/8 - Ronaldo
29/8 - Pedro Kalil
05/9- Karen Cunha
12/9 - Sérgio
19/9 - Gabriel
26/6 - Tatiana Pinheiro

Não gostaram? A gente muda ué....

E se você caiu aqui agora, não faz parte da equipe de colaboradores e nem sabe do que este blog se trata, mande a sua história de amor pra gente: karencunha@gmail.com.

Beijos

domingo, agosto 14, 2005

knock, knock

Para falar de mim, preciso tomar a estrada do silêncio.


Silêncio
Não sei usar as palavras. Às vezes machucam tanto quanto ... e se quando falo, não falo de mim, falo sobre quem? Para descobrir se sou aquele de quem estou falando? E se eu não for? Melhor seria não falar e não saber?! O melhor seria saber suportar sem ignorar. Melhor seria não esperar, pois só me fazem bem as horas de descuido. Então, a felicidade desaba sobre mim como se fosse uma chuva de verão. Como disse Pessoa, “Minha vida é como se me batessem com ela."

P.S. Tirando conversas divertidas e reencontros mágicos, odiei o campari.

sábado, agosto 13, 2005

Campari é bebida de tio...

Quando saiu o "line up" do Campari Rock Festival eu fiquei em estado de choque, como pode alguém ter tão pouco bom-senso a ponto de colocar a primeira banda para tocar 17h45 enquanto a atração principal vai tocar às 2h10? Falta de respeito total com os artistas que tocam primeiro, me diz quem fica 8 horas dentro de um festival? Aliás que horário infeliz 17h45 às 3h30...
Ontem eu vi a porra do Kills... bandinha vagabunda, parecia uma banda da Zona Norte, nao que as bandas de lá sejam vagabundas, mas é que ninguém paga um cachê daqueles pra uma banda da Zona Norte, mundo injusto esse...hahahha
Performances batidas, música óbvia, mas as pessoas que se contentam com pouco vibraram ao som clichê dos gringos. A outra banda gringa que tocou antes era o que há de pior nessa terra.
Quando eu cheguei estava rolando Freakplama, vi pouco, mas a performance é incrível com direito a robôs e catavento.
Resumindo as melhores coisas da noite foram Jumbo Elektro e Cansei de Ser Sexy. Este último sofreu com o problemas técnicos...o som estava no "agudo máximo" e ninguém da organização percebia.... deprê, mas o show foi muito engraçado.

Ah sei lá o que achei do evento como um todo, sabe?
De todo modo continuo aceitando convites da organização do evento (rs)

segunda-feira, agosto 08, 2005

Somebody Kill Me Please

Não, não é aquela sensação de acordar e ir lembrando aos poucos das coisas absurdas que fez na noite passada, mas tem algo a ver com vergonha. Mas não a vergonha de ter dado "AQUELE" vexame, mas sim de SER O PRÓPRIO VEXAME.
Hoje acordei com vontade de não acordar nunca mais, hoje fui trabalhar com vontade de não ir trabalhar nunca mais, sim, é vergonha, mas vergonha de estar viva sendo quem sou.
Triste, porque fazia muito tempo que não sentia vontade de me esfregar no concreto, e o sentir um insuportável tédio que é sempre sintoma de que algo não vai bem...
Acho que o tédio nada mais é do que a certeza de que nada vai mudar nunca.
Tenho medo de ficar dizendo essas coisas e as pessoas começarem a me mandar textos do Roberto Shinyashiki, recomentar que eu entre em contato com o meu eu interior através da religião ou me entupir de medicamentos... mas na verdade acho que eu só preciso de um pouco de dignidade e altas doses de The Boy Least Likely To.

Só falta comprar um pouco de dignidade!

A dor de existência

"...sou velho demais para somente me divertir, moço demais, para ser sem desejos. Que pode o mundo bem proporcionar-me? A existência é um fardo"
(GOETHE - Fausto, pág 52 - 1806)

Rô, qual a frase em que o Goethe fala sobre "sentir a existência"?


Ainda bem que as pessoas nào acreditam na minha teoria de que Goethe e Deus são a mesma pessoa...já pensou as pessoas adorando esta foto nas igrejas? Eu hein?
Ainda bem que o cara era o mestre porque com essa cara ele não iria a lugar algum!