quinta-feira, dezembro 25, 2008

Piores Momentos de 2008 IV

Feliz Natal, você merece



- Seu mouse é muito duro, você gosta?

- Sim, me dá mais firmeza e precisão.

- Ah, então tá.

- É mentira. Eu odeio esse mouse.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Piores Momentos 2008 III

O Dia Mais Social do Ano



Apesar de estar desempregado esse ano participei de duas confraternizações de fim de ano de empresas, também conhecido como O Dia Mais Social do ano, e minhas idas aos sítios das empresas não poderia ser mais antisocial. No primeiro fui ao sítio reservado onde uma amiga trabalha, chegamos atrasados no fretado e ao subir dei de cara com muitas crianças e um cheiro predominante de Doritos e questionei minha amiga perguntando por que ela não me avisara que ia ter crianças, ela respondeu que se dissesse eu não iria - correto. No local a equipe do churras e do chopp já estava fazendo os comes, subimos para um morrinho longe dos colegas dela e acendemos um faz me rir e só desciamos para beber e quando batesse a larica, comer. As mulheres que trabalham com ela são tão cheias de insatisfação sexual que eu me sentia numa comédia dramática de subúrbio americano mas dessa vez a história se passava na zona leste. Muito bêbado, disse coisas que espantou todas elas, como por exemplo, servir uma ceia no dia da minha morte no melhor estilo Peter Greenaway.

Eu não ia participar do dia mais social do ano da minha empresa, porque ia ser na casa de veraneio do meu ex-patrão, ia ficar chato (fui convidado com aquela sensação de "ele não vai mesmo", assim como quando oferecemos comida para alguém, mas no fundo não queremos que ela pegue) e ia ser no mesmo dia do show da Madonna, mas soube que um pessoal ia voltar mais cedo então como ainda tenho afinidade com um pessoal gente boa, resolvi ir.
No caminho, outro faz me rir. Chegando no condomínho fechado, uma amiga perguntou se fechava o carro, eu disse que não, já que no lugar não tinha nem poste, então seguro tinha que ser. O sol começou a sair e começamos a beber, descobriram uma garrafa de caipiroska e começamos a beber. Percebi algo muito interessante quando meu ex-chefe conversava e dizia de vários funcionários que tinha e os motivos da demissão, o engraçado que muitos motivos batiam com minha personalidade (tenho mesmo uma?). Quando percebi estava morrendo de rir de algo que não lembro, amigos me ligando para saber onde eu estava, tirei minha camiseta, entrei na piscina, me enxuguei e pedi carona pra São Paulo e correr pro show da Madonna.

Eu juro que eu nunca pensei em participar de nada disso, pois já conhecia bem as pessoas e como elas não mudam, só alguma insatisfação aumenta, mas pelo que me lembro, me diverti muito, assim como me divertia quando minhas tias e mãe me levavam para os dias mais sociais do ano das empresas dela, como uma certa vez que a agência Bradesco do meu bairro fechou minha escola e os funcionários se vestiram de palhaço para divertir os filhos e sobrinhos - sério, tenho isso gravado.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Vitima dessa sociedade hipócrita



Eu perco muitos celulares. Perco sempre. As pessoas me roubam sem que eu perceba, um dia eu posso perceber que roubaram o meu rim e eu não notei.
Dificilmente alguém consegue me assaltar na cara dura, eu sempre deixo o bandido cansado fazendo "a amiga" que sabe muito bem como a vida é dura e que dividiria tudo o que tem se tivesse ao menos dinheiro para pegar o ônibus.
As vezes faço a linha "da quebrada", bastante eficaz na hora que você está numa rua deserta e vê alguém vindo na sua direção com a intenção de te abordar. Quase sempre funciona.
Um dia eu ainda vou tomar um tiro por isso... Mas por que diabos comecei esse assunto?

Ah, eu queria contar que da última vez que perdi o celular as pessoas ficaram tão enloquecidas por não conseguirem me localizar que pouco tempo depois o Luis (meu pai de segundo grau) e a Ana Amélia resolveram me dar um celular bem simples para que eu pudesse perder a vontade.
O celular é bom, tem lanterna, recebe e efetua ligações, manda e recebe sms, ou seja, tudo o que um celular precisa fazer.
O problema é que as pessoas começaram a me zoar dizendo que é celular de pobre, que não recebe mms e nem tira foto.
No começo eu dizia que era um celular de pobre porque eu era pobre mesmo, mas de uns tempos pra cá eu me descobri uma "vitima do sistema", "massa de manobra do capitalismo selvagem", "produto dessa sociedade consumista" e comecei a sentir vergonha porque meu celular não faz café, nem passa filme, nem serve champagne vestido de marinheiro.
E agora eu quero um celular novo, mesmo sabendo que vou perder, ou vão me roubar quando eu estiver bêbada ou então vai ser o motivo pelo qual eu vou apanhar do bandido quando disser que não tenho dinheiro e o meu telefone começar a tocar, passar vídeo e dizer "eu te amo".

Sem contar a vergonha de contar pras pessoas que perdi o celular. Ano passado eu perdi 6 sony ericsson k310i e comprei um igual pras pessoas não perceberem. Poderia fazer uma instalação com as caixas e os carregadores sony ericsson pra próxima Bienal, né?

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Piores Momentos 2008 II

Quase Perto do Fim do Ano



Essa acabou de acontecer:
Não durmo bem há alguns dias por n motivos, um deles é o ronco da minha vó, que dorme na cama ao lado, estou desempregado, uma escola cara para pagar, brigo com minha mãe todos os dias, ouço ela brigar com a irmã dela e minha vó todos os dias, tenho que cuidar da minha vó que ronca muito, está insuportavelmente quente esses dias, o tédio voltou a reinar, minhas drogas acabaram e blá blá blá...
Dou um suspiro e antes de perguntar o que mais pode acontecer, algo de mais acontece, o estrado da minha cama quebra paro no chão e não tenho mais perguntas, opa - só uma.

continua no teta suada

terça-feira, dezembro 09, 2008

Piores Momentos 2008

Cumprimento Inconsciente



Esperando começar o show dos gringos onde a dona do clube trabalha, a mesma estava contando que sem querer deu um abraço e um beijo no rosto (não me lembro bem) de um dos cantores gringos. Dai ficou aquele mini-climão de "mas ela não cumprimenta", ou algo assim. Dai estavamos falando de como os outros cumprimentam e etc. Eu no máximo cumprimento levantando as sobrancelhas, aqueles cumprimentos de velório, sabe? Eu não costumo apertar a mão e até eu abraçar ou beijar alguém no rosto a pessoa tem que ter algo em comum, já ter um certo tempo de amizade, convidar pra participar de um blog, ser escalado para projetos, estudar junto, etc. Uma amiga me disse que isso acontece não porque sou tímido, mas porque ela acha que eu acho que todo mundo me odeia, mas já corrigi ela dizendo que não, não acho que todo mundo me odeia. Acho que todo mundo me acha repugnante, é diferente.

Enfim, essa do cumprimento inconsciente ficou na minha cabeça por um tempinho. Do lado da escola tem um boteco. Nesse boteco, antes das aulas eu parava, tomava um café, as vezes uma coca com coxa creme (era o único, fiquei tão feliz quando achei a maldita coxa creme, aquelas com ossos sabe? Mas isso é post para outro blog). E sempre era atendido por uma jovem garçonete loira falsa, simpática, que me chamava de querido (odeio quando me chamam de querido, odeio quando me chamam na verdade) mas o querido dela era bom de se ouvir. Dai fiquei um tempo (umas duas semanas) sem aparecer no boteco.

Tá certo, uma semana depois do show dos gringos voltei ao boteco e na entrada estava a garçonete loira falsa dizendo que fazia tempo que eu não passava por lá. Eu, do nada, ou melhor, do fundo do meu inconsciente abracei a garçonete e quando fui dar um singelo beijo no rosto ela se afastou, não entendeu e levantou os braços. "Quero uma coca", ela saiu e cochichou algo no ouvido de um garçom e pensei q ia ser retirado do bar. Foi o cara que me atendeu, depois senti um climão, os garçons me encarando, paguei e fui embora. Nunca mais voltei no bar, e o pior: perdi minha coxa creme.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

o progresso do regresso

P – conheci um cara tão fofo ontem! diferente dos outros. to animada, agora vai...
C – que bom! trocaram telefone?
P – sim!
C - legal! o que ele faz da vida?
P – ele é publicitário, nerd e fã de power pop.
C - da pra vc contar o que ele tem de diferente? esse é o perfil dos seus ultimos cinco namorados...
P - ele não é gordo.
C - ah...

ódio bacteriano



É uma doença que se pega através do contato com a bactéria "odiusvulgaris" que se hospeda no ar e cria um clima bastante hostil.

Os sintomas são: ódio mortal, nojinho, desprezo total pelo cerumano, fobia social, raivinha, dor de estômago, cansaço, tristeza, desânimo, falta de esperança, desejos homicidas, depressão, enjôo, impaciência, ansiedade, mau-humor crônico, desinteresse, antipatia, falta de criatividade, dor de cabeça, dor de pescoço, dor nas costas, dor de coração, além da clássica sensação de pensamentos presos.

Mas não se preocupe, se você apresenta de 4 à 8 desses sintomas você pode ser apenas uma pessoa naturalmente chata, agora se tiver todos ao mesmo tempo nem adianta consultar um médico, porque a cura para essa doença ainda não é conhecida.

Tenho certeza que peguei isso no meu trabalho. Certeza!

E pararam de fabricar o ansiodoron, da Weleda. Vixe, agora quero ver todo mundo sair na porrada!

Achou grosseiro? Achou chato? Vá se foder então porque eu nem tenho forças para te odiar.

terça-feira, novembro 25, 2008

Pareço Puta - Parte 2

Piano bar do Terraço Itália.
Essa frase em si já justificaria o título deste post, mas a mocinha em questão não era ligada nessas coisas, trabalhava com produção cultural e estava levando amigos de uma banda gringa para passear.
Eram 4 : um casal, a mocinha e outro menino. Lá chegando viraram 6: 3 meninos e 3 meninas.
O visual era maravilhoso, seus amigos estavam emocionados com a vista de São Paulo. Era bonito demais e a mocinha se perguntou se já havia estado ali alguma vez... Não, apenas no restaurante acompanhada dos seus pais.
Eram 3 ingleses, 2 brasileiras e um argentino e todos se divertiam muito com as diferenças culturais.
Os garçons tratavam a mocinha muito bem e na mesa da frente havia um casal, um bebê e um homem que não parava de olhar pra ela.
A namorada do Argentino reparou que a criança não parava de olhar para ele, estava tão fascinada que acompanhava atentamente todos os seus movimentos. Esta foi a deixa para que as mesas fizessem contato...

Eles também eram estrangeiros e falavam um mal português. A mocinha não simpatizava com aquelas pessoas e não sabia porque, então permaneceu zombando do amigo ao lado (o único que não fazia parte de um casal) dizendo que ele pedia drinks de menina. Teoria essa que, segundo a mesma, era comprovada cada vez que o garçom trazia pra ela as coisas que ele pedia.
Ele não se importava, queria apenas a descrição minuciosa de tudo o que havia no cardápio e afirmava ter certeza absoluta que queria um drink com chocolate quente e chantilly mesmo que a noite estivesse quente. "A gente precisa dessas coisas e ponto" dizia ele.
Do outro lado da mesa o rapaz estrangeiro interrogava a namorada do argentino sobre a vida e atividade da mocinha:

- E ela, o que ela faz?
(sem tempo para uma resposta)
- Ela é de onde?
- No que ela trabalha?
- Ela é casada?
- E ele que tá com ela? Faz o quê? Onde ele mora?

a namorada do argentino estava obviamente constrangida e tentava ser política, mas desistiu de manter a conversa quando o pai do bebê perguntou se ela tinha Facebook.
A mocinha ficou sem entender por que a namorada do argentino (que era sua amiga há anos) não disse logo que ela era produtora daquela gente toda, não era casada, era um pouco antipática e inclusive odiava gente estranha.
E foi naquele momento que caiu a ficha: solteira, mini-saia, gringos, piano bar do terraço itália... se a amiga dissesse que a mocinha trabalhava com arte talvez não pegasse muito bem. Talvez ele perguntasse: arte como? Ela é dançarina?

Neste dia eu adquiri um novo complexo: "A Síndrome de Pareço Puta".

E ela foi comprovada com a expressão de surpresa que o garçom fez quando saquei o cartão da minha bolsinha preta e paguei não só a minha, como a conta do amigo que pedia drinks de menina de tpm.
Não, não é só o traje, eu descobri que tenho cara de puta que não diz que é puta, mas frequenta festa de gringo velho e cobra pelo serviço.
E depois disso eu fiquei chateada, principalmente depois que alguém me alertou para o fato de eu gostar de loiros (que coisa mais clichê).
Por outro lado percebi que se tudo der errado na minha vida profissional, tenho uma carreira promissora em outra área da produção cultural. haha!
Ah e se eu não tiver talento pra coisa, talvez eu venda a minha história pra Monique Gardenberg colocar no "O Pai ó".

segunda-feira, novembro 17, 2008

Pareço Puta - Parte 1

Num famoso prédio do centro de SP onde mora a rainha Prhyyyscyllah:

- O senhor vai subir? - Diz a mocinha simpática, segurando a porta do elevador.
- Uhnn... - Balbucia um senhor distinto com as mãos cheias de sacolas de compras.

(silêncio - A mocinha educadinha permanece segurando a porta. O senhor idoso resolve entrar.)

- Melhor ir nesse, né?
- Quê? Desculpe, estava ouvindo música... - Diz a mocinha, sentindo-se indelicada e retirando o fone do ouvido imediatamente.
- Melhor ir nesse mesmo, porque até o outro chegar...
- é.... - Diz a menina recolocando o fone, desta vez no melhor estilo "conversa encerrada"
- Em que andar você mora? - Pergunta o senhor, medindo a moça dos pés a cabeça.
- Eu não moro aqui, meu amigo é que mora no nono.
- E você mora onde?
- Cerqueira césar láááá em cima. - Responde a menina que estudou em colégio de freira.
- E em qual ramo você trabalha?
- Artista, show, essas coisas.... - Responde ela, saindo em disparada do elevador.

traje: mini-saia, bota, cabelo desgrenhado e blusa de ziper e capuz.

domingo, novembro 16, 2008

All about cake

A minha tara de gordinha predileta sempre foi bolo.
Mesmo na época em que eu pesava 46kg, todas os meus momentos gordinha descontrol foram afagadas por pedaços e mais pedaços de bolo.
Houve uma época em que eu sonhava com bolo todos os dias. Era falta de sexo. Afinal, meu namorado homossexual estava deixando a desejar.
É muito difícil fazer um bolo. É uma coisa trabalhosa, você precisa "ter mão", ser cuidadoso, esperar esfriar pra colocar recheio, colocar amor (sim, tem gente que diz que bolo precisa de amor) e adotar uma série de medidas para se obter uma obra perfeita.

Um dia eu tentei explicar pro meu terapeuta o porquê do bolo em vez de qualquer outro doce e acabei dizendo que me sentia bem em comer algo que deu tanto trabalho pra alguém fazer. É verdade.

Cerca de 2 semanas atrás eu estava com nojinho total de bolo, afinal, tinha conhecido alguém muito mais viciado do que eu. Achei patológico, fiquei preocupada e totalmente transtornada com a situação...Como se eu soubesse que um bolo não é só um bolo, existe muita coisa por trás.

Passado o momento confronto não consigo pensar em outra coisa além de bolo de chocolate feito em casa com aquela calda bizarra e aquelas bolinhas de gordinha feitas com flocos de arroz.


bolinhas de gordinha... uuuhhnnn!

O problema do bolo feito em casa é que eu nunca consegui fazer um bolo crescer e na minha casa não tem ninguém disposto a fazer um. Portanto tenho saído constantemente em busca de um bolo artesanal.

Odeio o bolo da Bella Paulista, tenho vontade de vomitar quando penso em bolos bonitos que não têm gosto de nada. Aliás, essa é a tipica coisa que acabaria com o meu dia.

E eu vou sair agora para tentar achar um bolo feito por alguma avó amorosa, a irmã mais velha de alguém, ou algum funcionário de confeitaria que realmente pensou em quem ia consumir a sua obra-prima.
Lógico que não vou achar, mas vou ficar imaginando isso quando der a primeira mordida...

E vai ser melhor que um carinhosinho, um abraço ou qualquer outra coisa dessas.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Coisas Ruins Que Fiz Para os Outros - A não-trepada do século



Muitas vezes eu investi pesado em alguém que não me dava muita atenção me fazendo de fácil, desencanada e promessa de melhor sexo sem compromisso do século.
Quando o menino finalmente se convencia e vinha feliz em busca de "prazer, ação e suspense numa trama de intrigas repleta de sensualidade", eu perdia o interesse, ficava preguiçosa, amendrontada e não participava muito do ato em si.

E isso se repetiu muitas vezes ao longo da minha vida.

E toda a vez que alguém se recusar a fazer sexo comigo será por causa disso.

Mas venho por meio desse, dizer que estou tratando esse problema por meio da psicanálise 1x/semana, a um preço maior do que o que posso pagar!

Quem sabe um dia eu perca menos tempo achando que todos os caras são gays?

terça-feira, novembro 11, 2008

sábado, novembro 08, 2008

Beavis and Butthead Lost in Translation

- Não sei o que pensar dessa banda.
- Neu eu
- O que overwhelming significa?
- haha uma coisa que não vai fazer nenhum sentido pra você.
- Como assim?
- haha é algo que te toca fundo, que tem um grande significado...
- Nossa, que sintomático eu não saber o que significa.
- Haha Pois é, foi o que eu disse.
- O que é ervilha mesmo?
- Green beans. Quantas vezes vai me perguntar isso?
- Ah. E isso aqui: manjericão? E bacalhau?. Não sei, eu queria algo com Peperoni... Olha, gorgonzola!
- Meu, não se deve comer a gorgonzola de uma pizzaria que entraga as 4h, socorro!
- Ok. O que é isso: escarola? E palmito? E peito de Peru? Por que diabos você não me ajuda?
- Acho que eu já decidi.
- O que?
- Essa banda é um horror.
- Verdade. Como a gente pode ter tido alguma dúvida?
- Ridículo.
- Isso aqui é chicken, ó!
- Que nojo, que tipo de gente coloca frango na pizza?
- Olha essa roupinha deles? Tô me sentindo tão ofendida...
- Hey, o que é ervilha, mesmo?

quinta-feira, novembro 06, 2008

Medo

Não tenho tempo pra nada e ainda vou tirar o siso debaixo amanhã. Ele está reto e confortável, mas resolveu que não vai sair, e isso dói pra caralho. É uma metáfora para a vida em sua totalidade, né? Enfim, tirar os outros foi tranks, mas tô com um medo ridículo. Queria coragem, tempo e um drink.

terça-feira, novembro 04, 2008

Tese da Semana - Alimentação e Approach

Você está naquele encontrinho e não sabe bem o que vai acontecer ali? O prato (ou copo) do seu pretê dá a dica:



Doces nunca são um bom sinal. Quem é que se entope de doce em um encontro sem estar de tpm?
Nunca se esqueça que a gente usa o açucar pra esquecer, pra reprimir.... Ou ele está nervoso demais e não vai rolar nada, ele tá te trocando por açucar ou então ele é completamente doido e você deve pagar a conta e dizer que deixou a panela de pressão ligada.

A menos que o bonito (ou feio, sei lá, cada um cada um) seja um esportista e tenha saído do treino a quantidade de comida também pode antecipar um futuro próximo: ele dormindo na casa dele e você se achando desinteressante. Portanto se ele comer demais, vá pra casa ou já agende aquele fuck buddy pra mais tarde.

Excesso de carnes, molhos e gorduras de um modo geral denotam um certo descaso com a própria performance sexual. Logo, se ele pediu um sanduíche de pernil, acredite, ele quer ser só seu amigo.

As bebidas enganam. Não é porque ele encheu a cara de cerveja que ele não quer nada com você, pode ter sido apenas um nervosismo ou ele não conseguiu comer direito por estar ansioso para te encontrar. Mas uma coisa é certa: SE ELE PEDIR UM MILKSHAKE...

E esta teoria é baseada em estudos pessoais, a ciência soy jo.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Fast Food Fast Women

Após perceber que estava em uma festa de sapatas, mulher heterossexual convicta avista um homem charmoso e começa a se insinuar para ele de forma digna e discreta.
Correspondendo às investidas, o homem sorri, seus olhos brilham e os corações de ambos fazem contato.
Ele se aproxima lentamente dela...

- Sou hétero e curto um grelo- Diz ele
(silêncio)
- Sou hétero e adoro uma rola - Responde ela.

Mas não rolou nada porque ele disse que era professor de Pilates.


PS: O nome da protagonista foi ocultado "a nível de amizade".

sábado, novembro 01, 2008

Aniversário de Jesa

Se todas as coisas do imaginário humano existissem a vida seria mais excitante.

Em vez de encher o saco de vocês eu poderia me queixar diretamente com um deus dono de todas as respostas. Ninguém precisaria passar por um check in se houvessem viagens abduzidas por Ets. O melhor animal de estimação seria um coelho botando ovos de chocolate ao invés de cagar.

Minhas dívidas não existiriam se um velho de barba branca me trouxesse um carro zero todo ano no aniversário de Jesa. Aliás, Jesa não precisava ter morrido com tanto poder. Ele poderia estar aqui me ajudando, fazendo esse pêlo encravado desaparecer e me contando detalhes de sua próxima festa. Então ele me daria um flyer lindo e se despediria.

Odeio de verdade quando essas luzesinhas made in China começam a piscar nas janelas, nas árvores e nas fachadas. Tudo é de imenso mau gosto e as pessoas mais hipócritas ficam realmente insuportáveis falando de paz, amor e união.

Só me faz lembrar que mais um ano está acabando e nada genial aconteceu mesmo com todas as investidas.

Vou voltar a dormir.

sexta-feira, outubro 31, 2008

Não-post - Velhinha

Confesso que desperdiço toda a minha simpatia com taxistas, recepcionistas, empresários de banda, assessores de imprensa, desconhecidos ao telefone, gente que pede informação na rua, cobradores, artistas, gente que trabalha com moda, gente que passa a perna nos colegas de trabalho, técnicos de som, pessoas do mal, atendentes de bar, pessoas extremamente sensíveis, gente incompetente que chora por qualquer coisa... E O QUE ME SOBRA?

Por isso eu sou mal-humorada, por isso tenho estado muito cansada e E É POR ISSO QUE ISSO AQUI É O MÁXIMO QUE POSSO DAR A VOCÊS!

Eu tinha uma reserva de simpatia que estava guardando para a velhice, mas usei boa parte no domingo passado. Eu não queria ser o tipo de velha que reclama porque trocaram a porta do ônibus de lado ou que as mulheres na tv são todas vagabundas. Agora tô no vermelho. No cheque especial...

Precisava arranjar uma forma de me reabastecer...

Acho que vou pagar por uma massagem!

quarta-feira, outubro 29, 2008

Diálogos - O mesmo em qualquer lugar do mundo

- Não, ela está apenas tentando enganar vocês para me levar naquele lugar da Frei Caneca que eu odeio.
- Ai que absurdo. Eu não tô enganando ninguém.
- Ela só que levar a gente lá porque é perto da casa dela.
- Você odeia muitos lugares, né?
- Ué, mas esta é uma cidade muito grande...
- (risos)... Entendo, muito mais lugares para serem odiados.
- Exatamente. Mas que outro lugar eu disse pra você que odiava?
- Nenhum. Foi só um pressentimento...

No lugar havia crianças, luz forte, a cerveja estava cara e um bicho enorme entrou voando.

*Diálogo originalmente estabelecido em lingua inglesa. Digo, pelo menos uma das pessoas falava inglês MESMO.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Boa noite, tédio

Eu deveria estar bem longe daqui, mas ela quis se casar. Logo ela. Não pude recusar. Tudo muda. Já achei que não sentiria mais isso, cá estamos. Talvez seja a abertura dos horizontes, o senso crítico mais que apurado, a convivência com pessoas fantásticas. Achei que já conhecia todas.

Fodeu. Estou entre os pedantes.

Coloquei o nome da minha próxima cantora preferida em uma cadela que não é minha.
Tenho pensado muito em ficção científica. Sem nenhum otimismo. Assumi minha falta de crenças. Escuto soul. Faz tempo que não danço. Pesquiso sobre os efeitos colaterais do Nortrip. Prefiro o segundo Godfather. Não sei o que eu quero. Tenho ingressos pro jogo. Gosto de Racionais MC’s. Cuba são os romances de Gutierrez. Não há mais debates como os de 89. Conheço toda a vida de Marilyn Monroe. O Surfer Rosa não sai da vitrola. Me livrei da nicotina.

Morrerei de câncer no pulmão assim mesmo. Conheço as mulheres mais lindas da cidade. Conheço os homens mais lindos da cidade. Meus amigos não são pedantes. Meu trabalho não me merece.

Tem um eclipse por semana no céu. Banalizaram o eclipse: faça o download aqui.

Nada mais impressiona.

Muito prazer.

terça-feira, outubro 21, 2008

I guess I just wasn't made for these times...

Quando chega a moda primavera/verão me bate aquela sensação de que eu realmente não pertenço a este mundo.
Todo ano é a mesma coisa: o feio é a tendência da estação.
Gente, por favor, alguém me explica POR QUE eu preciso conviver com aquelas sandalinhas gladiador?



Eu acho ok se você é o Russel Crowe ou participa daquelas lutas de arena, mas POR QUE eu sou obrigada a ver as pessoas usando isso na avenida paulista?

E as cores? E as estampas? Gente, eu não vim a este mundo pra isso, tá?
Eu fico tão chateada de simplesmente não ter o que comprar, o que usar que passo calor por um tempo.
A sorte é que quando o verão chega as pessoas já recuperaram a consciência e adaptaram aquela palhaçada ao cotidiano da pessoa comum.


Mas nem tudo é notícia ruim.
A partir de amanhã teremos uma nova colunista: Mari Posa.

domingo, outubro 19, 2008

Vida de estagiário

Os bem pagos, financeiramente independentes e/ou bem resolvidos (existe, aliás?) que me perdoem, mas não tem nada mais legal que ir ao shopping com os pais (de sábado à noite, inclusive), que gastam, em uma andança, o mesmo que você ganha em um mês, em coisas que você realmente precisa e, melhor ainda, que realmente não precisa.

E sou cult, vi o "Queimei depois de ler" na mostra, ri loucamente e vale a pena. Não sou tão cult porque, convenhamos, cults não riem loucamente, mas enfim. E porque não gosto de filas da mostra. Mas tanto faz, meus pais que pagaram a entrada, mesmo se fosse ruim, eu ainda estaria no lucro.

sábado, outubro 18, 2008

Teoria da semana Parte 2 - O Machista gay



Dicas dos leitores.

E falar mal de sapatãs é coisa de bicha que estuda teatro francês contemporâneo ou trabalha em sauna. Ou seja, bichas comuns. hahahaha

PS: Alguém ainda tem duvida de que minha teoria é quente? E o que essas bichas estão pensando, que vamos continuar servindo de modelo para a confecção de perucas, que vamos fazer companhia em jantares da firma, pagar a conta, usar o que há de mais moderno, dar dicas de música, conversar sobre ex-namorados e ainda sermos felizes em saber que gostar de mulher esta fora de moda? Não, isso precisa mudar!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Teoria da semana

A homossexualidade masculina é apenas mais uma forma de excluir as mulheres.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Crônica de Uma Morte Anunciada

- Que tá fazendo?
- Nada. E você? Alguma novidade?
- Eu diria "nada excitante", mas acabei de abrir um exame e simplesmente não me acostumo com a quantidade de anti-corpos que meu corpo produz.
- Como assim? VOCÊ TEM ALERGIA À KAREN CUNHA?
- hahahaha Sabe cachorro que tenta matar o próprio rabo? Pois então...
- Bonito exemplo...
- Só pra você ter uma idéia, num dos campos diz que o normal é "inferior à 40", tô com 596.
- Que coisa mais bizarra!
- É uma luta diária, todo dia uma tentativa de homicidio, eu lutando contra mim mesma todos os dias!
- Realmente
- É desgastante! Como alguém pode exigir que eu tenha vitalidade?
- Tive uma idéia! Por que você não pega HIV, assim sua imunidade diminui!

quinta-feira, outubro 09, 2008

Eu, Você e Todos Nós

pessoa 1 - Acho que estou namorando. Quando uma menina fica uma semana inteira dormindo na sua casa significa que é um namoro, né?
pessoa 2 - hahahaha Depende, ela pode não ter onde ficar.
pessoa 1 - Ela tem kkkk. Mas não fica com ciúmes não, você sabe que quando voltar vou casar com você.
pessoa 2 - Meu, tenho certeza que todo dia que eu acordar de ressaca vou me perguntar como foi que me casei com você, virei mãe de gêmeos hiperativos mimados e amante do seu melhor amigo OU PIOR sua melhor amiga.
pessoa 1 - kkkkk Se for com a amiga eu posso ficar olhando?
pessoa 2 - A essas alturas você vai estar mais interessado em pegar travesti no Jocquey.
pessoa 1 - Nossa, mas pelo menos eu vou ter ganhado Cannes?

terça-feira, outubro 07, 2008

Eu trabalho muito

Tanta coisa pra dizer, tão pouco tempo e muito medo do google.
Nunca pensei que fosse chegar nesse ponto de auto-censura.

Essa crise toda começou quando assisti a um filme HORRENDO numa sessão para convidados e eu percebi que não poderia passar posts e posts falando mal daquela escrotice porque estava no meio de uma negociação com pessoas envolvidas na tal produção.*

Depois foram as milhares de coisas bizarras que foram acontecendo na sequência e que eu gostaria muito de compartilhar, mas não conseguiria fazer isso sem ser maldita com pessoas que gosto ou sem atrapalhar meu trampo em alguma medida.

Me sinto mal com isso, a gente não tem mais privacidade nessa vida? Por que diabos eu não trabalho numa empreiteira: você sai do trabalho e faz posts falando mal do seu chefe, do prefeito, do presidente e ninguém se importa!
Eu tenho me envolvido direto nesse estado de "negociação" a ponto de me sentir constantemente jogando golfe com a mulher do chefe para conseguir aquela promoção...

Hipocrisia? Uuuhhhnn talvez! Ou pode ser uma simples vontade de xingar os outros também! hahahah

Sem tempo pra nada, quando tenho tempo as pessoas decidem ser geração saúde e se recusam a encher a cara comigo. Quando não posso as pessoas ficam me atentando só para me deixar infeliz...

Mas eu estou super de boa, rindo das minhas próprias piadas, jogando com as pecinhas que eu tenho...

E não adianta reclamar por email que não posto, reclamem aqui, poxa, assim todo mundo interage.

Adoro uma interação, um abraço apertado, então? A-M-O!

E impressionante como esse post só fez sentido na minha cabeça. Era melhor eu ter escrito um bilhete.

*Na época percebi que a imprensa também não falou mal porque tinha alguma ligação (emocional ou profissional - sim, tinha gente querida envolvida naquele lixo)com os envolvidos.

segunda-feira, setembro 29, 2008

Contagiando

- Mike, meu filho não para de ouvir o cd novo da Madonna que você gravou pra mim,

- Cuidado hein, Dete !

domingo, setembro 28, 2008

Gente de Blog



Apesar de falar demais (como algumas pessoas já fizeram questão de mencionar nos comentários) eu sou uma pessoa um pouco estranha (por assim dizer): não gosto muito de conhecer gente, não curto esse lance "amo abraçar gente estranha", "eu senti uma conexão entre nós" ou essa coisa de "eu amo o cerumano". Logo, é no minimo esquisito todo esse meu empenho em conhecer pessoalmente os seres que comentam nesse blog.

Eu ia explicar o medo que tenho de amizades virtuais (deixo esse tema para o Lucas), mas fiquei com preguiça, então vou direto ao assunto:

Nunca considerei a Daniela Prado uma pessoa de blog, afinal, Pryhscyyllaahh (a rainha do centro) sempre me falava dela e dizia que a gente precisava se conhecer. Quando li o blog entendi o porquê e fiquei viciada na leitura.
Ontem conheci a bunita e ela é "tipo assim" linda de morrer. Sem contar que fala exatamente como eu imaginei que falasse e age do jeito que imaginei que agisse. Bizarro isso!
Virei fetichista, e agora?

Nessa mesma linha, na semana passada finalmente vi a cara da PAULA DAVIES (em maiuscula sempre), cerumana que sempre ia embora das festas segundos antes de eu chegar ou aparecia 2 minutos depois que eu já tinha ido (para o desespero do Lucas Lui).
Eu duvidei da existência dela, e a obriguei a tomar uma cerveja comigo. Ela nunca aparecia. Fazia carão.
Quando finalmente vi a cara da figura não conseguia superar a sensação de que eu tinha visto ela ontem.

Daí eu entendi o meu comportamento bizarro: continuo tendo medo de amizades virtuais, por isso preciso trazer logo pra minha vida pessoas que interessam, de modo que elas passem para a categoria de amigos que comentam no meu blog.

Ps: Ontem as pessoas ficaram bastante incomodadas com o meu novo comportamento dócil, gentil e aberto. Foi cansativo demais, de modo que venho por meio deste dizer que desisti de tentar. Tenho pena de quem não ganhou abraço ontem, Perdeu!

PS2: Adoro jogar uma palavra do google images e pegar qualquer coisa que aparecer

segunda-feira, setembro 22, 2008

Como Ser Legal ou "O Homem Mais Irritado de Holloway"



Muito álcool, alguns sms, muita conversa e alguns capítulos de "How to Be Good" (Nick Hornby) depois e Karen Cunha, 27, descobre que se tornou a pessoa mais chata que conhece.
Mais chata do que as pessoas mais chatas que precisa encontrar de vez em quando por questões sociais ou políticas, mais tediosa que reunião de condomínio (se bem que no prédio da Pryyhscyllah, a Rainha do Centro, deve ser bem divertido) e mais intragável que festa de poetas e atores.
Puta que pariu, eu não paro de reclamar um segundo. Não é possível que exista tanta amargura em uma pessoa só.
Eu não fui sempre assim, era uma criança feliz e alegre, na escola organizava as festas do grêmio, no cursinho apresentava as pessoas umas para as outras, sabia "tudo o que tava rolando na cidade" e agora eu mal consigo ter uma conversa completa sem preferir estar morta.
Semana passada gastei os meus 50 minutos de terapia tentando lembrar quando foi exatamente que me tornei essa pessoa tão descrente e melancólica. Quando diabos foi que deixei pra trás qualquer esperança de uma vida melhor?
40 minutos depois e bingo, estava lá minha resposta: o fim do meu primeiro e único namoro sério.

Por algum motivo eu sempre tive a ligeira impressão de que esse lance de amor não era pra mim, até que um dia, numa dessas festas que eu me divertia (antes), conheci um menino muito diferente, mas ao mesmo tempo muito parecido comigo. Pouco tempo depois e da forma mais saudável possível, digna de qualquer filme de adolescente, começamos a namorar.
Descobrimos juntos o que era estar apaixonado, combinamos exatamente como seria nosso relacionamento: o que era ou não aceitável, como agiríamos em milhares de situações hipotéticas... Ele era meu sócio naquele projeto e não eramos do tipo de gente que entra num negócio pra perder.
De repente eu estava aprendendo a lidar muito bem com aquelas coisas de conhecer família, ver filme no fim-de-semana, comer pizza com os meus pais, deixar espaço para que nos divertissemos separadamente e por alguns instantes cheguei acreditar que aquilo tudo era possível para mim.
Eu estava muito apaixonada, mas não estava enlouquecida. Tudo era calmo, bonito...
Nosso relacionamento era aberto, o que não quer dizer que saíamos com todo mundo, mas aquele combinado nos livrava de DRs intermináveis no caso de algum dos dois encher a cara e catar um DESCONHECIDO QUALQUER.
Tudo estava certo, até que de alguma forma violei o acordo e passei a conviver demais com o "desconhecido qualquer". Em pouco tempo o que era namoro virou uma competição.
O relacionamento terminou da pior forma possível, sofri desesperadamente e não me dei tempo suficiente para lidar com esta perda, me enfiei em outro projeto: passar no vestibular.
Eu me sentia imunda, como podia ser tão maldita e escrota a ponto de estragar a minha única chance? Precisava me redimir com o universo, ser uma pessoa boa, ajudar o próximo, salvar o mundo e então (contrariando a lógica e o bom-senso) resolvi prestar PEDAGOGIA!
Passei no vestibular e a falta de objetivo aliada a certeza de que eu havia feito mais uma burrada me fizeram entrar em depressão profunda.
Chorava o tempo todo, não sabia de onde vinha tanta tristeza e tenho certeza absoluta que antes deste período jamais havia questionado a minha existência ou a lógica do mundo.
Comecei a fazer terapia, ainda que eu não soubesse bem o porquê.
Aos poucos parei de querer chorar, de achar que as pessoas iam atirar em mim na rua, voltei a conversar, tive alguns relacionamentos superficiais ou bizarros, mas nunca mais fui a mesma pessoa.
Eu me acostumei a não acreditar em mais nada, a guardar bem lá no fundo todas as coisas boas que eu poderia dividir com alguém. Sim, essas coisas boas existem lá nas profundezas de Karen Cunha. Descobri alguns meses atrás, quando me surpreendi dando e recebendo essas coisas de alguém que também guardava tudo muito bem escondidinho.

Cansei de ser o "Homem Mais Irritado de Holloway", cansei de guardar coisas, de me proteger e de ser tão chata, seca, maleta, mal-humorada e antipática. E se algum dia eu te der bom-dia, ou dizer simplemente que você é uma pessoa importante, por favor, aceite que deve ser de coração.
Ah e a propósito, eu tenho um coração!

terça-feira, setembro 16, 2008

Filhos da Esperança

Como se não pudesse piorar agora tem uma grávida aqui no escritório.

Fulana 1 - Parabéns !

Fulana 2 - Olha eu bem que já sabia, você estava comendo muito! (risada graçota)

Eu - Conheço uma clínica bem limpinha em Perdizes, posso te dar o contato tá ?

Desde quando uma grávida deixou os filmes a pagar comigo no balcão da locadora, disse que ia buscar o dinheiro no carro e nunca mais voltou eu não confio mais em grávidas.
Fora que essa etapa da vida é um saco, a mulher fica toda sensível, pedindo coisas, fazendo cu doce, falando toda fofa, roupinhas, fraldinhas, nomes, exames, fotos do ultrassom, etc... A única grávida que tem minha simpatia eterna é Marge Gunderson, personagem de Frances McDormand em Fargo.

O pior de tudo é a glamourização da gravidez, que vai desde os especiais do Dr. Draúzio Varela no Fantástica, onde o doutor anti-gordinhos faz a Madre Teresa e visita grávidas índias-bolivianas miseráveis na fronteira da Amazônia; e as grávidas
celebridades: sabemos que o casamento não vai durar, mas um ano de fama da criança já está garantido. Além das celebridades-E, que engravidam de marginais e são tópicos de programas sensasionalistas onde aparecem quinzenalmente mostrando aquela barriga branca com os nervos verdes toda remelenta de glitter.



Sou mais as mulheres como Madonna e Angelina Jolie que a cada Tsunami adotam uma criança miserável.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Falta de assunto

Cheguei num ponto de confusão que realmente não sei mais dizer quem sou e nem do que gosto.
Não aguento mais comer uma comida preparada pela mesma pessoa por mais de 2 meses, odeio os mesmos lugares, detesto a falsa simpatia que a natureza do meu trabalho exige de mim, não gosto de pimentão, tenho pavor do cheiro que o cigarro deixa na minha roupa quando saio da balada, acho um porre acordar cedo, um saco ter que explicar certas coisas pras pessoas, um nojo ver esponja de lavar louça com mais de 1 mês de uso, não uso blusa sem manga, não curto cozinhar pra mim mesma, odeio a tim e a telefônica, detesto estar mal-humorada, tenho medo de ficar sozinha, abomino não saber o que fazer, não gosto de alface americana, nem dos filmes do Julio Bressane, nem das politicas de fomento ao audiovisual no Brasil, nem de me sentir sozinha e carente, acho que o Murillo Salles nunca sabe do que está falando, que açaí tem gosto de banana amassada com terra vermelha (eu já comi terra vermelha), acho que não gosto de baladas de nenhum tipo, odeio não ter o que escrever nesse blog...

mas do que eu gosto afinal?

quinta-feira, setembro 11, 2008

A matemática da vida

- Adicione uma Coca-cola de 2 litros ao seu pedido de pizza de mussarela e pague 7 reais a mais.

- Estudante não tem direito a 3 horas no bilhete-único. E eu demorei 3 meses para descobrir.

Fofoca

"Cantor Netinho revela sua bissexualidade e admite que já usou drogas"
(IG)

"De volta com um novo CD após três anos de sumiço, o cantor baiano diz que se considera bissexual, conta as experiências que teve com drogas e admite que usa botox"
(Quem)

"Sou bissexual": Netinho ressurge pós-depressão
Após 3 anos de sumiço, cantor diz que gosta de meninos e meninas. Fala de suas experiências com drogas e que usa botox."
(O Dia)

"Thammy Gretchen diz que nunca transou com um homem"
(Terra)

O que deu nessa gente hoje?
Chego no trabalho e uma bicha do adm (só tem bicha no adm então dizer "uma bicha do adm" é uma forma de preservar a identidade da pessoa. hahaha) está explicando conceitos do dicionário bichês para os pseudo-héteros da minha sala.
"E tem gente assim como a Karen que não sabe o que quer"

Com licença, meu querido:

"Karen Cunha diz que sabe MUITO BEM o que quer, o que é diferente de querer a mesma coisa o tempo todo. Assume que constantemente esquece o nome das pessoas e que faz escova progressiva"

Bocejo....

quarta-feira, setembro 10, 2008

Coisas Ruins que Fiz Para os Outros - A alma gêmea



Com a cara cheia de bolinha, energético e muito mais, Karen Cunha foi à Fun House. As coisas estavam bem divertidas e ela achava que estava perfeitamente sóbria.
Em determinado momento ela senta ao lado de um sujeito incrível que completava as frases dela, tinha o mesmo gosto musical, morava no sul (morar longe pra mim é sempre uma coisa boa) e ERA ABSURDAMENTE LINDO.
Eles falaram sobre tudo e em poucos minutos já estavam se catando naqueles banquinhos altos perto do bar como se não houvesse amanhã.

Bonita a história, não?

Poderia ter sido, se o namorado de Karen Cunha, que tinha ido ao bar junto com ela, não tivesse descido e visto a cena toda.
Ela havia realmente esquecido à essas alturas que tinha um namorado, mas quando olhou pra cara dele sentiu um remorso absurdo.

E todas as vezes que minha companhia estiver se pegando com alguém, vai ser por causa desse dia.

PS: Esse namorado depois arranjou outro namorado, logo, eu acho que tive o que merecia.

segunda-feira, setembro 08, 2008

Humilhação




Eu me sinto humilhada várias vezes na vida, mas nada me insulta mais do que fazer musculação....
Você senta no aparelho e o trequinho de peso está lá embaixo no 323546747 toneladas, mas você se lembra que só aguenta 10 kg, NO MÁXIMO.
Do seu lado um marombado não só está na capacidade máxima do aparelho como está usando pesinhos nas pernas, do outro uma gostosa está malhando os glúteos com 100 kg e conversando com a amiga.
E a Karen Cunha lá, com vontade de chorar erguendo um pesinho de 5 kg e morrendo...

sexta-feira, setembro 05, 2008

não gosto

Eu não gosto dessa modernidade do politicamente correto de usar "@" nos textos para se redimir gramaticalmente com as mulheres.
Eu fico feliz quando o meu gênero é contemplado nas frases, mas por outro lado fico deprimida com a poluição visual.
Eu não gosto de olhar pra frases como "faça-você-mesm@", "tod@s junt@s" e afins.
Ontem depois de LIMPAR este recurso de um release ENORME que eu recebi, fiquei me sentindo mal. O que faria Simone de Beauvoir?
Não sei o que ela faria, mas todas as vezes que olho pra tal da arroba eu me sinto agredida não só visualmente, mas moralmente. Fico com a impressão de que quem inventou essa idéia em nenhum momento sequer cogitou a possibilidade de reformular a frase ou pensou em como esse lance é realmente injusto
A arroba é uma gambiarra, minha gente, uma gambiarra!

Eu me sinto mais agredida. E tenho vontade de apagar tudo com Lysoform.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Hedluv no Brasil!



Não marquem nada para o dia 26 de outubro.

REPITO:
NÃO MARQUEM NADA PARA O DIA 26 DE OUTUBRO.

terça-feira, setembro 02, 2008

O Mundo Fluoxetinado de Karen Cunha



Não importa quanto tempo algo demora para ser construído, a destruição acontece em poucos segundos.
É só querer.
O mundo está desabando bem na minha frente. Tudo está em ruínas!

Eu vejo que está tudo errado, percebo o quanto tudo isso me afeta, mas eu realmente não me importo.
Não acho que encher a cara de remédio seja a solução, mas todas as vezes que penso no estado em que eu poderia estar neste exato momento caso não estivesse nos braços da minha amada Fluoxetina (e da minha amante Valeriana) tenho certeza de que tomei a decisão certa.
Me sinto bem.
Me sinto forte.
O suficiente para tentar vasculhar alguns escombros, reconhecer corpos, acionar a seguradora e até para chamar uma ambulância caso eu venha a ter um troço uma hora dessas.
Odeio quem faz apologia a ao Vegetal life style, acho o ápice da covardia e da presunção se dopar porque a vida não presta.

Mas no momento ser um vegetal é reagir. E estou feliz por isso...

quarta-feira, agosto 27, 2008

Coisas "Ruins" que Fiz Para os Outros - O estupro

Ontem, como se não bastassem os últimos acontecimentos, tive que ouvir de uma pessoa* com quem me relacionei por um bom tempo, que a gente só se relacionava porque ela se submetia a mim.
- Submeter? O que isso significa?
- Sim, tenho pensado muito nisso ultimamente. Não é porque eu era o ativo que eu não era o passivo.

Sim, amigos, segundo a pessoa do diálogo acima eu estuprei, seduzi e a obriguei a fazer coisas que não queria por um bom tempo. Isso é uma coisa ruim, não?
Um milhão de anos depois e as pessoas ainda buscam uma justificativa para terem se relacionado comigo: você me obrigou, você não entendeu, você foi insensível, eu achava que você fosse diferente...

- Você é sempre a vítima... Sabe que eu discordo totalmente disso, né? E por que está dizendo que pensou nisso agora se já tinha me dito o mesmo no dia que combinamos de não ficar nunca mais?
- Eu disse, é?
- Sim. E depois de termos jurado nunca mais encostar um no outro você me beijou no dia da minha festa.
- Sério? Não lembro...

*O emprego da palavra "pessoa" não é uma tentiva de camuflar uma relação homossexual ("a pessoa" não era do sexo feminino), ainda que esta relação tenha permanecido no armário por muito tempo.

terça-feira, agosto 26, 2008

Coisas Ruins que Fiz Para os Outros: A amiguinha

3 anos de idade e já meio sociopata, sempre pedia pra minha mãe dizer que eu não estava para uma menina que havia acabado de mudar para o meu prédio.
Ela se chamava Polyana (só podia, né?), tinha uma vozinha aguda e irritanta e me chamava de AMIGUINHA.

Eu ouvia a vozinha chata dela no corredor (amiguinha, amiguinha!) , voltava correndo para meu apartamento e pedia pra minha mãe dizer que eu estava dormindo, comendo ou qualquer coisa do tipo.

A amiguinha não desistia nunca, passava na minha casa várias vezes ao dia. Algumas vezes eu até brincava com ela, mas na maioria das vezes eu não estava, ou estava comendo, ou dormindo...
Quando a Polyana mudou eu nem vi.
E hoje eu tenho certeza de que todas as vezes que alguém me evita é por causa do que eu fiz pra ela.


PS: Achei tão honesto o post da Paula Davies....

sexta-feira, agosto 22, 2008

Cinema e posição fetal

Esses dias as coisas estão realmente péssimas para o meu lado e quando pensei que não podia existir nada que pudesse me consolar, me lembrei de que a coisa que mais me conforta no mundo é ver um filme atrás do outro.
Fui criada pela tv, passava o dia todo vendo séries da Nickelodeon (Clarissa Sabe Tudo e Roundhouse) e da Multishow (Minha Vida de Cachorro e Madison).
Em todos os finais-de-semana eu ia com o meu pai à locadora da Alameda Barros (que existe até hoje) e alugávamos cerca de 7 ou 8 fitas. Quando eu era pequena eu escolhia desenhos e comédias do tipo Porks ou algo com o Steve Martin. Meu pai alugava suspenses sérios e alguma pornografia disfarçada de policial (a boa e velha trama de suspense, intriga e sedução).
A gente assistia às comédias juntos.
Além dos filmes alugados a gente via tudo o que passava na tv. Meu pai sempre dizia que odiava o Woody Allen, mas via todos os filmes dele todas as vezes que passavam na globo. Ele também se irritava com o Nanny Moretti, porque ele parecia o Woody Allen, mas também assistia tudo dele que aparecia.
Eu tinha medo de dormir sozinha, então eu ficava na sala vendo filme com o meu pai até a hora que ele ia dormir (lá pelas 5h).*
Conforme eu fui crescendo, comecei a trocar a Nickelodeon pelo Eurochannel. Não, eu não era uma pré-adolescente culturete, eu curtia era ver aquela putaria que só o cinema europeu pode proporcionar. Comecei a pegar gosto pelo ritmo dos filmes e aos poucos susbtitui os desenhos por filmes que muita gente considera de arte. Continuei com as comédias (continuo firme até hoje), mas viciei em séries como The Kids in the Hall, The Vacant Lot, Seinfeld, Monty Python Flying Circus, qualquer coisa com o Luis Fernando Guimarães além de uma série de coisas que não caberiam em um post.
Como eu alugava muitos filmes, meu primeiro emprego foi na 2001 video. A dona da empresa é uma escrota, mas foi lá que aprendi a lidar com gente que já chegou afim de te bater.
Aprendi também que tinha talento para sugerir filmes. Hoje eu faço mostras temáticas para um Centro Cultural. Faço mostras temáticas também para mim mesma e para os amigos que precisam. Hoje eu montei uma maratona para uma amiga, que também estava triste, ver no fim-de-semana.
Os filmes não mudam os fatos, mas eles têm um peso muito importante na minha vida. Um filme ruim pode acabar com a minha semana ou salvar o meu mês.

Eu tô deprimida e não consigo conversar direito nos últimos dias, mas eu posso fazer mostras para qualquer estado de espírito. Você quer uma?

*Por isso até hoje eu tenho medo daquela música da abertura do Amaury Jr. A música feia indicava que já era tarde e que em breve eu teria que ir pro meu quarto dormir sozinha.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Espírito olímpico

A única coisa que eu tenho a comentar sobre as Olimpíadas é focada na cobertura do Jornal Nacional.

Não, não sou conservadora, não assisto entre uma novela e outra, não me importo com o terno do William Boner, o cabelo da Fátima Bernardes, a linha editorial e muito menos com o Bial em tentativa [frustrada] de dar uma de poeta. Entretanto, não conheço um vagal que passa o dia todo na internet e se presta a saber o que aconteceu no mundo, então eu me engano e assisto, ocasionalmente, o Jornal Nacional - mesmo porque, convenhamos, esperar pra saber as notícias pela Folha na manhã seguinte não é muito mais criterioso ou informativo.

Enfim, vamos a única coisa que eu tenho a comentar sobre as Olimpíadas, focando na cobertura do Jornal Nacional.

Não sei o que me deixa mais irritada: quando qualquer país vai disputar alguma coisa com a China e os narradores se referem à pressão de ir contra "a maior torcida do mundo", ou com o prospecto deles exibirem mais uma matéria sobre o alto recurso de captação de imagens.

Vá se foder em slow motion e me deixe em paz, Globo.

Limpeza no escritório



Uma das melhores coisas em se trabalhar num escritório são os momentos em que falamos mal, comentamos atitudes e etc dos outros, coisa que a série "The Office" interpreta de uma forma natural, um dos motivos da série ser tão assustadoramente perto da realidade. O comentário da vez é a mulher que come cocão de nariz, coisa que descobri essa semana mas essa fama ela tem há mais de 10 anos, como descobri hoje levando o assunto a outra pessoa que já sabia há um tempo. O mais interessante de tudo isso é que a mesma mulher que come cocão é a mais chata do escritório, tendo uma atitude arrogante e rude com os outros. Ela, que acha que é uma das pessoas mais importantes da empresa, é a mais comentada enquanto enchemos nossas garrafas d'agua, de certa forma tem razão, é importantíssima para deixar o expediente mais interessante.

Sim, tudo isso confirma que o mundo corporativo é nojento, assim como quando ouvimos o bonitinho de cadastro acabar
com o bom ar no banheiro.

terça-feira, agosto 19, 2008

Olimpíadas



Eu odeio as Olimpíadas. O Brasil nunca ganha nada, de modo que a população vai ao delírio quando alguém ganha uma simples medalhe de Bronze.
Na época do Geisel as coisas não eram assim... não eram.
Acho que os esportes só servem para as pessoas poderem se pegar no vestiário. Ou você acha mesmo que esse figura está comemorando por ter ficado EM TERCEIRO LUGAR? Jura, né?
Hoje o Brasil perdeu da Argentina. A única coisa legal de ser brasileiro era não ter que conversar sobre futebol fora do país, afinal todo mundo torcia pro Brasil e ninguém nem queria discutir com você.
Não precisar dizer que não gosta de futebol é uma coisa muito boa, mas isso acabou. Agora todos os gringos estarão sedentos por comentar a péssima performance de nossos jogadores... bocejo!
Mas analisando bem, existe sim algo a ser dito sobre isso: com o "curintias" na segunda divisão, brasil perdendo de lavada para países como Paraguai, jogador parando em campo para ajeitar a meia...O que é que vai acontecer se o futebol feminino ganhar a medalha de ouro?

segunda-feira, agosto 18, 2008

A Síndrome de Yang Peiyi



Sei que a notícia é velha, mas não pude deixar de citar a fonte de inspiração para a descoberta de uma nova síndrome: A síndrome de Yang Peiyi.
Se você se considera talentoso demais, inteligente o suficiente, esforçado pra caralho e mesmo assim não consegue atingir a maior parte dos seus objetivos, cuidado, você pode estar sendo afetado pela síndrome.
Responda ao questionário e descubra se pertence ao grupo de risco:

1-Você escutou mais de 2 vezes a frase "Gosto de você aó como amigo" nos últimos 6 meses?
2- Você considera bonitas as pessoas que estão hierarquicamente acima de você no trabalho?
3 - Você já foi escolhido(a) como a pessoa mais feia da sala?
4 - Você já deu o fora em alguém que era cobiçado por todos?
5 - Você é constantemente convidado para apresetar projetos em público ?
6- Você sente que seus encontros começam bem pela internet, mas acabam quando as pessoas te conhecem pessoalmente?
7 - As pessoas se referem a você como "fofo(a), gracinha, o melhor amigo que uma garota pode querer" ou coisa do tipo?
8 - Você acha que sofreu boicote no trabalho por não ser bonito (a) o suficiente?
9 - Acha que uma plástica resolveria todos os seus problemas?
10 - Já recebeu elogios por seus atributos físicos?

Se você respondeu mais do que 4 "sim" pode estar entre os mais afetados.

quinta-feira, agosto 14, 2008

O Clube do tédio - novos membros




- Karen, eu não acredito que você perdeu o celular de novo.
- Como é que você sabe que perdi?
- Pressenti. Ou então foi aquela mensagem de "este celular foi roubado" na sua cp...
- Você não tem mesmo pena do seu dinheiro, não? Quanto custa uma ligação daí pra cá?
- Menos do que imagina, mais do que deveria. Mas isso não importa, eu queria falar com você.
- Aconteceu alguma coisa?
- N sei, mas acho que virei emo...
- Olha, se tivesse virado gay a culpa podia até ser minha, mas emo...
- kkk Sabe, sei lá, tenho me sentido meio sozinho, deslocado. Nunca tinha me sentido assim.
- Mas você estava se divertindo, não tava?
- Sim, mas n estou viajando mais. Agora moro aqui e qd chego n tem ng pra me receber.
- Como assim? Vc não tem roomates?
- Sim, mas n são meus amigos, me sinto meio bobo. N sei conversar com eles. Sei lá, eu chego e n tem ng na minha cama, n tem ng no meu celular, n tem ng me esperando, sabe? Tô sentindo um mal-estar, uma sensação de ng me ama ng me quer. Eu queria o bolo de cenoura da D Alice, queria q alguém me perguntasse onde passei a noite, queria que alguém perguntasse o que a gente vai jantar ou pra onde a gente vai de noite...
- Ah (nome da pessoa), mas isso não é virar emo, é sentir falta dos seus empregados.
- kkkk Num tô botando uma fé que vou ter que te comprar um celular.
- Uhhnn chegou tarde, já ganhei um.
- N boto fé! Outro emo?

Boletim do muro

Aparentemente o muro, que é o que o Luís apontou nos últimos comentários, não tá só contra a arte que eu gosto. Mesmo a grafite-cultura-jovem foi apagada. Acho que eles resolveram que vai ficar só na pintura mesmo, e vão usar toda a tinta medonha que existe no mundo para conseguir o feito. Considero ir lá e descascar até voltar pro meu grafite queridão. Mas eu sou uma puta preguiçosa, então não vai acontecer.

E vou dividir aqui, porque eu sou patética, que toda vez que eu penso no Michael Phelps eu fico nervosa. Mesmo. Tipo dá aquele calafrio, um príncipio de crise. Sou uma retardada, mas vejo todos os VTs de natação na SporTv 3, mesmo já sabendo resultado - mentira, confesso que nunca sei se o caderno de Esportes tá atualizado, se o pega tá que nem na Copa da Coréia que a manchete era sempre do dia ante-anterior, nunca sei se estou vendo VT novo, VT velho, e é... por isso mesmo eu fico quase que tremendo de nervoso. Sou uma ridícula, mas adoro ver um mutante com uma meta desnecessária, e torço. Acontece.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Luto

Tudo bem que faz uns 6 anos que estava ali e eu, mesmo com câmeras a posto, sempre tive preguiça de fotografar. Mas isso não me tira o fato de que estou de luto. Em todo esse tempo, meu caminho quase diário pra Av Paulista foi marcado por um âmparo, praticamente um carinho, algo para deixar meu dia mais tranquilo. Num muro, anteriormente amarelo-feio, logo depois do metrô Sumaré e antes da rua que não é a Arruda Alvim, havia uma pixação na Dr. Arnaldo que eu considerava tipo Deus me acenando bom-dia. Era uma pixação em letras de perdedor-que-não-sabe-pixar, que dizia "O mundo me entristece".

Sérião. Imagine, você, um pixador descolado, andando pelo viaduto da Sumaré, todo corajoso, de madrugada, spray na mão, stencil na outra, toda uma cultura jovem/oficina de grafite envolvida... me para e escreve "O mundo me entristece".

Confesso que às vezes eu até dava risada. Mesmo. Era o patético óbvio. Algo que só um de nós faria. Aliás, se foi um de nós, me avise. Se alguém tiver fotografado, também. Estou em luto. Hoje, o mundo me entristeceu de verdade. Agora o muro é bege-feio e tem "cultura jovem" "de verdade" grafitada, em cores, letras gordas e criatividade-zero. Deus não me dá mais bom-dia. O mundo me entristece.

Para referência, fica a outra pixação do moço, que já não deve mais estar no antigo (quero dizer Cadoro?) bar da esquina da Consolação Riviera. Também pertinente, diga-se de passagem.

(detalhe pro stencil de pessoa dramática que acompanhava)

Obs: eu, desempregada que sou, até tentaria mudar as fontes e colocar novos alinhamentos, mas como subordinada, não posso editar o layout. Fica o aviso.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Procura-se template

Desde que bloquearam o conversador do gmail no meu trabalho as pessoas estão ficando cada vez mais agressivas.
Primeiro porque sem a porra do chat o trabalho fica muito mais lento: você é obrigado a ligar mais para as pessoas (o que em si já é chato, mas se torna muito mais insuportável quando se trabalha com "artistas"), mandar email (no chat você pode ser informal, mas na hora de mandar um email você precisa pensar duas vezes na hora de escrever) , sem contar que uma simples pergunta que poderia ser feita àquele seu amigo que está conectado 24h/dia vira uma grande tarefa...

E o lazer? Se a gente se distraía fazendo comentários maldosos (de forma discreta) sobre o colega ao lado com a pessoa da mesa da frente, agora todo mundo passa o dia inteiro se degladiando, se acusando e atormentando a vida um do outro.
Nunca mais falei com as pessoas do andar de cima, nunca mais tivemos uma idéia coletiva.

Eu não suporto mais a voz das pessoas. tenho vontade de socar um por um...


PS: Num mundo cheio de amigos talentosos, bem que alguém podia dar um trato nisso aqui, não?

segunda-feira, agosto 04, 2008

estou reformando a casa...

comentários só amanhã...

beijos

quinta-feira, julho 31, 2008

Festa!!!

Dia 2 de agosto rola a edição 2008 da já tradicional festa "Decadence avec Elegance" ou "KC Festival" como preferem alguns.

O toque esdrúxulo desta edição (sim, sempre tem um) fica por conta do horário matinê que é ótimo para quem gosta de economizar o "look noite", está com o filme queimado nas baladas, costuma fingir que tem menos de 18 ou se sente culpado por chegar em casa tarde.
E as vantagens não param por aí: além dos já tradicionais shows do Bazar Pamplona e o "retrô-rock pornochandamente de gafieira" do Fellaccios (porra!) você vai poder levar o seu Ipod /Ipobre/ou aquele cd de dance que você comprou no camelô (mas pense bem, afinal quem vai passar vergonha é você).

Quer mais?

Cervejinha gelada e outras bebidinhas a preço justo (pagamento só em dinheiro)

No som:
breguices francesas
músicas fofas
beach boys (não vou devolver o cd)
set especial de dancinha (você vai dançar, tô sentindo que vai!)
e muito mais...

E você vai conhecer a casa do Mancha e vai amar o Mancha como todas as pessoas que já o conhecem...

Se eu fosse você não faltava, senão seus amigos vão te tirar do grupo e você não terá assunto nenhum na segunda.
Se perder esta, quirido, talvez nem no ano que vem!!!

Serviço:
KC Festival
Rua Filipe de Alcaçova, s/n - Vila Madalena (entre a Fradique e a Fidalga)
Entrada: R$6 (só dinheiro)
Das 16h às 23h30 (chegue cedo)

hahahaahahaahaha!



Obra de cicera, ou Pryscylla

terça-feira, julho 29, 2008

Perdi OUTRO celular

perdAté que durou bastante, afinal é o primeiro que perco no ano. Não tenho dinheiro pra comprar outro, mas dependo do aparelho para trabalhar.
Num momento Polyana (aquele que antecede o suicídio) chego a conclusão que a TIM não prestava mesmo e as pessoas viviam reclamando que tentavam me ligar e caía direto na caixa postal.
Sem contar que podia ter sido BEM PIOR:

Brasileira ilegal teria ganho mega prêmio em loteria nos EUA

O bilhete foi comprado num mercado português de Nova Jersey. Os clientes são quase todos brasileiros. “A pessoa disse que vinha aqui, mas acabou não aparecendo”, disse um homem.

“A moça, coitada, como não estava legal, em vez de buscar um advogado para defender e ajudar, ela deu para uma amiga e acho que a situação está meio crítica”, contou o comerciante Américo Rodrigues.
O problema é que a tal amiga também estaria em situação ilegal. E, por isso, não poderia ficar com o prêmio.
O sorteio foi na sexta-feira, há três dias. Como ninguém apareceu para receber o prêmio, aumentaram as especulações e também os sonhos de imigrantes brasileiros.
Fonte: Jornal Nacional

sexta-feira, julho 25, 2008

Mais velha, menos tolerante

Mundialmente conhecida pela capacidade de ignorar o que a chateia, Karen Cunha sempre achou que depois de um tempo fingindo que uma coisa não existe ela simplesmente desaperece: Não gostou do tom de azul daquela parede? Finja que ela é branca e siga com a sua vida. Aquela pessoa não gosta de você? Simplesmente a delete, mas faça rápido antes que a situação afete sua auto-estima de alguma forma.
Mais de um quarto de século depois me cai a ficha de que é impossível ignorar por completo uma situação. Aquelas pequenas coisas que você não conseguiu abstrair vão se juntando, juntando e um dia você esfaqueia o seu amigo no CTR(ops, exemplo cruel).
Durante a minha primeira comemoração de aniversário do ano (sim, vão ter várias), uma pessoa que gosto muito passou por uma situação super chata e ainda ficou se sentindo culpada por estar triste na minha festa. Peraí, como assim? Todo mundo tem o direito de se chatear, de não querer, de achar pouco, de achar ruim ou bom demais, de sentir saudade, de se sentir ofendido... onde é que este mundo vai parar se a gente nunca mais puder agir de forma sincera?
Como assim a pessoa com quem você está junto 24/dia se choca quando você diz que estar com ela é uma escolha e não falta de opção? Isso me aconteceu recentemente, eu no meio do nada tendo que argumentar que tinha milhares de outros amigos e se estava ali naquele momento era porque eu realmente queria.
Socorro, isso não está implicito? Não, não está. Conversamos diariamente com gente que não queremos, inventamos afinidades com pessoas que não tem nada a ver, sorrimos demais por educação e nunca estamos aborrecidos por fatos objetivos, mas vivemos reclamando desse mal-estar e de que a vida não presta. Por que será, não?
Cansei dessa falta de sinceridade, quero poder confiar nas pessoas, ficar chateada e não ter vergonha de demonstrar.


Minha primeira atitude como pessoa sincera é dizer que eu adoro ser enganada por novelas, séries e afins, mas que estou muito chateada com o "A Shot at Love II".
Uma coisa é dizer UMA VEZ que a Tila Tequila é apenas uma bissexual em busca do amor, mas querer que o público acredite que ela sofreu uma desilusão amorosa com o vencedor da última edição (este por sua vez já deu diversas entrevistas dizendo que nunca falou com ela após o programa), mas que não desistiu da busca por sua alma-gêmea já é um pouco demais.

terça-feira, julho 22, 2008

_ Moça, você sabe qual era o ônibus que acabou de passar?

Não pra virar a chata que só posta políticas públicas, mas finalmente algum gênio da SPTrans se tocou e percebeu que colocar o número da linha do ônibus no vidro da traseira é praticamente saneamento básico, qualidade de vida. Na boa, se tem alguma coisa mais deprimente que correr meio quarteirão atrás de um ônibus rezando para o semáforo não ficar verde, é correr meio quarteirão atrás de um ônibus rezando para o semáforo não ficar verde e descobrir que não era seu ônibus.

segunda-feira, julho 14, 2008

Inmetro reprova ação desinfetante de Lysoform Bruto

Tem gente que acredita no amor eterno, tem quem acredite que ele nem existe, tem gente que acredita na amizade, nos Strokes, no dinheiro, na paz mundial, na trepada do século, que sexo não presta, no Alcorão, na pós-modernidade, na Torá, nos vizinhos, na Biblia, amor fraterno, amor materno, que as drogas ajudam, que o problema são as drogas, nos pais, que o amor é uma merda, no sexo seguro, na literatura, na abstinência sexual, em vidas passadas, no rock, yoga, na fidelidade, relaxamento, nos ideais fascistas, que a Courtney Love matou o Kurt Cobain, que o ser humano merece respeito, em regimes, que o Homem não presta, que "se fosse da natureza do ser humano ser feliz no amor ele seria eterno", que o cinema é melhor que a vida, que o importante é a beleza interior, no prazer, que bulimia é feio, que homens são de marte mulheres são de vênus, na dança contemporânea, que o amor é lindo, no hedonismo, no Freud, que bulimia é legal, em Florais de Bach, que deus quis assim, que beleza é fundamental, que deus não existe, no blogger, em duendes, na matrix, na auto-punição, no Big Brother, em vida após a morte, que filhos são pra vida inteira, na monossexualidade, na Lâncome, nos livros, na bissexualidade, na acupuntura, na hipermodernidade, no Johrei, nas artes visuais, nas palestras de auto-ajuda, no Budismo, na publicidade, no sorriso de uma criança, que o Brasil é o país do futuro, na pansexualidade, que na época da ditadura era melhor, no ser humano, que é feio fingir que nada aconteceu, na serotonina, na educação, no Arthur Omar, na dopamina, nos animais, que o Dr. Atkins morreu de infarte, no Kardecismo, na natureza, no Jean Genet, na Zibia Gasparetto, no sistema de cotas na universidade, no Paulo Coelho, no Candomblé, na psicologia...

... e eu, desde que pararam de fabricar Descon AP (em cujo os efeitos alucinógenos eu acreditava) acredito APENAS no poder de desinfecção de Lysoform bruto!!!


Este texto foi originalmente publicado por mim em 2004 no finado blog Quero Ser Jeanne Moreau.

Morre Mais uma certeza!!

Espero que entendam que a notícia de que vivi uma mentira este tempo todo me caiu como uma bomba. Tenho andado por aí cabisbaixa, sem rumo, sem chão...
Sempre defendi o Lysoform piamente, acreditei, confiei. Uma vida inteira dedicada a ele, sempre senti o maior orgulho de dizer por aí que conhecia a sensação de pureza, de limpeza, de me sentir livre dos germes... E tudo isso acabou!



Eu poderia começar a compor para a Adriana Calcanhoto ou me dedicar à cerâmica, mas por enquanto não sei se consigo viver sabendo que os germes estiveram lá o tempo todo. Me sinto traída, inquieta, estou um trapo...

Não sei como as coisas serão daqui pra frente...

domingo, julho 13, 2008

Noite paulistana pós-lei seca 'perde' filas* e badalação

Já deixo avisado que posso, eventualmente, parecer o Salim Maluf nesse post, e, além do que, eu mais que sei que usar a Folha de S. Paulo como fonte para qualquer coisa é tão sábio quanto procurar gênios através de perfis do Orkut, mas permitam-me.

Aí, que pelo vigésimo quinto dia consecutivo a Folha resolve, por que não, fazer outra reportagem sobre a Lei Seca. Afinal de contas, aposto que as matérias dos 24 dias anteriores não foram suficientemente mal redigidas, então vamos a mais uma.

Evidente que você não coloca na mesma página que as mortes por acidentes de carro diminuem em 57% em dia de blitz (e por favor, isso não quer dizer que eu abra minhas pernas para ser revistada, mas pelo menos eles estão conseguindo resultados), mas entrevista àqueles que ainda lucram com um pouco menos dos 43% "restantes" algumas páginas depois, para falar de novo que ó-meu-deus a "tão badalada pela imprensa internacional e reconhecida em todo o país" noite paulistana está morrendo(bocejos - existe alguém que realmente considera a "noite paulistana" ao menos divertidinha? Só mesmo enchendo o caneco, eu sei, e é por isso mesmo que eu resolvi usar as noites para tentar dormir etc). Pobrezinho do dono do Genésio, coitado do gerente do Posto 6, etc etc.

Tá. Tanto faz. Vamos a melhor parte da matéria. Aí tem uma matéria-box, daquelas que a Folha adora colocar mesmo que não acrescente em muita coisa, escrita por alguém da Revista da Folha (que devia ter aproveitado a "repaginação" pra mudar de nome para Erro), com a seguinte manchete: "No lugar de álcool, freqüentador diz usar drogas". Ó-meu-deus, segurem seus filhos jovens em casa, o governo está fazendo com que eles usem drogas, ó-meu-deus, drogas!, etc etc... aham. E a matéria foi escrita na fila da Danger.

Não fode, Folha.


*e tem coisa mais de paulista (digo, de jornalista da Folha) que lamentar a 'perda' de filas?

quinta-feira, julho 10, 2008

Mais uma prova da sindrome de Macaco Jimmi...

Karen Cunha de vestidinho amarelo, bota e faixa no cabelo, circula pelo bar mais exótico de São Paulo em meio aos crossdresseres (será que o plural é esse?), as spice gays, patricinhas bizarras do Dante Alighieri, além de outras figuras incríveis. No palco uma bicha muito fina vestida com um longo preto e lindo, faz um dueto de "Blue Savannah" com um cara (que era uma mulher). Uma menina vira sem mais nem menos pra Lorena e diz que a amiga dela queria muito tirar uma foto comigo.
Chego bem no momento da "negociação" e sem entender nada me posiciono na frente da câmera, chamo a amiga e tiro a foto com aquele meu sorriso falso de fotografia.
A amiga agradeceu sem graça, eu sorri o quanto pude e virei as costas.

Não, ela não estava dando em cima de mim (se estava deveria ter sido mais explícita), ela não estava puxando amizade, ninguém me contou o motivo do registro. Seria eu uma pessoa assim tão exótica?

Na volta pra casa todos no carro se divertem quando traço um paralelo entre o fato ocorrido e a Sindrome de Macaco Jimmi. Como se não bastasse a humilhação, me obrigam a explicar a teoria para uma amiga que ainda não conhecia.

Ela ri.

"Karen, conta pra ela sobre o dia do atropelamento?"

terça-feira, julho 08, 2008

Um dia Feliz

manhã: tentativa de assalto/assédio
Estava no ônibus e de repente UMA MÃO aparece vinda do banco de trás. Talvez ela fosse para o bolso do meu casaco, talvez não...
Não dei escândalo, apenas levantei transtornada.


tarde: Internet lenta x muito trabalho


noite: Atropelada de ré por um maluco qualquer. Achei que a culpa fosse minha, afinal sou desastrada e distraída. Consegui levantar, mas não fiz nada. O cara nem saiu do carro e eu só conseguia pensar : ai que vergonha, será que alguém viu?
Atravesso a rua e assisto a uma batida ESCROTA do mesmo cara que me atropelou em um carro que estava vindo. Vidros estilhaçados, ambos os carros ficaram em estado lastimável. Os dois motoristas fugiram.

E eu não fiz nada!!

domingo, junho 29, 2008

Quem pegou até 2000 pegou, quem não pegou...

Concurso de Drag e comemoração do dia do orgulho LGBTTT no Centro Cultural da Juventude.
O evento estava marcado para as 16h30, porém as 16h já tinham sido distribuídos 280 ingressos.
Na recepção, os funcionários competem para ver quem vai assistir ao evento na cabine da técnica, porém a responsável por esta "ala VIP" veta a entrada de 70% deles por motivos de segurança e os convida a uma reflexão: em dois anos de existência o Centro nunca recebeu tantos funcionários interessados em assitir ou se envolver com um evento. Por que será, não?
Todos estavam lá até o Lucas Lui (sim, meus amigos, o L-u-c-a-s L-u-i que além de não trabalhar no local, mora do lado oposto), à frente da maior equipe de filmagem da história do Centro Cultural. Equipe essa composta por funcionários da casa e pessoas que nunca vi.
A cada segundo o lugar enchia mais, certamente as matinês da Freedom, Planet G e Danger devem ter fechado especialmente para o evento.

Alguém da produção vem reclamar para mim:
- Karen, a mulher quer entrar com uma menina de 2 anos. Vê se pode?
- Qual o problema? Bom que ela saiba desde pequena em que contexto está inserida e entenda de uma vez por todas que quem não pegou até 2000 perdeu a chance...

sexta-feira, junho 20, 2008

"Fica a Dica"

Eu queria realmente dizer algo engraçado. Hoje eu tô passando blush a cada 5 minutos pra ver se fico parecendo uma pessoa "pra cima".
Cansei de reclamar, acho tãão datado. Mas depois de ter ficado severamente doente a semana toda, percebo (agora que estou melhor) que a dificuldade para respirar não era só fraqueza física. Tem algo realmente esmagando o meu coração/pulmão/etc e me impedindo de ter uma respiração completa.
E dá pra ser engraçada desse jeito? Putz, acho que não.
Que merda, tô tentando não tomar remédio, não tô afim de encher a cara, não fazer e nem falar bobagem, mas sempre que isso acontece eu fico com um medo danado dessa sensação não passar.
Sou pessimista assumida desde 2002, mas sempre encarei o fato de que as coisas sempre tendem a piorar com bastante bom humor.
Quando eu estou bem deprimida, semi-morta ou com tpm, quase sempre arranjo um motivo pra achar isso tudo engraçado. Mas hoje tô com a impressão de que gastei todo o meu humor e vou ficar assim pra sempre.

Isso aqui tá um saco, eu mesma não tô me aguentando. Mas por indicação da Priscilla, a Rainha do Centro eu caí num blog genial chamado Aboli Bibelot.
Vai lá que estará fazendo melhor negócio.

Mas podem continuar vindo aqui pra fazer orações, correntes, pensamento positivo ou mandando "aquele afeto" pra mim.

Eu vou ali e já volto

bejooo,oootro,tcha-tchau

PS: Alguém avisa pra Telefonica que "casa e graça", "familia e festinha" não são rimas?

sexta-feira, junho 13, 2008

Morrendinho...

Hoje durante uma reunião eu morri e rumei para a luz. Uma voz me chamava: "Karen Cunha, rume para a luz, aqui tem drinks e opendrugstore...".
Continuei rumando, mas no meio do caminho me bateu preguiça, dor no corpo, um desânimo tão grande que resolvi sentar um pouco.
Desde então Karen Cunha está lá sentada, seu corpo se arrasta por aí sorrindo em reuniões e acenando pras pessoas.
Portanto não se iluda, não foi ela que escreveu este post, foi ele: o corpo...

terça-feira, junho 10, 2008

Síndrome de Cinders

"Sensacional! Quando vi a foto no "Daily Mail" não tive como dar boas gargalhadas... Uma porquinha de botas!!! Sabe por quê? O animal tem medo da lama!!! Sensacional!
A fobia de Cinders - nome tirado da personagem Cinderela, que usava confortáveis sapatinhos de cristal - foi descoberta pelos donos da porquinha, os fazendeiros Debbie e Andrew Keeble, da região inglesa de North Yorkshire. Cinders entrava em pânico sempre que a aproximavam da lama...
Para resolver o problema, o casal tirou as botas de um ursinho de pelúcia da filha. Como Cinders se adaptou bem, Debbie e Andrew compraram outro brinquedo para calçar a porquinha totalmente. Bingo! Cinders agora pode passear sem medo pelo lamaçal da fazenda! Sensacional!!!
Uma fábula em pleno século XXI..."
fonte: O Globo



Eu entendo perfeitamente Cinders: ter medo de onde realmente pertence.

segunda-feira, junho 09, 2008

Sarah Jessica Parker Nunca Comprou Aqui

Alguém por favor me explica o que vem a ser aquele comercial do novo shopping Cidade Jardim com a Sarah Jessica Parker?
Quer sintoma maior de falso glamour do que pagar U$600mil só para fazer uma estrela de seriado falar bem de uma coisa que ela não viu nem na hora de gravar o comercial?
Uma coisa é filmar fora do país um comercial de iogurte, de carro ou de tintura de cabelo: a fofucha aparece no comercial comendo o iogurte (depois cospe), dentro do carro ou fingindo que pintou o cabelo com determinada tintura. Outra bem diferente é ela falar que amou um lugar que ela nunca esteve.

Isso me lembra novo rico do interior que chama ator da malhação para participar da festa de 15 anos da filha...
Chamar o maior simbolo do consumismo para falar de um shopping está certo, mas isso não faz o menor sentido se a fofa nem ao menos pisar seus "Manolo Blahnik" aqui!

Socorro, coloquem a mão no bolso: paguem a bonita pra participar da inauguração, paguem para ela fingir que está impressionada, paguem fotográfos para clicá-la saindo de alguma loja cheia de sacola... Agora dar uma fortuna para ela dizer que o shopping é o máximo sem ao menos ter saído do bairro dela é MUITO DEPRÊ.

Isso me lembra os depoimentos de Gerald Thomas: "Aqui a sociedade usa Prada de segunda mão, Gucci falsificada... Isso aqui é Acapulco, uma Venezuela..."

Nada mais brega do que ser high society em 2008, acho que nem ser eu mesma é pior...

segunda-feira, junho 02, 2008

Rumando para o crack...

Ok, podem ser politicamente corretos o tanto que quiserem, mas acho o fim dos tempos o que a fiscalização está fazendo com os "adeptos de um estilo de vida baseado no uso de medicação controlada".
Como se não bastasse ter que dar todos os seus dados pessoais, deixar praticamente uma redação no verso da receita e ainda passar todo o tipo de vergonha e humilhação no balcão da farmácia, agora as belezocas querem que o médico escreva o endereço do paciente no corpo da receita com a própria letra. Ou seja, além de fazer o diagnóstico, ouvir todo o tipo de barbáridade dos pacientes ainda o coitado vai ter que ficar preenchendo endereço na receita.

- "Alameda Zebrinskyy" é com k mudo ou ck? O Cep você lembra?


Francamente, que diferença isso faz? A porra do médico se responsabilizar pela indicação de determinado medicamento já não é o suficiente?
Se o lance é combater a fraude eu apoio, mas ao mesmo tempo me pergunto: se uma pessoa consegue falsificar uma receita, que trabalho teria em acrescentar um endereço hipotético?
E não pense que estou falando de receita azul não, o caso aqui mencionado se refere a uma receita comum, mas que você precisa apresentar na compra de certos medicamentos controlados, porém vitais para o bom funcionamento da sua vida.

Depois que os pobres pacientes ficam deprimidos, seus orgãos passam a não funcionar bem e os mesmos rumam para coisas mais pesadas o pessoal quer entuchar aquelas campanhas medíocres do tipo "sou careta, drogas blah".

será que precisa do aval de algum médico pra fazer compras ali na crackolândia?

terça-feira, maio 27, 2008

Tem coisas que só John Cameron Mitchell faz...

flNão me apaixono pelas pessoas com facilidade e quando isso acontece é tão assustador que acabo sofrendo e dramatizando tanto que preciso sublimar para sobreviver.
Quando será que tomei a decisão de ser deste jeito? Será que vou acabar atolada no meu próprio poço de amargura?


Shortbus

Sempre faço piadas sobre o meu futuro no hall de algum hotel decadente com uma taça mão e a bolsa cheia de remédios variados dizendo "verdades" para todos:

- Você tá dizendo que quer um neto? Só se você adotar outro filho, porque o seu não vai engravidar ninguém não. Ou você acha que aquele sujeito que divide o quarto com ele há anos é só um amigo?
- Ai deixa a menina botar silicone, ela precisa conseguir uma promoção no trabalho...

E por aí vai.

Mas se existe alguém que tem a capacidade de me deixar apaixonada é o John Cameron-Mitchell. Ele sempre aborda o tema certo, do jeito certo e sempre consegue passar a sensação certa através de imagens e sons.


Prestem atenção: o cara de blusa azul/lilás/sei-lá-o-quê é responsável por boa parte da trilha.


Fiquei extasiada quando vi Hedwig, saí dançando da sala em Shortbus e olha que no dia havia deixado alguém sozinho no meio de um "lance" pra não perder a sessão. Agora estou completamente apaixonada pela trilha sonora.
Desde que baixei as músicas de Shortbus eu vivo suspirando pelos cantos, lembrando com carinho de coisas que nunca aconteceram, olhando com outros olhos para o céu, o trânsito, as pessoas... Sentindo o vento batendo no meu rosto enquanto rumo para o trabalho (mesmo sabendo o que me espera por lá)...

Alguns de vocês podem estar se perguntando o que foi que eu tomei, mas posso garantir que é PURO AMOR e que só John-Cameron Mitchell é capaz de extrair isso do meu coração cinza-fosco. Só ele!




PS: Analisando agora, percebo que se não fosse pelo hall do hotel decadente a minha situação atual não seria muito diferente das minhas perspectivas de futuro...

quinta-feira, maio 15, 2008

O Último Episódio


Assistam o primeiro capítulo....

Eu tenho um certo problema de vicio quando o assunto é novelas ou seriados. Eu simplesmente não posso assistir mais de 2 capítulos que fico totalmente dependente.
Meu vicio atual é o reality show "A Shot At Love", uma das coisas mais bizarras e trash que já vi na vida, mas não perdi um episódio desde o começo.
A premissa é a seguinte: uma celebridade do Myspace chamada Tila Tequila declara ao mundo que é bissexual e está em busca de um novo amor. Dái ela reúne 16 homens e 16 mulheres em sua mansão para decidir quem merece o seu coração (Sim, porque tudo o que ela quer é um amor verdadeiro, tá?)
Nem preciso dizer que já rolou todo o tipo de baixaria: homem e mulher que deram uns catos, briga, escândalo, bizarrices e HOJE a MTV Brasil exibe o último episódio onde Tila vai escolher entre:

Bob - um bobão de cabelo espetadinho que mora nos Estados Unidos profundo e veste camisa polo rosa

ou

Dani - sapa oldskull que faz o gênero "eu sou fofa, politicamente correta e todos me amam" e é bombeira na Florida.

Particularmente, eu e meu irmão de quinze anos (pra vocês verem a idade média de quem assiste ao programa) estamos torcendo para a Sapa boazinha, afinal, ser gente boa em 2008 não é fácil. Sem contar que não podemos apoiar alguém que use Polo Rosa e cabelo espetado ao mesmo tempo.
O que sabemos sobre a final é que o romance de mentira com a tal da Tila durou bem pouco, afinal, existe uma nova temporada do programa com a mesma protagonista...

terça-feira, maio 13, 2008

Beijoemecolocanasuacópiaoculta

Prestem bastente atenção, porque é muito importante: mandar emails para várias pessoas sem ser em cópia oculta é algo realmente sem perdão.
Um dia você começa a receber uns emails bizarros e começa a ficar insegura: será que fizeram um mapeamento dos idiotas potenciais da cidade e eu estou na lista?
Daí você percebe que o melhor amigo do seu ex também está na lista e percebe que nãããão, alguém simplesmente roubou o seu endereço do email de outro sem noção que também não sabia pra que diabos servia aquele campo cco (ou bcc) no email.
Puta que pariu, a cada dia que passa eu recebo coisas mais esdruxulas como àquela porra de Sambacana Groove que acontece no Copan, ou a agenda de uma banda do rio que nunca ouvi falar. Isso quando não recebo emails pessoais de alguém que me achou na lista de "sei lá quem" e achou que fosse outra pessoa (Juro, hoje me escreveram combinando um encontro em Houston e antes de ontem eu recebi várias fotos de outra Karen Cunha que não era eu).

Francamente, isso não dá.
Acho que divulgar é muito importante, mas peloamor, coloque o email na cópia oculta. Tão mais seguro, tão mais clean.....

E a humanidade agradece.

quinta-feira, maio 08, 2008

Quero ser Leyla Perrone-Moises

Preciso dividir uma coisa com vocês: estou tentando escrever um livro.
Tá, é ridículo dizer isso em 2008, primeiro porque ninguém mais lê (nem eu), segundo porque isso é coisa de adolescente na década de 80, hoje em dia as pessoas fazem filmes com verba pública, dinheiro do pai ou a câmera "da facul".
Eu já tentei isso outras vezes (3, para ser mais exata) e assim que chego no meio do terceiro capítulo desisto da história e vou fazer algo melhor.
Não consigo escrever sem saber onde quero chegar e se sei onde quero chegar preciso chegar logo, senão enjôo.
Mas desta vez eu abandonei o capítulo 3 e comecei a escrever o meio da história e daí volto para o começo e penso no fim. E desta forma meio anárquica a coisa está fluindo de um jeito assustador.
Só penso nisso. Visito sites pra pesquisar coisas, peço ajuda para os amigos para compor personagens e principalmente: estou inventando uma história e não simplesmente escrevendo sobre mim.
Tudo o que escrevi na vida foi baseado na minha história medíocre e isso sim dava um bom livro de piadas tipo as "anedotas do Juca Chaves": você lê uma piada sem graça, vai pra balada, assiste a um programa na tv, vai pra uma rave em Jales, é pego pela policia com drogas sintéticas, o pai do seu amigo vai lá te soltar e daí você volta e lê outra piada. Sem compromisso, sem pressão. Mas isso vocês encontram aqui no blog.
Na incapacidade de contar a história linear da minha vida (principalmente porque ainda não morri), preciso inventar algumas coisas.

O problema é que ainda que minha mente seja bastante fértil, não levo o mínimo jeito para a ficção, imaginar personagens me dá uma preguiça danada, fazer uma história coesa com começo, meio e fim é uma tarefa impossível pra mim.
Enquanto os meus amigos liam "O Apanhador no Campo de Centeio", "A Revolução dos Bichos" e "1984" eu lia Stanislaw Ponte Preta (ou Sergio Perto), Carlos Drummond de Andrade e outros fulanos que sabiam escrever histórias curtas, engraçadas e tão simples que podiam muito bem estar naquela coleção "Para Goster de Ler"(que aliás, deveria se chamar "Para Gostar de Ler Crônicas")
Depois de ler quase todos os livros de crônicas do Brasil, cheguei a conclusão de que nenhuma história valia mais que cinco páginas e foi daí que surgiu a minha aversão a livros grandes e filmes longos. Tem que ser mestre pra não perder o fio da meada.
E eu não sou um Kerouak da vida que é capaz de prender a atenção do leitor enquanto conta a história de uma viagem pelos estados unidos, sem pé nem cabeça e nem compromisso (e mesmo você tendo certeza que aquilo não vai acabar em lugar nenhum, simplesmente não consegue desgrudar a cara da porra do livro e fica triste porque percebe que está acabando), então um parágrafo grande (como este aqui) escrito por mim já fica confuso para quem tá lendo.

Mas eu estou botando fé, sei que vou postar daqui 1 ano que eu simplesmente desisti daquela história, mas por enquanto eu tenho vontade de escrever todos os dias sobre as coisas mais mirabolantes do mundo, tenho idéias o tempo todo e fico super empolgada com tudo.

PS: Leyla-Perrone Moisés é uma professora da USP que tem a capacidade de escrever profundamente sobre qualquer coisa (até Lacan e Fassbinder) em 5 páginas no máximo. Dúvida? Então leia Inútil Poesia e me diga depois.

PS2: Nossa, um post grande assim já fica sem sentido...