segunda-feira, agosto 29, 2005

C'est L'amour

Hoje era o dia do Pedro Kalil postar, mas ele me disse que o micro dele quebrou, deste modo ele não ia conseguir escrever no dia certo.
Assim sendo, decidi postar um email que ele me escreveu um tempo atrás. Espero que ele não fique bravo, mas é que num mundo feio como esse a gente tem que dividir as coisas lindas....

"Se eu morasse na Augusta, em Agosto, eu pensaria que estaria vendo aputa que tomava uam cerveja e chorava que o Caio Fernando disse tão lindamente, sobre nossas dores e sobre ajudando das dores dos outros esquecemoa um pouco das nossas. Pensaria nas suas sugestoes para atravessar agosto e que talvez o inverno estivesse matando o jardim, mas que talvez ele voltasse a nascer. Eu observaria os portoes preto e pensaria que talvez fosse melhor pinta-lo de verde ou branco ou cor-de-rosa. Pensaria no dia que sai do unibanco ali e subi a rua chorando pq a menina tinha me abandonado em sao paulo, completamente e tinha subido a rua fumando um cigarro atras de outro, bebendo uma cerveja em temperatura ambiente, quente, ruim, kaiser, ou skol, nao me lembro e pensaria que as coisas talvez tivessem mudado um pouco já que a kaiser não é mais tão ruim assim. E pensaria no minino Denis que resgatei na rua, na noite gelada, chorando e ele tinha 12 anos e pneumonia e o levei pra comer no Bobs pq ele me pediu pra me levar no Bobs e parecia mto constrangido e eu fiquei perguntando dos pais, da mae e do pai que o tinha bandonado, abandonado a familia e mudado pro interior, enquanto ele mal conseguia acreditar no seu sanduiche, no sanduiche que tinha comprado pros seus amigos, no milkshake gigante e no sunday que estava derretendo. E ele me contava que nao conseguia remedios pra penumonia pq nao tinha cpf e que disse que o comprava, mas ele delicadamente disse preu nao comprar, pq deveriam ser mto caros e ele nao queria mais do meu dinehiro, aquele adulto chorao, abandonado, com o on the road na mão pensando em letras do Neil Young. Subiria a Augusta todos os dias olhando pro chao as maos nos bolsos pensando que poderia encontrar algo legal perdido no chão, um braço de boneca ou cartoes perdidos desejando amor-pra-sempre-pra-voce-me-desculpe- pelo-que-fiz, acordaria todos os dias nos meses apropriados esperando estar muito quente, mas que tivesse um sol bonito, desses que voce que vai acontecer algo bonito nesse dia, entao te chamaria pra tomar um café com biscoitos que aprendi a fazer com minah voh e te contaria dessas esperanças dos dias frios e com sol ou como eh tao bonito quando chove e faz sol ao mesmo tempo, aquela chuva fininha, dos dias que sempre acontecenem algumas coisas, talvez te falaria dos sonhos estranho-bonitos que andava tendo e voce sorriria e talvez me contasse alguns dos seus e eu responderia com uma ou duas piadas ruins. Te diria das pequenas epifanias, e voce me diria que se idenftifica com aquela-atriz-de-tal-filme sem me dizer porque eu efalaria que era o Kerouac do subterraneos um pouco menos bebado, o arturo bandini do pergunte ao poh um pouco menos machista ou o Horacio do Jogo da Amarelinha, sem fugir pra argentina e pra sempreprocurando a Maga, sabendo que procurar era mais importante até do que achar, e falaria do bebe Rocamandour, falaria que era o filho da Maga que morreu, talvez colocasse uns discos pra gente ouvir, jazz antigo ou aquela do leadbelly "i just someone just to see him die" e temeria todos os dias que a cidade muito maior que a minha estivesse me endurecendo e dai pediria pra voce contar algo bem bonito, dessas coisas tao bonitas que acontecem bem de vez em quando, quando mal percebemos e nossos olhos se enchem de lagrimas sem sabermos porque. Talvez depois do café te pegaria pela mao meio sem jeito e te deixaria com seus amigos modernos e sorriria pra eles, talvez tivesse um pouco de vergonha e soh seria sarcastico se começarem a querer brincar de decadentes, decadentes milionarios, daqueles que brincam de andar
pelas ruas bebados, com garrafas de uisque doze anos. Dai poderia as vezes ir visitar a Anne e cnontrar a Clarah e avisar sobre literatura, e conversariamos e pensarimaos anas coisas, eu e a Anne planejando nossas viagens de carro sem nem ao menos termos carteira, ela colocaria uam musica feliz antes de sairmos tipo Shake Some Action e viria nela, aquela criança tao bonita que se recussou a crescer, brigaria por ela me mostrar os denhos bonitos dela que ela nunca mostra pra ninguem, e roubaria um e colaria numa parede da sala de casa e ela chegaria lá em casa e brigaria comigo, talvez ficasse emburrada umas duas horas e eu faria piadas depois dessas duas horas
apenas para deixa-la mais emburrada. Talvez as vezes brincaria de ser saudavel e iria passear no ibirapuera, andando sempre mais devagar que todo mundo fumando mts cigarros pensando na vida, pensando nos pic nic perdidos naqueles parques, comendo biscoitos de danoninho que nem eram bons, pensaria que talvez devesse ter um cachorro para leva-lo pra passear, talvez um desses pequenos mesmo, que nao me incomodaria
muito dentro de casa e que sentaria do meu lado quando tivesse vendo o jornal a noite e tomasse uam xicara de capuccino com canela, talvez devesse ter um grande pra pensar que ele eocupa espaço demais dentro de casa e as vezes sentir que mesmo ocupando muito espaço falta alguma coisa entao ligaria para algumas pessoas convidando para tomar café da manhã bem cedo, entao forjaria uam mesa bonita, compraria aquelas
bisnasgas grandes, uam bao manteiga, geleia de amora, roubaria algumas flores de algum canteiro enquanto tivesse voltando pra casa para fingir que fiz um arranjo bonito na mesa, compraria broas, mesmo nao gostando delas, alguns biscoitos de manteiga com goiabada, as vezes alguns tipos de queijo e esperaria as pessoas chegarem e talvez elas nunca viessem e pensaria que nesses domingos de manhã me faria muito bem era ter um gato e nao cachorros, e entao arrumaria dois gatos, daria nomes pra eles, nao sei bem quais, precisaria olha-los antes de descobrir, quem sabe lucifer, quem sabe gabriel, pelo anjo, quem sabe algo mais bonito, tipo azul, ou quem sabe algo engraçadinho ou bem cliche como fofinho ou bolinha e talvez um desses gatos fugisse uam noite e passaria dois dias sentado a sua espera e te ligaria e falava
do gato que fugiu, que a casa entoa estava mais fazia e te convidaria prum tipo de jantar com essas coisas que nao sei cozinhar, mas que faria um bom brownie com nozes ou chocolate branco, o que vc preferisse, compraria sorvete de creme para comermos juntos, e colocaria uam rosa dentro de um copo de agua, para, quem sabe, voce
reparar na tristeza dessas coisas, entao eu sorriria, voce me mostraria suas risadas iguais, eu acenderia um cigarro e de repente iria me sentir bem, sorria de volta, te contava alguma historia engraçada tipo eu espirrando na rua e um velho falando "que deus te ajude.... a te levar pro infeno" e que eu olhei e ele sorriu e disse
"pra pegar todas as diabinhas" e eu nao saberia o que responder pra esse velho e voce riria um pouco e te msotraria talvez algusn filmes que aluguei, perguntaria se voce jah tinha visto, e perguntaria o que voce achava deles, se voce nunca tinah visto nenhum deles eu pegaria um de proposito que sabia que voce tinha visto e perguntaria mesmo assim, soh pra fingir o que falar, andaria pelos sebos tentando encontrar livros infantits, talvez esses com contos e lendas e fabulas de todo o mundo e um dia que estivesse um pouco triste, acharia uma da russia ou uma historia do egito antigo e te contaria, uma que fosse bem fofa e bem bonitinha que a gente nao poderia de achar de modo algum bonito, eu gaguejaria em algumas partes e no final delas talvez
eu achasse que estava com muita sede, beberia agua mineral com gás, te ofereciria algo pra beber, quem sabe tivessemos longas conversas sem percebermos que o tempo tinah passado tao depressa e quando percebessemos o dia tinah amanhecido e sem ver tinahmos deixado amigos esperando a noite inteira, nao ligariamos, ofereceriamos um almoço quem sabe, pouca coisa pq minah casa nao teria muitas panelas nem muitos pratos nem muitos copos, princiapalmente limpos. Olharia de novo pro portao preto e pensaria que deveria pinta-lo, mas nunca o faria, pq se nao, quando estivesse olahndo para ele ele teria uam visao de coisa realizada e um portao nao deve nunca se realizar, porque chegaria a conclusao que nao deveria ter um portao ali, que deveria
ter um jardim de margaridas e que as pessoas deveriam roubar suas margaridas, ou para dar pra alguem ou pra começar a marcas os livros eternos, e sabeia que pintar um portao de nada adiantaria, mesmo que fosse de arco-iris e pensaria em deixa-lo transformado nos meus sonhso que te contaria em porpurina ou aquelas estrelas que brilham no quarto escuro e depois que te contasse isso talvez te desse umas estrelas
dessas, e te ajudaria a colocar no teto do seu quarto que nunca vai ser toa bangunçado como o meu, talvez desse uams duas pro seu irmao tambem se voce nao ligasse, falaria com sua mae sobre coisas que inventaria e te diria pra nao ficar muito chateada quando as coisas estivessem um pouco ruins, quando voce estivesse tao cansada que nao poderia sair de casa compraria ua caixa de caquis e levaria pra voce,
talvez deixasse na portaria ou uam caixa de figos, que nem gosto, mas que sao muito bonitos, se voce nao gostasse poderiamso apenas deixar a caixa num canto e quem sabe abrir um e ver como mesmo nao sendo gosto eh muito bonito. talvez te encontrasse depois da terapia, tomariamos um café com uisque, depois iriamos ver algum desses filmes ruins, quem sabe uma comedia romantica e comprariamos aqueles baldes enormes
de pipoca e depois quando saissemos, sabendo que o filme tinha sido muito ruim falaria "quero ir nuam festa electro", no outro dia te falaria os dias que apostei na sena e que voce torcesse pq dai iriamos pra frança ou italia e pediria que ao menso passassemos um dia me praga, pq essa cidade tem uam magica pra mim que nao sei qual é. Talvez encontrasse a menina que me abandonou no metro novamente, isso acontece,e duas vezes no mesmo dia, meses depois, e diria pra ela que estou morando em sp, na augusta e que ela no poderia conhecer meu unico gato que sobrou, que depois de muito tempo ela eh soh uma lembrança amarga e desceria em qualquer estação e talvez chorasse um pouco pensando em como a vida as vezes eh tao triste e como as vezes
brincamso tanto de eu-sou-mais-eu-eu-sou-forte-e-melhor-que-voce-e-nao-vou-sofrer -de-amores-nao-por-voce-que-me-merece-tao-pouco,iria comer comida japoensa todas as sexta no liberdade, comeria no restaurante vegetariano que sempre que vou encontro o pessoal do butchers orquestra, talvez andasse na galeria do rock procurando algum vinil antigo pra te dar de presente, algum do dylan ou do bruce springsteen que sei que soh eu gosto querendo te convencer e que se voce nao gostasse ao menos valeria como piada e ficaria muito feliz em encontrar, quem sabe, alguns do leonard cohen pra se ouvir no inferno frio de sp, tomando ou vinho ou gim, esperando aqueles telefonemas que salvam a vida de todas as pessoas na sexta a noite. Trabalharia em qq
coisa, moraria na augusta, sofreria um pouco, mas ficaria bem, desse jeito, essas coisas, simples, sempre elas."


Ah, e eu achei o gato perdido na rua e devolvi pra ele! :-)

quinta-feira, agosto 25, 2005

Ódio x Bolo de Laranja ou Por favor, resista!

Vâmo lá, todo mundo junto!

pam pam-pamp-pam-pam-pam-pam-pampampam
pam-pam-pam-pam-pam pampampampam

Cuando pierda todas las partidas
cuando duerma con la soledad
cuando se me cierren las salidas
y la noche no me deje en paz

Cuando sienta miedo del silencio
cuando cueste mentenerse en pie
cuando se rebelen los recuerdos
y me pongan contra la pared

R-E-S-I-S-T-I-R-É, erguido frente a todos
me volveré de hierro para endurecer la piel
aunque los vientos de la vida soplen fuerte

soy como el junco que se dobla,
pero siempre sigue en pie
resistiré, para seguir viviendo
soportaré los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos

resistiré, resistiré.

Cuando el mundo pierda toda magia
cuando mi enemigo sea yo
cuando me apuñale la nostalgia
y no reconozca ni mi voz

Cuando me amenace la locura
cuando en mi moneda salga cruz
cuando el diablo pase la factura
o si alguna vez me faltas tú.

R-E-S-I-S-T-I-R-É, erguido frente a todos
me volveré de hierro para endurecer la piel
aunque los vientos de la vida soplen fuerte

soy como el junco que se dobla,
pero siempre sigue en pie
resistiré, para seguir viviendo
soportaré los golpes y jamás me rendiré
y aunque los sueños se me rompan en pedazos

resistiré, resistiré.


(Resistiré - Duo Dinâmico)
Trilha do filme Ata-me(Almodovar) e também de Separações de Domingos de Oliveira.
Ambos imperdíveis.

Tô assistindo à novela "América" e o menino gay está dando uma desculpa para não trepar com a menina cega...hahaha! Ele já bebeu, já ficou doente já fez de tudo... me lembra o passado...hahahaha! R-E-S-I-S-T-I-R-É...

Sexta eu vou ter que acordar cedo para produzir um show do Thaíde lá no Campo Limpo. R-E-S-I-S-T-I-R-É...
E domingo no centro, além de ter que escutar "os mano pow, as minas pá" ainda vou trabalhar ao som "hey, senhorITA, não sei se você axcredITA/em amor a primeira vISTA/quando te vi dançar na pISTA/você foi a mais bonITA...". R-E-S-I-S-T-I-R-É

Assumo, sou briguenta e intransigente!

R-E-S-I-S-T-I-R-É, R-E-S-I-S-T-I-R-É

segunda-feira, agosto 22, 2005

C’est l’amour?! ou Merde l’amour ou Deixe de ser idiota. Nunca vai acontecer


Assim como qualquer coisa não corpórea, algo não-físico, não há modo de se verificar a existência do amor. Conseqüentemente, não há modos de se verificar sua inexistência. Portanto, acreditar ou não resume-se a uma tomada de posição.

E daí você se pergunta: "mas e quanto a todos os casais felizes que conheço? E quanto ao casal de velhinhos felizes que vi de mãos dadas no metrô? E o Tarcísio e a Glória? E o William e a Fátima?" Hum, alguém cético responderia: “eles se acostumaram”. Outro diria “eles se acomodaram”. E a verdade? Pode até ser. O ser humano tem uma capacidade incrível de adaptação.

E outro fascinado por psicologia diria sobre o amor “é pura vaidade! Os relacionamentos são baseados em transferência de prestígio e/ou qualidades”. Sim, pode ser. Aqueles conhecedores de literatura, diriam “é amor pela idéia do amor, pela sensação de estar apaixonado. Você nunca leu Shakespeare, oras?!”. Também faz sentido. Alguém que acredite na magia do cinema diria ainda “Mas e se for simplesmente amor? Como nos filmes da Disney. Um sentimento que vence qualquer obstáculo”. Bom, acho que não.

Enfim, amor para mim é (e sempre foi) esperar. Esperar que algo bom aconteça. Esperar que tudo se resolva como num filme da Molly Ringwald. Venho fazendo isso já há algum tempo. Mas esperar até quando? Quando a espera termina? Afinal, Godot nunca apareceu.

Bom, façamos o teste do tempo. Segue abaixo meu desejo de amor e daqui a alguns anos quando ler os arquivos deste blog, talvez fique feliz por te-lo realizado ou talvez o ache tão idiota quanto qualquer outra coisa que já escrevi. E ao terminar de ler, caso não o tenha alcançado ainda, certamente ficarei com aquela sensação melancólica de quem está se desperdiçando e precisa parar o relógio a qualquer custo porque não é certo envelhecer sem aproveitar suficientemente cada dia.


Desejo de amor

Nos meus sonhos, você perdoa minha fra(n)queza e abre os abraços para me guardar. Sei que o amor pode nunca acontecer. Apenas prefiro não saber.

quinta-feira, agosto 18, 2005

everybody loves somebody

Dizem que no princípio era o verbo, que o verbo se fez carne. Mas o verbo teima em virar verso. Deve ser coisa de Deus, Satanás, Godard, Goethe ou qualquer coisa na qual você acredite ou duvide, já que duvidar é bom; acreditar também. Mas o Dean Martin parece ter concretizado alguma coisa (Everybody loves somebody sometime/Everybody falls in love somehow/Something in your kiss just told me/That sometime is now//Everybody finds somebody someplace/There's no telling where love may appear/Something in my heart keeps saying/My someplace is here//If I had it in my power/I'd arrange for every girl to have you charms/Then every minute, every hour/Everybody would find what I found in your arms//Everybody loves somebody sometime/And though my dreams were overdue/Your love made it all worth waiting/For someone like you). Podem dizer que os versos são melodramáticos, cínicos quase; mas o verbo parece se fazer carne nos versos (mais ou menos como certas substâncias da natureza que tendem a se relacionar para criar novas substâncias). Pode dizer que não é natural. Mas que é sobre-humano eu tenho certeza.

quarta-feira, agosto 17, 2005

C'est l'amour

Toda segunda-feira algum colaborador deste blog está incumbido a escrever uma história de amor! "DE AMOR? Como assim isso não existe..." Ora bolas, então escreva um post sobre o amor que não existe, ou aquela história terrível sobre sua amiga que pegou o namorado fazendo suruba com o melhor amigo às vesperas do casamento, ou aqueles seus amigos que se odiavam e um dia começaram a namorar, um texto, uma crônica, qualquer coisa que fale de amor, que é um assunto inesgotável e o tema preferido de tudo mundo em pelo menos alguma fase da vida.

A escala:

22/8 - Ronaldo
29/8 - Pedro Kalil
05/9- Karen Cunha
12/9 - Sérgio
19/9 - Gabriel
26/6 - Tatiana Pinheiro

Não gostaram? A gente muda ué....

E se você caiu aqui agora, não faz parte da equipe de colaboradores e nem sabe do que este blog se trata, mande a sua história de amor pra gente: karencunha@gmail.com.

Beijos

domingo, agosto 14, 2005

knock, knock

Para falar de mim, preciso tomar a estrada do silêncio.


Silêncio
Não sei usar as palavras. Às vezes machucam tanto quanto ... e se quando falo, não falo de mim, falo sobre quem? Para descobrir se sou aquele de quem estou falando? E se eu não for? Melhor seria não falar e não saber?! O melhor seria saber suportar sem ignorar. Melhor seria não esperar, pois só me fazem bem as horas de descuido. Então, a felicidade desaba sobre mim como se fosse uma chuva de verão. Como disse Pessoa, “Minha vida é como se me batessem com ela."

P.S. Tirando conversas divertidas e reencontros mágicos, odiei o campari.

sábado, agosto 13, 2005

Campari é bebida de tio...

Quando saiu o "line up" do Campari Rock Festival eu fiquei em estado de choque, como pode alguém ter tão pouco bom-senso a ponto de colocar a primeira banda para tocar 17h45 enquanto a atração principal vai tocar às 2h10? Falta de respeito total com os artistas que tocam primeiro, me diz quem fica 8 horas dentro de um festival? Aliás que horário infeliz 17h45 às 3h30...
Ontem eu vi a porra do Kills... bandinha vagabunda, parecia uma banda da Zona Norte, nao que as bandas de lá sejam vagabundas, mas é que ninguém paga um cachê daqueles pra uma banda da Zona Norte, mundo injusto esse...hahahha
Performances batidas, música óbvia, mas as pessoas que se contentam com pouco vibraram ao som clichê dos gringos. A outra banda gringa que tocou antes era o que há de pior nessa terra.
Quando eu cheguei estava rolando Freakplama, vi pouco, mas a performance é incrível com direito a robôs e catavento.
Resumindo as melhores coisas da noite foram Jumbo Elektro e Cansei de Ser Sexy. Este último sofreu com o problemas técnicos...o som estava no "agudo máximo" e ninguém da organização percebia.... deprê, mas o show foi muito engraçado.

Ah sei lá o que achei do evento como um todo, sabe?
De todo modo continuo aceitando convites da organização do evento (rs)

segunda-feira, agosto 08, 2005

Somebody Kill Me Please

Não, não é aquela sensação de acordar e ir lembrando aos poucos das coisas absurdas que fez na noite passada, mas tem algo a ver com vergonha. Mas não a vergonha de ter dado "AQUELE" vexame, mas sim de SER O PRÓPRIO VEXAME.
Hoje acordei com vontade de não acordar nunca mais, hoje fui trabalhar com vontade de não ir trabalhar nunca mais, sim, é vergonha, mas vergonha de estar viva sendo quem sou.
Triste, porque fazia muito tempo que não sentia vontade de me esfregar no concreto, e o sentir um insuportável tédio que é sempre sintoma de que algo não vai bem...
Acho que o tédio nada mais é do que a certeza de que nada vai mudar nunca.
Tenho medo de ficar dizendo essas coisas e as pessoas começarem a me mandar textos do Roberto Shinyashiki, recomentar que eu entre em contato com o meu eu interior através da religião ou me entupir de medicamentos... mas na verdade acho que eu só preciso de um pouco de dignidade e altas doses de The Boy Least Likely To.

Só falta comprar um pouco de dignidade!

A dor de existência

"...sou velho demais para somente me divertir, moço demais, para ser sem desejos. Que pode o mundo bem proporcionar-me? A existência é um fardo"
(GOETHE - Fausto, pág 52 - 1806)

Rô, qual a frase em que o Goethe fala sobre "sentir a existência"?


Ainda bem que as pessoas nào acreditam na minha teoria de que Goethe e Deus são a mesma pessoa...já pensou as pessoas adorando esta foto nas igrejas? Eu hein?
Ainda bem que o cara era o mestre porque com essa cara ele não iria a lugar algum!