quinta-feira, agosto 18, 2005

everybody loves somebody

Dizem que no princípio era o verbo, que o verbo se fez carne. Mas o verbo teima em virar verso. Deve ser coisa de Deus, Satanás, Godard, Goethe ou qualquer coisa na qual você acredite ou duvide, já que duvidar é bom; acreditar também. Mas o Dean Martin parece ter concretizado alguma coisa (Everybody loves somebody sometime/Everybody falls in love somehow/Something in your kiss just told me/That sometime is now//Everybody finds somebody someplace/There's no telling where love may appear/Something in my heart keeps saying/My someplace is here//If I had it in my power/I'd arrange for every girl to have you charms/Then every minute, every hour/Everybody would find what I found in your arms//Everybody loves somebody sometime/And though my dreams were overdue/Your love made it all worth waiting/For someone like you). Podem dizer que os versos são melodramáticos, cínicos quase; mas o verbo parece se fazer carne nos versos (mais ou menos como certas substâncias da natureza que tendem a se relacionar para criar novas substâncias). Pode dizer que não é natural. Mas que é sobre-humano eu tenho certeza.