quarta-feira, janeiro 31, 2007

Relationship status

_ Eu estava me sentindo o marido tarado que não sabe se comportar nem no jantar da melhor amiga de infância da mulher. Estava vendo a hora que colocoria minha mão na sua perna.

_ Sua namorada ia ficar super feliz...

(E a propósito, é só a prefeitura presepar a calçada do Vitrine e fazer aquela lambança com areia para concretizar o quê de Posto 9 daquele bar.)

sábado, janeiro 27, 2007

Clichê


Vi Click ontem a noite e estou deprimida.
Acho que não quero falar com ninguém.

Justo agora que eu estava numa fase "diga não ao preconceito", "hollywood tem o seu valor" eis que surge esta bomba e me tira do sério num nível que me deu vontade de ir até lá a pé protestar com uns posters do Fritz Lang na mão.
Eu só queria diversão barata, risadas despretensiosas, não podia suportar nenhum tipo de decepção, sabe? Mas o filme era tão ruim que em menos de 20 minutos eu já estava pensando em globalização, capitalismo selvagem, no poder da mídia... TUDO O QUE EU NÃO DEVERIA!
Acho tão trash falar de filme desse nível, mas é que me sinto tão idiota em ter visto, em ter falado bem do Adam Sandler em diversas ocasiões... Eu mereço o que eu passei. EU SEI.
O Givago ficou tão constrangido quando contei pra ele que aluguei este filme que nem atende mais aos meus telefonemas.
Agora me sinto mal, preciso ficar sozinha por um tempo, tentar colocar a cabeça no lugar, ver uns filmes da década de 20, ler sobre Bergman....

Click
EUA, 2006 - 98 minutos
Direção:
Frank Coraci (O mesmo diretor de Afinado no Amor. Dá pra acreditar?)
Roteiro: Steve Koren e Mark O'Keefe (como esse cara teve coragem de asisnar o filme?)

cotação: vai tomar no cu, filho da puta! (gritando tipo torcida da gaviões)

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Eu no Chat UOL – Encontros – gays e afins

Depois de longa conversa ...
Eu – Então no centro as 21:00?
Ele – Ok, vou estar numa Belina marrom!
Eu – (receoso) Belina? Ok.

As 21H eu entro no carro e vejo um homem, aparentemente de 60 anos, com uma cerveja na mão (o carro todo cheirava cerveja) e um cigarro (Derby vermelho) no cantos dos lábios.
Ele sorri ...
- que bom que você veio!
- quantos anos você disse que tinha mesmo?
- Olha como eu gosto de sinceridade, eu vou jogar limpo eu não tenho 38. Eu tenho 52! Mas você me pareceu culto e razoável, isso não vai ser um problema. (cai cinzas de cigarro sobre a calça bege com três pregas, dele).
- Eu sou culto? Não tenho certeza. Mas o caso é: Não gosto de antiquários.
Abri a porta e fui pra casa.

Agora advinha o Nick dele?

Sincero38Saradoquergozar

domingo, janeiro 14, 2007

Qualidade de Vida

Imagine uma cidade onde você desce para comprar pão e da sua casa até a padaria só vê gente bonita. Não só bonita, mas bonita, simpática e estilosa.
Assim é Buenos Aires.
Tudo bem que provavelmente você não encontraria o tipo de pão que quer, seu cartão talvez não passaria e ninguém saberia te explicar porquê, mas certamente o padeiro também seria lindo e você deixaria toda a sua raiva de lado.
Foi em Buenos Aires que se desenvolveu dentro de mim aquelas taras primitivas por bombeiros, policiais, mecânicos, jardineiros. Nunca entendi este tipo de tara, achava que era invenção da industria pornográfica, mas depois que eu fui pra lá passei a entender super bem esse sentimento.
Um amigo dos EUA estava discutindo comigo que esporte era coisa de homem e mulher fã de esporte gostava mesmo era dos jogadores. Neste momento eu tive certeza que tinha argumento suficiente para acabar com a discussão (que começou com boné de baseball pra trás "é muito USA pra mim" e descambou para "mulheres não entendem nada de esporte"):

- Você já olhou bem na cara do Ronaldinho Gaúcho?
- ah, mas você já ouviu falar no David Beckham?
- Você já viu o Ronaldinho Fenômeno?
- Ah, mas...
- Você quer ir comigo na banca agora comprar uma figurinha do Rivaldo? Acho que a discussão acabou, né? Ou você acha que alguma mulher sairia de casa para admirar a beleza do Tevez?

sábado, janeiro 06, 2007

31/12 Carrefour - Recoleta / Buenos Aires

- Que acha da gente fazer uma caipirinha na ceia?
- O limao custa 13 pesos o kg e estao pessimos. E se a gente levar e nao encontrar pinga?
- Bom, se nao tiver pinga fazemos uma caiporoska. Que acha?

Pessoa desconhecida aparece na cena:

- hahaha Caipiroska non, caipirinha.
- Que?
- Caipiroska non existe. Caipirinha que chama.
- Caipiroska vodka. Caipirinha pinga.
- Capiroska non, c-a-i-p-i-r-i-n-h-a.
- Caipiroska vodka. Caipirinha pinga, aguardente.
- Caipiroska vodka. Caipirinha pinga?
- si
- Oh ok. - Caipiroska vodka. Caipirinha pinga...

Pessoa desoconhecida sai da cena.

- Quem chamou essa pessoa na conversa?
- Nao sei. Ele se achou o esperto agora...bobao.

Pessoa desconhecida volta.

- Ja comeram doce de leite?*
- Ja.
- Que acharam?
- Bom.
- Bom...

Pessoa desconhecida simplesmente sai da cena e nao volta mais.

*esta frase foi originalmente dita em espanhol misturado com ingles