domingo, julho 13, 2008

Noite paulistana pós-lei seca 'perde' filas* e badalação

Já deixo avisado que posso, eventualmente, parecer o Salim Maluf nesse post, e, além do que, eu mais que sei que usar a Folha de S. Paulo como fonte para qualquer coisa é tão sábio quanto procurar gênios através de perfis do Orkut, mas permitam-me.

Aí, que pelo vigésimo quinto dia consecutivo a Folha resolve, por que não, fazer outra reportagem sobre a Lei Seca. Afinal de contas, aposto que as matérias dos 24 dias anteriores não foram suficientemente mal redigidas, então vamos a mais uma.

Evidente que você não coloca na mesma página que as mortes por acidentes de carro diminuem em 57% em dia de blitz (e por favor, isso não quer dizer que eu abra minhas pernas para ser revistada, mas pelo menos eles estão conseguindo resultados), mas entrevista àqueles que ainda lucram com um pouco menos dos 43% "restantes" algumas páginas depois, para falar de novo que ó-meu-deus a "tão badalada pela imprensa internacional e reconhecida em todo o país" noite paulistana está morrendo(bocejos - existe alguém que realmente considera a "noite paulistana" ao menos divertidinha? Só mesmo enchendo o caneco, eu sei, e é por isso mesmo que eu resolvi usar as noites para tentar dormir etc). Pobrezinho do dono do Genésio, coitado do gerente do Posto 6, etc etc.

Tá. Tanto faz. Vamos a melhor parte da matéria. Aí tem uma matéria-box, daquelas que a Folha adora colocar mesmo que não acrescente em muita coisa, escrita por alguém da Revista da Folha (que devia ter aproveitado a "repaginação" pra mudar de nome para Erro), com a seguinte manchete: "No lugar de álcool, freqüentador diz usar drogas". Ó-meu-deus, segurem seus filhos jovens em casa, o governo está fazendo com que eles usem drogas, ó-meu-deus, drogas!, etc etc... aham. E a matéria foi escrita na fila da Danger.

Não fode, Folha.


*e tem coisa mais de paulista (digo, de jornalista da Folha) que lamentar a 'perda' de filas?