domingo, novembro 05, 2006

A Garota da Vitrine ou o vazio no coração.

Baseado no romance homônimo de Steve Martin "Garota da Vitrine" é do tipo de filme que quando acaba você não sabe dizer se gostou, mas não consegue parar de pensar sobre o assunto.
O filme conta a história de uma garota que simplesmente não vive, sobrevive.
Vinda do Estado de Vermont, na esperança de começar vida nova como artista, passa seus dias trabalhando no setor de luvas da loja Saks Fifth Avenue em Beverly Hills e suas noites sozinha em seu apartamento escuro em Silver Lake.
Durante um dos seus dias de respirar, trabalhar e sobreviver ela conhece Jeremy, um artista falido (no sentido financeiro da palavra) que se interessa por ela.
Logo em seguida ela conhece o cinquentão bem sucedido Ray Porter.



Jeremy quer participar da vida da moça, quer algo intenso, mas ela prefere o cinquentão distante que faz questão de dizer a ela que "não tem condições de manter um relacionamento e que não achava a exclusividade uma coisa conveniente para o momento".
Ela dá todo o seu amor para ele, mas ele reprime o amor que sente por ela.
Jeremy, mesmo distante fisicamente, se faz presente pensando nela. Ela, por sua vez, ignora.




E todos ficam se sentindo incompletos, vazios e ninguém se envolve com nada.


A história das nossas vidas!!!!

Este é o discurso da geração 90/2000, mas me surpreendi demais em ouvi-lo da boca do simbolo da comédia da década de 80.
Prova de que algo não vai bem! E que não melhora com a idade...


Hora de Voltar - Zach Braff

O filme em si me irritou em algumas partes, mas eu me reconciliava com ele todas as vezes que lembrava de que a história foi escrita por alguém de 60 anos que não tinha a mínima intenção de soar moderno.


Encontros e Desencontros - Sofia Coppola

Me bateu um vazio, o mesmo vazio que senti hoje. Era uma tarde ensolarada e eu não tinha para onde ir e nem com quem encontrar. Mesmo sabendo que podia ligar para centenas de pessoas, eu sabia que não ia encontrar ninguém de verdade e ia continuar me sentindo sozinha e respirando com dificuldade.
Prefiro quando eu penso que tô vivendo. Terrivel demais perceber que o que nos mantém vivo é apenas a respiração e alguns orgãos que insistem em trabalhar.
Talvez um dia eu encontre algumas pessoas de verdade, pessoas que vivam comigo, ou então que eu simplesmente resolva viver com as pessoas que já conheço.
Por enquanto, as vezes algumas coisas me fazem pensar que estou viva: comer, pensar, trabalhar, montar prateleiras... As vezes essas mesmas coisas me matam.
Um pouco por dia.