terça-feira, fevereiro 12, 2008

Brooklyn Bridge ou 2 antes do fim.

E a história podia ter acabado no post anterior, mas como é uma história de Karen Cunha eu ainda fui ao museu. Era minha última noite livre em NY e eu realmente tinha que visitar o MOMA.
Não conseguia mais dar a mínima atenção a ele e conversava mais com o seu amigo. Era impossível esconder o meu descontentamento, tristeza e decepção. A cada 10 minutos ele perguntava:
- Are you mad with me?
E eu dizia coisas do tipo me poupe, tenha dó e derivados. Ele tentava me agradar o tempo todo e aquilo me irritava ainda mais.
- Você vai me odiar para o resto da vida, né?
- Nossa, chega! E a conversa terminava aí.
- A gente vai se ver no ano que vem, né? Isto é, se você ainda quiser minha companhia...
Eu estava começando a odiar aquele cara. Chegamos ao museu e eu mal trocava palavras com ele.
- Você gosta mais de impressionismo ou expressionismo?
Gente, porque eu sou obrigada a ouvir esse tipo de coisa? – pensei.
O Moma fechou exatos 25 minutos depois que a gente entrou, ou seja, não vimos nada.


Mas deu tempo de ver o Miró de perto. Tá? beijo e me liga!

Então seguimos para a Brooklyn Bridge, a única coisa que eu realmente queria ver em nova york. Eu havia esquecido minha amiga Fluox, minha companheira de fotos, estava acabando a bateria da minha máquina e para piorar o frio estava aumentando a cada segundo. Quando eu acho que nada pode piorar começa a chover e o frio congela os meus pés.
Chegando na ponte percebi que tudo aquilo tinha valido a pena. O lugar era mágico e por alguns minutos tudo ficou bem. Aquela vista me emocionou e naquele momento pensei em abandonar SP e me mudar pra lá...
Pena que nenhuma das minhas fotos ficou boa.



Não, não fui eu que tirei essa foto. Eu não acabei de dizer que as minhas não ficaram boas?

Ao sair da ponte eles decidem que estão cansados demais para irem para a balada e decidem ir para a casa da tal prima tomar um vinho.
- Você vem coma gente, né?
- Acho que deveria ir.
Quando eu disse que deveria ir eu estava me referindo a ir embora, mas ao entrar no metrô e seguir com eles pela plataforma da linha amarela abro o meu mapa e percebo que não faço idéia de onde estou.
Uma senhora para na minha frente e sorri. Eu digo olá sem entender o que estava se passando.
- Você sabe para onde está indo? – Diz simpaticamente a velhinha
- Eu não faço idéia, mas espero que ele saiba. – Apontando para Mr. G.
Ele vem em nossa direção sorridente para saber o que estava havendo.
- Oh desculpe querida, te vi com o mapa e imaginei que pudesse estar perdida. Diz a velhinha.
Eu pergunto onde estamos indo e ele diz que eu havia dito que queria ir com eles pra casa da tal prima. Respondo que não havia sido minha intenção aceitar o convite, mas ele me convence a ir e diz que me traria de volta a hora que eu quisesse.
Durante o trajeto ele me gravou um vídeo dizendo que estava feliz em me encontrar e triste por não poder passar outra noite comigo. Eu tive raiva daquilo na hora.
Chegamos ao Brooklyn e aquela foi realmente uma experiência sociológica interessante. As casas eram todas com fachadas pequenas e aquelas escadinhas clássicas de filmes. Os mercadinhos tinham a porta de vidro fechada e você tinha que tocar a campainha para entrar. Me senti num filme do Spike Lee.