terça-feira, janeiro 06, 2009

Porky's, triples dates ou a torre de babel - parte 1


Fazia um dia que estava no novo hostel em RJ , lá tinha guitar hero, meninos bonitos e água mineral.
Eu já havia feito amigos logo no primeiro dia (impressionante como fico simpática em viagens) então já havia passado a tarde/noite com um menino inglês no pão de açucar tirando fotos da Fluox e era bastante natural que eu aceitasse qualquer tipo de passeio proposto por aquelas pessoas. Eu tava afim de me enturmar, de fingir que era uma pessoa legal e eu podia, afinal aquela gente não sabia que várias vezes quase morri afogada no meu próprio mau-humor.
Algo dentro de mim dizia que era uma furada (especialmente quando : Skol, Copacabana e "20 reais pra quem era do hostel" era o máximo da informação que eu conseguia obter), mas o pessoal tava empolgado e o inglês já tinha me contado uma fofoca quente de que a menina italiana e o australiano (ambos dividiam quarto com a gente) estavam "haviam ficado beem amigos mesmo" na noite anterior e que o irmão dela não podia saber.
No taxi: eu, o australiano, a italiana e o inglês. O australiano (que até então eu achava ser uma pessoa boa) entrega o endereço ao motorista e arrisca um espanhol como se isso fizesse dele uma pessoa extremamente capacitada. Tento gentilmente mostrar ao motorista que existia um brasileiro ali que conhecia os caminhos (mentira, eu não fazia nem sabia o endereço). O australiano me impede de prosseguir como quem diz "eu sou o homem da casa" e depois se toca:
- "nossa, é mesmo você fala português".
- "un poquito" - debocho.
Sigo traduzindo para o português o que ele dizia (como se eu realmente entendesse) para a italiana (que por sorte DELA não favala inglês). Eu ajudo a tornar a conversa mais interessante, mas o menino não facilita.

(continua...)