terça-feira, setembro 02, 2008

O Mundo Fluoxetinado de Karen Cunha



Não importa quanto tempo algo demora para ser construído, a destruição acontece em poucos segundos.
É só querer.
O mundo está desabando bem na minha frente. Tudo está em ruínas!

Eu vejo que está tudo errado, percebo o quanto tudo isso me afeta, mas eu realmente não me importo.
Não acho que encher a cara de remédio seja a solução, mas todas as vezes que penso no estado em que eu poderia estar neste exato momento caso não estivesse nos braços da minha amada Fluoxetina (e da minha amante Valeriana) tenho certeza de que tomei a decisão certa.
Me sinto bem.
Me sinto forte.
O suficiente para tentar vasculhar alguns escombros, reconhecer corpos, acionar a seguradora e até para chamar uma ambulância caso eu venha a ter um troço uma hora dessas.
Odeio quem faz apologia a ao Vegetal life style, acho o ápice da covardia e da presunção se dopar porque a vida não presta.

Mas no momento ser um vegetal é reagir. E estou feliz por isso...